quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vazio

O Corinthians passou os últimos 10 meses obcecado pela Libertadores. Não se falava em outra coisa. Contratou, trouxe daqui e dali, inchou o elenco. De uma hora para outra, tinha mais meias que uma loja da Lupo ou da Malwee.
Veio Roberto Carlos. Veio Danilo. Veio Tcheco. Veio Iarley, o "Mr. Libertadores"...
Valia tudo: dividir e provocar divisões no elenco, abrir mão de Edno, formar um time para a Libertadores e outro para o resto. A não ser que o resto servisse como preparação para a Libertadores. Valia elevar os preços dos ingressos a níveis exorbitantes, dar todos os privilégios às torcidas organizadas, tratar o Pacaembu como o palco do título inédito.
Na primeira fase deu tudo certo. Em um dos grupos mais fáceis da competição, foi sossegado se classificar em primeiro. E foi o melhor no geral; oito decisões em casa e o título viria.
Mas o Corinthians perdeu para o Flamengo no Maracanã. Pela contagem mínima, um resultado perfeitamente reversível. Não reverteu. Bateu o desespero, o "complexo de Libertadores". Desnecessário. Dava para vencer, dava para fazer três ou quatro gols. Abalo psicológico geral. Nem parecia um time experiente.
A partir de hoje, ouviremos que estava tudo errado desde o início, que a divisão do time foi mal feita, que algumas contratações foram equivocadas. Ronaldo será criticado pela falta de comprometimento, Danilo será mal falado por não se encaixar no time. E Defederico, que não joga nunca?
Muitas perguntas, talvez algumas respostas. E, na cabeça do torcedor, apenas uma questão, ainda não respondida: por quê?

Nenhum comentário :

Postar um comentário