sábado, 23 de janeiro de 2010

O jogo virou

"Eu não jogo mais pelo Santos. Estou com a cabeça no Real Madrid", Robinho, em 2005, em entrevista coletiva convocada por ele em um hotel de São Paulo.
"Eu não jogo mais pelo Real Madrid. Estou com a cabeça no Manchester City", Robinho, em 2008, em entevista coletiva convocada por ele em um hotel de Madrid.
O competente jornalista Fúlvio Feola avisou e o blogueiro foi conferir: a partida diante do Scunthorpe pode ser a última de Robinho com a camisa dos azuis de Manchester. Saiu no The Sun. Coincidência ou não, na mesma semana em que o jogador demonstrou insatisfação pelo momento que vive na Inglaterra. Até conversou com alguns amigos...
Robinho foi a transação mais cara da história do Manchester City; mais de R$ 100 milhões. Não agradou a Roberto Mancini. Tem frequentado o banco de reservas. O sonho dele é e sempre foi o Barcelona. Diz o The Sun que o pessoal da Catalunha pode recebê-lo. Se fizerem uma pesquisa no Google, verão o que ele fez com o rival há dois anos.
No Santos, Robinho tem portas abertas. Pouco importa se chutou o clube. Pouco importa se anunciou a saída pela televisão, ao vivo, da Alemanha, sem falar com o presidente do Santos. Se voltar, será recebido por milhares de torcedores, aos gritos de "Ôlelê, Ôlalá, o Robinho vem aí e o bicho vai pegar".
De qualquer maneira, Roberto Mancini poderia convocar uma coletiva fora da sede do Manchester. Diria apenas: "O Manchester City não joga mais com o Robinho; estamos com a cabeça no Tevez e no Adebayor".

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Até quando, César?

Paulo César de Oliveira apita jogos das principais divisões desde os anos 90. Quase sempre em jogos importantes, aqueles que vão chamar a atenção e a mídia. Se não for uma decisão, é o clássico da rodada ou o jogo da TV.
Paulo César está sempre bem politicamente. Goza de privilégios por agradar a quem precisa ser agradado. Disse um ex-árbitro que quem participa dos jantares faz o que quiser em campo que sempre estará em alta.
Paulo César comete erros, como qualquer árbitro. Mas os erros dele sobressaem. Talvez pelo histórico. Talvez pelo ônus de ser a partida que atrai maior atenção. Talvez pela falta de humildade em admitir: "errei".
Paulo César foi um dos árbitros da final do Campeonato Paulista de 2000. Há dez anos, o estadual em São Paulo utilizava dois árbitros. Paulo César foi premiado, mesmo depois do que fez em Santos x Portuguesa, na Vila Belmiro, ainda pela fase classificatória.
O jogador da Lusa avançou e foi derrubado. Paulo marcou falta. Eu era repórter de campo, estava no gramado e ouvi o apito. Evidentemente, ninguém mais disputou a bola. O zagueiro Márcio Santos, então, foi pegar a pelota para devolver ao local onde deveria ser cobrada a falta. Usou as mãos. Paulo César marcou pênalti para a Portuguesa, alegando que a bola estava em jogo.
Em 2004, a seleção brasileira não passou nem do pré-olímpico. Não chegou a Atenas. O time-base era formado por jogadores do Santos (sobretudo Diego e Robinho) e o técnico era Ricardo Gomes. Depois do vexame, o Santos jogou sob o comando de Paulo César. Além de não marcar nada a favor do time santista, passou 90 minutos ofendendo os atletas. Motivo: como o Brasil não se classificou para as Olimpíadas, o País perdeu o direito de ter um representante na arbitragem do torneio. E seria Paulo César.
E agora vem esse erro que prejudicou o Palmeiras. Coronel Marinho diz que vai punir. Mas a pergunta continua sem resposta: Paulo César continua apitando?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Santa Conveniência, Batman!!

O Santos empatou com a Ponte Preta, na Vila Belmiro; 1 a 1.
O gol da Ponte foi marcado por Jean.
Aquele mesmo, o Jean Roldt, acusado por Manuel da Lupa de estar "na gaveta" em 2009.
Em Campinas, no ano passado, ele cometeu um pênalti bobo e o Santos se classificou às semifinais.
A Portuguesa ficou de fora.
Nada foi provado.
Jean foi parar no São Paulo, não deu certo e voltou.
Agora, fez um gol que atrapalhou e muito o Santos.
A Lusa é líder do Paulistão.
Manuel da Lupa ficou bem caladinho...

Boca aberta


Já tem gente defendendo o Richarlyson pelo golaço que ele marcou em Mirassol e que livrou o São Paulo de perder a segunda em dois jogos. Estão transferindo para a torcida, que pega no pé dele.
Como diria o físico, matemático, cientista e filósofo, "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Richarlyson fez um golaço, isso é inegável, mas nenhum gol é marcado para dar resposta ou para calar críticos. Este, especificamente, serviu mais para evitar uma crise monstro no Morumbi do que qualquer outra coisa.
A forma como uma parte da torcida do São Paulo trata Richarlyson é abominável. Já disse aqui e repito: se o cara é ou não é, não sei e não interessa. Mas daí a tratar um gol como um cala-boca é um tanto quanto exagerado.
Richarlyson não fez o gol para fechar a boca dos machos que se atracam com outros machos na arquibancada para chamá-lo de gay. Fez o gol porque teve uma oportunidade e a aproveitou.
Deixando o lado pessoal das coisas, era o segundo jogo do campeonato, Ricardo Gomes escalou time reserva...tudo bem, mas o São Paulo não jogou nada. Estava apático, aceitando tudo, fazendo ligação direta defesa/ataque. Pode ser que melhore, mas pelo que se viu até aqui, essa reação está difícil.
Ok, a prioridade é a Libertadores, porém, se ela não vier, o Paulistinha será muito bem lembrado...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O bom jornalismo

Então a quarta-feira tem dois dos principais jogos da segunda rodada do Campeonato Paulista. No Pacaembu, o Corinthians de Roberto Carlos e Ronaldo pega o Bragantino e, em Mirassol, o São Paulo, anestesiado pelo caso Dagoberto, pega o time da casa.
Impressionante como foram arrumados coadjuvantes para a rodada. Bragantino e Mirassol entraram de gaiato nessa. Pegaram 11 caras pra formar o time adversário, porque se não for assim não tem jogo.
No Pacaembu, então, isso acontece de modo bem mais escancarado. Serão 20 coadjuvantes para dois protagonistas. Qual TV terá uma câmera fixa em Tcheco ou Iarley? Os dois já estrearam, acabou o efeito novidade. Hoje é Roberto Carlos, Ronaldo e o resto. Cada movimento, expressão facial, reação, tudo será captado e escancarado nas telas.
Em nome da audiência? Não, do bom jornalismo.
E o coitado do Bragantino, então? Vai ao Pacaembu para servir de presa aos leões. Tal e qual as antigas arenas romanas. Um espetáculo para o divertimento do grande imperador. Só esqueceram de combinar tudo isso com o pessoal de Bragança. E é bom alertá-los. Vai que eles vençam...
Em Mirassol, nem São Paulo, nem o time local. Só o caso Dagoberto interessa. Já teve comentarista que, do alto da isenção e imparcialidade, disse que o dito não deveria ter sido expulso, e mais: que o goleiro da Lusa se adiantou no pênalti do Rogério Ceni.
Em nome do coração tricolor? Não, do bom jornalismo.
Outros comentaristas dizem que Dagoberto não deveria ser punido pelo clube. Se o clube não pune, os mesmos vêm e dizem que não se pode passar a mão na cabeça do jogador. Ou seja, "estamos sempre com a razão".
Em nome da empáfia? Não, do bom jornalismo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Apenas isso

Há uma certa agitação logo cedo. Milhares de repórteres se degladiando para dar primeiro a notícia que vai abalar as estruturas do planeta, mudar de vez a economia mundial e, quem sabe, ajudar a reconstruir o Haiti: Rodrigo Souto vai para o São Paulo e Arouca vai para o Santos.
Alguém ainda está paralisado depois de tamanho impacto? Alguém é cardíaco e precisa de um remedinho embaixo da língua? Então, continuemos...é isso. Souto andava cansado do Santos depois de três temporadas, estava louco para subir a Serra do Mar. Surgiu a oportunidade e ele foi. E Arouca pega a pista Sul da Imigrantes, paga o pedágio (R$ 17,80, um absurdo) e faz o caminho inverso.
E o que muda? Nada. Souto é um bom jogador, muito bom, mas estava desgastado no Santos. Ele mesmo não andava lá tão interessado assim em ficar. E Arouca, acertando mesmo com o Santos, pode crescer no futebol.
Sim, porque até agora não se sabe até onde ele pode chegar. Arouca passou boa parte da carreira nos lugares certos. Primeiro, no Fluminense. Todo mundo sabe que, para a Imprensa carioca, vestiu a camisa de um dos quatro grandes, é gênio, um absurdo, algo que o futebol jamais viu. Seja quem for. Depois ele sai de lá e vai para o São Paulo. E a Imprensa paulista trata todo e qualquer jogador que estiver no São Paulo como gênio, um absurdo, algo que o futebol jamais viu. Em um clube como o Santos, que se for campeão ganha uma nota pelada na grande Imprensa, Arouca terá de mostrar do que é capaz. A capacidade de Souto já é conhecida, mas andava cansada na Vila Belmiro.
Em suma, é isso.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Alfinetada

Giovanni entrou no segundo tempo de Santos x Rio Branco.
No primeiro toque na bola, não conseguiu nada.
No segundo, deixou três marcadores olhando para o espaço e achou Ganso, que avançou e marcou o terceiro gol santista.
Teve gente que foi ao Pacaembu só para vê-lo.
Ao ser substituído, Roberto Brum, que era o capitão do time, entregou a braçadeira para quem? Giovanni.
Roberto Brum foi muito, mas muito aplaudido pela atuação em campo. Marcou bem e não deu nenhum pontapé.
Era a volta dos dois ao Santos.
Os dois foram mandados embora por Vanderlei Luxemburgo...

A mais nova

A Justiça desbaniu o banido e agora ele resolveu contra-atacar. Flavio Briatore disse que vai processar a FIA pelo dinheiro que perdeu com o escândalo Piquetzinho/Cingapura.
"Perdemos Alonso, perdemos Kovalainen, perdemos vários pilotos. Vamos processar a FIA pelo dinheiro que perdemos", disse ao jornal Daily Telegraph.
Como diria o filósofo João Kléber, "é muito cara-de-pau, bicho!!"

domingo, 17 de janeiro de 2010

Vamos e venhamos


Estrear com vitória sempre dá moral. Se for por 4 a 0, então, provoca um aumento nas prespectivas sobre o campeonato. Mas calma, nem tudo é o que parece.
Chamar o Rio Branco de adversário é, no mínimo, um elogio. Um time que abre mão de jogar em seu estádio e leva o jogo para São Paulo, de olho na renda (no Campeonato Paulista a renda vai para o clube mandante), mostra que não tem muitas pretensões na competição. E, em campo, o Rio Branco demonstrou que não vai longe mesmo.
Mas, independente do que o adversário fez, ou, principalmente, do que deixou de fazer, o Santos jogou para vencer por 4 a 0. No primeiro teste da turma de Dorival Júnior, o time mostrou firmeza e, sem exagero, entrosamento. A molecada comandou o jogo. Paulo Henrique, Neymar e André mostraram um belo conjunto. A defesa, com os Brunos, está mais segura.
O Santos usa mais o lado direito do campo. Não se sabe se pela presença de Pará o lado esquerdo não foi, assim, tão lembrado. Um lateral de ofício poderia mudar isso? Só os próximos jogos dirão. Se essa insistência pela direita continuar, é perigo. Se o blogueiro percebeu, podem ter certeza de que 17 técnicos também viram...
Penteados estranhos e chuteiras amarelas à parte, um parêntese para o segundo tempo. Sim, Giovanni voltou. Camisa 10 e a moral de sempre. No primeiro toque na bola, nada. No segundo, entre três adversários, rolou para Paulo Henrique marcar o terceiro gol santista.
Precisa falar mais alguma coisa?