sábado, 8 de janeiro de 2011

Isto é Pelé

Existem momentos na vida de qualquer profissional que fazem com que ele se sinta realizado.
Não sei se é o ponto máximo, mas talvez seja um dos mais difíceis de chegar e algo que poucos conseguem.
São momentos que fazem você bater no peito com orgulho e dizer qual é a sua profissão.
No caso do jornalista esportivo, um desses momentos é você estar diante de Sua Majestade.
E não é para venerar o homem.
Mas Pelé é cidadão do mundo. É um cara visto, reconhecido e aplaudido no planeta todo.
Não há um país, um estado, um povoado, onde não haja aglomeração para vê-lo, para aplaudi-lo.
E de repente aquele cidadão dos quase 1.300 gols, dos cinco títulos mundiais (dois pelo Santos), das jogadas geniais está ali, na sua frente, acessível.
Não foi a primeira oportunidade para este que vos escreve. A primeira entrevista foi há quase 12 anos, no CT que tem o nome dele, mas cada uma tem um valor maior, especial. E olha que já tivemos entrevistas no gramado da Vila Belmiro, no camarote dele e até uma por telefone, numa daquelas tentativas que o jornalista faz para "ver no que vai dar".
E deu.
Pelé é um entrevistado como outro qualquer? Não.
Porque Pelé anda sem seguranças.
Porque Pelé não faz distinção de veículo de comunicação, não faz gracinhas para a 'Grobo' e fecha a cara aos demais.
Porque Pelé não nega um autógrafo ou uma foto, e olha que normalmente as filas são quilométricas.
Porque Pelé não perde a humildade jamais.
Porque Pelé é uma lição de vida para uma molecada que mal faz a barba, mas manda seguranças empurrarem fãs e jornalistas. Talvez por medo de desmanchar o topete.
Porque Pelé dá uma lição para craques fenomenais que silenciam diante dos microfones até que o logotipo da Globo apareça. Só então começa a falar.
Porque Pelé é uma aula.
Pelé errou? Sim.
Eu também errei.
E você também...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Primeiro

Fernando Alonso será o primeiro a testar a Ferrari 2011.
Diz o 'Marca'.
O carro será lançado entre os dias 25 e 29.
Em fevereiro, em Valencia, darão a máquina nas mãos do espanhol.
Nenhuma novidade.
Ao primeiro piloto, a prioridade...

Vaselina

Permitam-me dar uma ensaboada básica nesse caso Santos FC/Roberto Brum.
Não dá para tomar partido.
O jogador teve seu espaço para dizer que é tudo verdade; o Santos teve seu espaço para dizer que é tudo mentira.
Como eu não estava lá no dia em que a bomba explodiu, não dá para dizer quem está certo e quem está errado nesta história.
Acho (e apenas acho) que Brum não iria inventar histórias, principalmente com confirmação de Marquinhos. E tem uma figura no futebol que eu aprendi a conhecer: cartolas.
Mas daí a dizer que tudo o que Brum disse aconteceu mesmo e coisa e tal seria, no mínimo, leviano de minha parte.
Vi muita gente criticando o jogador por falar sobre isso só depois de sair do clube. Nesse caso, vejo como a necessidade do emprego e só.
De resto, cabe ao torcedor do Santos julgar.
Eu não sei, não vi.
Se visse, se pudesse provar, diria, com certeza.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Corda Arrebentada

A Ferrari trocou de engenheiro.
Chris Dyer já era; vem Pat Fry, ex-McLaren.
O pessoal de Maranello diz que o tal erro em Abu Dhabi foi decisivo.
Dyer mandou Fernando Alonso entrar nos boxes na 16ª volta. E o espanhol voltou à pista atrás de Vitaly Petrov, que tinha entrado durante o safety car.
O resto, você lembra: a vergonha de Alonso reclamando com o russo.
Decisão tomada.
Alonso não conseguiu ultrapassar Petrov, mesmo tendo mais carro.
E a culpa é do engenheiro.
Quem mandou o engenheiro não levar o patrocinador majoritário?
E assim a Ferrari toca a vida.
Sem jamais encontrar os verdadeiros responsáveis.
Ou sem jamais querer encontrá-los...

Amor com Amor se Paga

Todo mundo que acompanha um pouquinho de futebol e que perdeu pelo menos 20% daquela paixão sabe: jogador é profissional. Joga onde pagam melhor e pronto.
Ou seja, esse negócio de amor à camisa é mero discurso.
A maior parte dos torcedores sabe disso, um quadro que mudou bastante nos últimos anos. Antes, dava pra enganar mais gente com esse papinho.
Atualmente, nem o corintiano acredita na segunda pele do Marcelinho Carioca.
Mas empresários e assessores insistem em achar que essas palavras dobram o torcedor.
Quando vemos que já não é assim.
Assim sendo, é desnecessário o jogador criar palavras doces e bonitas para descrever a emoção com a qual veste uma camisa.
Mais ou menos como fez Juan ao se apresentar ao São Paulo.
"Estou de volta à minha casa. Amo o São Paulo".
Sim, ama tanto que até anteontem estava esperando aparecer uma oportunidade na Europa. Se surgisse, o tal amor ao São Paulo daria lugar aos euros.
Foi para o São Paulo porque não surgiu oferta melhor. Pronto, simples assim. Profissional. Nenhum problema.
O pior é se algum torcedor tiver caído nessa conversa.
Espero que não.
Pior ainda será alguém acreditar que Ronaldinho Gaúcho escolheu um clube brasileiro por amor à camisa.
Aí será o fim...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Três vezes

Hélio Castroneves falou ao site 'Grande Prêmio'.
E disse que a ideia de um terceiro carro para algumas equipes no grid da Fórmula 1 seria, sim viável.
A gente explica.
Essa é uma ideia a princípio maluca de Luca de Montezemolo, mas jamais impossível.
Ele quer que as equipes maiores tenham um terceiro carro alinhado no grid.
Evidentemente, essa medida iria estourar o orçamento. Assim, a ideia seria uma terceirização.
Como na F-1 nada existe de graça, Montezemolo quer que equipes da F-Indy mantenham esses carros.
Leia-se Penske (time de Hélio) e Ganassi.
Em suma: a Penske colocaria uma terceira Ferrari no grid.
Gasta o que for possível e lucra se for possível.
E por que montar um terceiro carro de F-1 com equipes da Indy?
Para ver se a F-1 entra de uma vez por todas nos Estados Unidos.
Em 2012 vai ter prova por lá.
Montezemolo acha melhor ter um terceiro carro de um time forte do que dois de uma equipe que não correria nem na GP2.
Por esse argumento, é válido.
Mas sabendo como as coisas funcionam na F-1...

Não entendi

Escrever e debater sobre futebol por vezes cansa.
É difícil detalhar um assunto que envolve paixão.
Até porque paixão e razão jamais caminham juntas.
Pior ainda é falar sobre um assunto o qual você convive mais.
A política dentro dos clubes é o exemplo clássico.
Uma opinião dificilmente é tratada como opinião pura e simples.
São muitas as acusações de estar com as palavras encomendadas.
Como eu não dou a mínima para quem pensa assim, falo o que vejo.
E vi o Santos FC contratar Nei Pandolfo para a vaga de Jamelli na gerência de futebol.
O mesmo Nei que foi auxiliar de Vanderlei Luxemburgo no Santos.
O mesmo Vanderlei Luxemburgo execrado da Vila Belmiro quando a atual diretoria venceu as eleições.
Ou seja, enaltece a retirada do treinador e traz o auxiliar dele.
Não entendi.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra?
Tá bom...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

E o que Resta...

Diz o suíço Blick:
Paul di Resta está fechado com a Force India, para ser companheiro de equipe de Adrian Sutil.
E Nico Hulkenberg será o terceiro piloto, para aparecer às sextas-feiras.
Com isso, Vitantonio Liuzzi, mesmo com contrato em vigor, está fora.
Com isso, mais uma equipe fecha seu time.
Com isso, menos vagas para brasileiros.
Eu acho que já era.
Piloto de testes e olhe lá.
Se bem que nem testes temos mais.
Vamos chamar de piloto reserva mesmo.