quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O mundo não muda

O blogueiro está em férias.
E lembrou que estamos em ano eleitoral.
Porque é uma piada a propaganda do Governo de São Paulo sobre "as melhores estradas do Brasil".
Com um pedágio a R$ 18,50 para menos de 50km de estrada, esse título dado sabe-se lá por quem é somente a obrigação, não um mérito.
Enfim, foi no estupendo Sistema Anchieta-Imigrantes que acompanhei Santos x Avaí pelo rádio.
Ir à Vila Belmiro? Não, obrigado, não desta vez.
E Neymar reclamou. Reclamou muito.
Não aguenta mais as ameaças dos brucutus que não o encontram em campo.
Passam o tempo todo dizendo que vão quebrá-lo.
Neymar deveria entrar em campo com algodões nos ouvidos.
Primeiro, porque ele é mais jogador que qualquer um desses beques de fazenda que o ameaçam.
Portanto, se o cara falar alguma coisa, dá uma caneta nele e resolve a parada. Na bola, humilhando. Pronto, assunto encerrado.
Segundo, porque esse negócio de ameaça é mais antigo que a bola.
Sempre existiu e sempre existirá.
Bonita foi a resposta de Neymar ao repórter Alex Muller, da Rádio Bandeirantes. Alex perguntou sobre Neymar dar chapéu em adversário com a bola parada (o caso Chicão e tal). A resposta:
"Ah, eu dou mesmo".
Sim, meus amigos, mais uma demonstração da inteligência do jogador!
Brincadeira...
Para finalizar: se o Santos não tivesse dado a vacilada que deu nos primeiros jogos pós Copa do Mundo (estava com a cabeça na Copa do Brasil), estaria hoje brigando pelo título.
Já são cinco vitórias consecutivas.
O problema é um só:
O "se" não joga...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pit stop

O Autobola vai dar um tempo.
E o blogueiro entra em recesso.
É necessário, antes que tudo exploda de uma vez.
Não era a forma como eu imaginava e gostaria.
Em setembro, muita coisa acontece. Há vários jogos, duas etapas maravilhosas e decisivas da Fórmula 1 e outros trocentos assuntos.
Diferentemente de dezembro e janeiro, quando quase nada acontece.
Porém, não tenho essa autonomia.
Então, vamos apertar a pausa neste instante.
Claro que ficar 30 dias sem falar com vocês será impossível.
Só vamos ter uma considerável desaceleração na publicação dos posts.
Algo que não aconteceu em 2009, quando o Autobola ainda estava tentando se consolidar.
E, por causa disso, praticamente não tive férias.
Desta vez, este espaço caminha sozinho. Vocês já o procuram sem que haja muita necessidade de ficar chamando.
E espero continuar com a audiência de todos, seja na leitura, nos comentários e/ou nas sugestões e críticas.
Teremos GP da Itália, GP de Cingapura e o futebol sempre tem um assunto novo para ser repercutido.
Por isso, estaremos aqui.
Apenas com uma frequência menor.
Muito obrigado e até mais.

100 anos

O Corinthians completa 100 anos.
Este espaço é dedicado a você, corintiano fanático, racional, satisfeito, feliz, esperançoso ou que não liga para nada.
Pode ser dedicado também a você, palmeirense, santista, são-paulino...
Uns vão dar os parabéns e outros desejarão o pior futuro possível ao Corinthians.
Faz parte da rivalidade.
Vá aos comentários e diga o que quiser.
Eu começo.
Parabéns, Corinthians!

Acabou o papel

Dia 31 de agosto de 2010.
Última edição impressa do Jornal do Brasil.
A partir de 1º de setembro, é só na internet.
O JB tem mais de 100 anos, uma história ampla e foi o local de trabalho de alguns dos maiores jornalistas do Brasil.
Não me venham com essa de "ah, é a modernidade".
O dia é de tristeza.
Valeu, JB!

Sobre o estádio

Sei que o assunto que está dominando as páginas dos jornais, os espaços da internet e boa parte da mídia eletrônica é o tal estádio do Corinthians.
Que também será o palco da abertura da Copa de 2014, dizem.
Aliás, com que empolgação estão tratando o assunto!
Uns, de maneira isenta, profissional e imparcial, sem jamais colocar o coração nos textos, estão extasiados com a ideia do Timão finalmente ter um estádio.
Outros não conseguem conter a emoção de ver a Copa de 2014 tornando-se realidade.
Prefiro acompanhar tudo de longe.
Até porque um projeto encabeçado por Andrés Sanchez, aprovado por Ricardo Teixeira sem avaliação e sob os aplausos de Lula precisa ser visto com todo o cuidado.
Ou a surpresa será maior.
Ainda estou na fase de não me surpreender com nada.
Por isso, nada a declarar.
Por enquanto...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Depois de Spa-Francorchamps

Ainda é cedo para apontar o campeão mundial de 2010 na Fórmula 1.
Por incrível que pareça.
Lewis Hamilton dá pinta de gênio, faz uma corrida maravilhosa na Bélgica, mas sempre pode surpreender negativamente.
Mark Webber parece mais regular, mas não se sabe até que ponto a própria Red Bull pode atrapalhá-lo.
E atrapalha...
O único que vejo fora da briga, a não ser que prove o contrário, é Sebastian Vettel.
Não por ele, um talento nato, mas por ele, um moleque precipitado que não mede as consequências quando tenta obter um resultado melhor.
Bateu no carro de Webber na Turquia, bateu no carro de Jenson Button na Bélgica e vive tomando drive-through por irregularidades.
Curioso foi o discurso de Cristian Horner, chefão da Red Bull, à Autosport.
Disse que a equipe não favorece Webber.
Em 11 de julho, após vencer o GP da Inglaterra, Webber mandou o recado pelo rádio: "Nada mau para um segundo piloto".
Você entendeu?
Nem eu.
E pode ser que não entendamos nada ao final da temporada.

A verdadeira ousadia

Ao contrário da McLaren na Bélgica, a Chip Ganassi soube aplicar a ousadia em Chicago. E Dario Franchitti venceu a etapa da Fórmula Indy.
Só para entender: piloto em 9º lugar, bandeira amarela, todos no pit lane...menos ele, que assumiu a liderança e venceu.
Dan Wheldon foi o segundo e Marco Andretti em terceiro.
Will Power ficou em 16º.
Ainda é o líder do campeonato, clom 528 pontos, mas Franchitti chegou; tem 505.
Faltam três etapas e muita coisa para acontecer.

Desce!

Em 2005, Vanderlei Luxemburgo, consagrado após dois títulos brasileiros consecutivos, foi comandar o Real Madrid.
Não só passou longe dos resultados satisfatórios como andou batendo de frente por lá.
Em 2006, voltou ao Santos para devolver ao Peixe o gosto de um título paulista.
Um gosto tão bom que o santista esqueceu a que preço foi degustado.
R$ 500 mil por mês, mas as chegadas e saídas de jogadores.
Entre eles, Giovanni.
Copa do Brasil e Brasileiro, nada.
Em 2007, ainda no Santos, mais um título paulista.
Brasileiro e Libertadores, nada.
Embolsa R$ 12 milhões e segue para o Palmeiras em 2008.
Mais um título paulista.
Sem Brasileiro, sem Libertadores.
Em 2009, sem o Paulistão, é demitido por ir tentar ir além de suas funções.
Volta para a Vila Belmiro.
Briga com a Imprensa, briga com a Imprensa e...briga com a Imprensa.
Faz campanha aberta para Marcelo Teixeira.
Luís Álvaro vence as eleições e o treinador segue para o Atlético-MG.
Detonando a Imprensa de Santos.
No Galo, idolatria da torcida e promessas.
E onde está o Galo hoje?
Acompanhando a curva de Luxemburgo...

domingo, 29 de agosto de 2010

Hamilton, na base da genialidade

Muitas são as palavras que explicam a vitória de Lewis Hamilton no GP da Bélgica. Porém, apenas uma define o triunfo do inglês: genialidade.
Foi a terceira vitória do campeão mundial de 2008 na temporada, a 14ª na carreira, igualando-se a Emerson Fittipaldi. E a liderança no Mundial de Pilotos. Resumida a uma fantástica largada, um pouco de sorte e a superação à estupidez de um time chamado McLaren.
Eu adiantei que a chuva determinaria o vencedor da prova. Digamos que a natureza contribuiu.
Mark Webber era o pole, seguido por Hamilton e Robert Kubica. Porém, o inglês foi pleno na largada. Não tomou conhecimento do australiano e se mandou na frente. Adicione aí a péssima largada de Webber, ultrapassado ainda por Kubica e Jenson Button, que havia saído em quarto. Button ainda brigou com Kubica e o venceu, tomando a segunda posição.
Ou seja, tínhamos as duas McLaren (Hamilton e Button), Kubica e Webber.
Isso até a chuva chegar, antes do complemento da primeira volta. Na chicane que antecede a reta dos boxes, o pelotão da frente saiu todo da pista. Não bastasse, Rubens Barrichello comemorou os 300 GPs na carreira cacetando a Ferrari de Fernando Alonso. Safety car.
A maioria do grid aproveitou para botar os pneus intermediários, mas não houve muitas alterações de posições. Até porque a pista secou e a movimentação nos boxes aconteceu para a volta dos pneus para pista seca.
Parecia que a corrida iria ficar chata. Parecia. Um rádio de equipe, dois, três, quatro, com a mesma mensagem: "Vem mais chuva aí ".
Enquanto rolava a expectativa dos céus, Sebastian Vettel infernizava aqui embaixo. Na volta 17, tentou ultrapassar Button. Tentou, perdeu pressão aerodinâmica, perdeu o controle do carro e acertou em cheio a lateral da McLaren. Button deu adeus à corrida e Vettel correu para os boxes, para colocar uma nova asa dianteira.
Não ficou barato. Nigel Mansell (é, ele mesmo) chefiou a equipe de fiscais que deram um drive-through (mais um) para o alemão. Esse, sem contestações.
E a chuva veio, claro que veio. A 10 voltas do fim da prova, mas veio. Hamilton perguntou se era a hora de trocar pneus. A McLaren, com a discrição e o tom de voz baixo, mas dotada de uma burrice sem precendentes, disse a ele para que esperasse até que eles tivessem certeza.
A certeza veio. Hamilton passeou na brita e foi ultrapassado. Aí a McLaren acordou. E permitiu ao inglês trocar os pneus.
Então, veio a sorte. Kubica e Webber também entraram, mas o polonês teve a capacidade de errar o ponto de parada. Perdeu tempo. Hamilton contou com (agora sim) o bom trabalho da equipe e saiu na frente dos rivais.
Aí foi a vez de Alonso fazer lambança. ele, que saiu em 10º, perdeu posições com a batida de Barrichello e recuperou um monte delas na pista, rodou sozinho, bateu e perdeu a suspensão dianteira. Provocou a última entrada do safeuty car.
Hamilton administrou a liderança nas três voltas que restaram sem safety car. E comemorou. Muito.
Ele agora é o líder do campeonato, com 182 pontos, seguido por Webber, com 179, Sebastian Vettel com151, Button com 147 e Alonso com 141.
E agora, vem Monza. É dia 12.
Resultado final

1° Lewis Hamilton (McLaren)
2° Mark Webber (Red Bull)
3° Robert Kubica (Renault)
4° Felipe Massa (Ferrari)
5° Adrian Sutil (Force India)
6° Nico Rosberg (Mercedes)
7° Michael Schumacher (Mercedes)
8° Kamui Kobayashi (Sauber)
9° Vitaly Petrov (Renault)
10° Jaime Alguersuari (Toro Rosso)
11° Vitantonio Liuzzi (Force India)
12° Pedro de la Rosa (Sauber-Ferrari)
13° Sebastien Buemi (Toro Rosso)
14° Nico Hulkenberg (Williams)
15° Sebastian Vettel (Red Bull)
16° Heikki Kovalainen (Lotus)
17° Lucas di Grassi (Virgin)
18° Timo Glock (Virgin)
19° Jarno Trulli (Lotus)
20º Sakon Yamamoto (Hispania)

Não completaram

21° Fernando Alonso (Ferrari)
22° Jenson Button (McLaren)
23° Bruno Senna (Hispania)
24° Rubens Barrichello (Williams)