sábado, 23 de abril de 2011

A semana da Indy

A Fórmula Indy, sem querer, chega a São Paulo no momento ideal.

Porque a Fórmula 1 só volta na segunda semana de maio a, mesmo com dois GPs na sequência, a notícia mais importante dos últimos dias da semana é sobre o champagne que o Felipe Massa bebeu com o Jackie Chan.

O que vamos conferir nos próximos dias é se a organização da Fórmula Indy fará algumas coisas diferentes.

É evidente que em 2010 tivemos a primeira prova em São Paulo e nem tudo iria sair dentro do script. Normal.

Interlagos está há mais de 20 anos na sequência e continua tentando melhorar a cada ano.

A data ajuda. É menos provável uma chuva em maio do que em março.

Que seja mantida a liberdade, porque a organização da Fórmula Indy permite uma cobertura muito mais ampla que a da Fórmula 1. Você chega perto de quem faz o espetáculo com muito mais facilidade.

Que continue o abastecimento constante de informações aos órgãos de Imprensa, pois foi o que ajudou bastante no trabalho em 2010.

Que a sala de Imprensa esteja melhor sinalizada, que o endereço do estacionamento seja melhor especificado, que a van não demore tanto para buscar o pessoal que encerrou o trabalho. Q.ue não chova dentro da sala de Imprensa.

No mais, que seja uma grande corrida e um grande espetáculo.

Vejo pessoas torcendo o nariz, dizendo que é evento de um grupo de comunicação, que traz prejuízos e blá, blá, blá.

O que esse pessoal não vê é que é complicado tirar a Fórmula Indy dos Estados Unidos. Basta ver quantas provas acontecem fora do país. Mais difícil ainda é trazer um evento dessa magnitude para o Brasil.

Aproveitemos enqaunto esses eventos acontecerem no nosso quintal.

Ao contrário de uma Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos, a Fórmula Indy ocupará um só fim de semana.

E não enriquecerá a tanta gente assim...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mas é possível

Pode até parecer perseguição, choro e seja lá o que for, mas não é.

Dentre os brasileiros na Libertadores, o Santos foi o que pegou o adversário mais complicado nas oitavas de final.

O América, por si só, já é difícil.

Mais difícil ainda é encarar uma viagem ao México que, vamos e venhamos, não é aqui ao lado.

E, para complicar mais, graças ao U2, que mudou o rumo da vida de tanta gente no Brasil, a partida foi para Querétaro, mais baixa que a Cidade do México, porém, a mais de 200km da capital mexicana.

É evidente que isso não é desculpa, pois um campeão enfrenta qualquer adversário, seja onde for.

Mas o fato está aí e só pelo fato de ser um fato é algo incontestável.

Com relação ao Fluminense, é importante saber se houve algum milagre ou se o time vai embalar. Fora isso, o Libertad pode até ser complicado, mas não tanto.

O Once Caldas que pega o Cruzeiro não é o mesmo campeão em 2004. E o time mineiro vem com uma campanha espetacular na Libertadores. Isso não quer dizer nada a partir de agora, mas o retrospecto fará o adversário aumentar a cautela.

O Inter passa pelo Peñarol, que há tempos não é mais aquela força. E o Grêmio elimina o Universidad Catolica sem problemas.

Tirando esses probleminhas logísticos, se o Santos passar pelo América, deve deslanchar.

Mas levantar possibilidades é complicado neste momento.

Às vezes essas mesmas possibilidades podem lhe enganar.

O Fluminense estava eliminado...estava...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alta

Robert Kubica recebeu alta.

Só vai ficar mais um pouquinho de molho, mas até o final do mês volta para casa.

A questão central é que ele não corre mais o risco de pegar uma infecção.

De qualquer maneira, o polonês vai precisar frequentar uma clínica para dar continuidade e um longo e chato tratamento.

Os médicos só não dizem se ele voltará a pilotar, muito menos quando.

Mas recebeu alta.

Isso é o que importa...

Vamos lá

E-mail recebido:
Caro (a) colega jornalista,

Sua credencial para a Itaipava São Paulo Indy 300 foi aprovada e estará à disposição para retirada no Circuito Anhembi.

É nóis...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Amor pichado

Os muros do CT do Santos foram pichados mais uma vez.




Questionamentos sobre a ida de Maikon Leite para o Palmeiras.




"Diretoria incompetente" eram algumas das palavras.




Normal, essa é a adjetivação padrão em pichações de muros.




Historicamente, os presidentes do Santos têm dois anos de mandato.

Ou seja, no primeiro ano a oposiçãoseja lá qual for, contesta o resultado das eleições, no final daquele ano diz que o atual presidente tem que descer do palanque e no segundo ano é preparada a campanha eleitoral.

Que ganha força se o time não for bem no campo, se o clube não estiver caminhando.

Quando as coisas andam, mesmo com problemas aqui e ali, é preciso encontrar algum motivo para atacar.

Às vezes, as circunstâncias facilitam.

O quase rebaixamento em 2008 e a campanha pífia no Brasileirão de 2009 aceleraram a campanha da então oposição.

As vendas de partes dos direitos dos futuros gênios, então, foram só a cereja do bolo.

Agora, com a gangorra invertida, o coitado do Maikon Leite, que não tem nada a ver com isso, vira o motivo da discórdia.

E da fúria do torcedor comum.

Porque sabemos que o torcedor comum tem todo o tempo do mundo para ir ao CT, numa segunda-feira, exclusivamente para estragar o patrimônio do clube que ele tanto ama, apenas para detonar a direção do clube.

É a cultura do "quanto pior, melhor".

Se as coisas não caminharem, a eleição fica mais fácil

Se andarem para trás, o processo está praticamente vencido.

Como eu tenho muito amor pelo clube, quero estar à frente dele.

Mas, para isso, ele precisa estar na lama.

Porque se estiver bem a situação vence.

Melhor será pegá-lo no fundo do poço.

Se eu reerguer, sou rei; caso contrário, não tive culpa de pegá-lo lá embaixo.

Herança maldita.

Os dois ou mais lados dizem isso.

Mas eu amo esse clube.

Não tenha dúvidas disso...

Simbolizou

Enfim, a imagem que determinou a mudança de todos os conceitos defendidos até sábado.
Como já escrevi, porque a F1 tem jeito...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ligação rápida

Fala, Button, tudo bem?? Você poderia esclarecer melhor este incidente? Abs


Conway

Em Long Beach deu Mike Conway.

Primeira vitória dele na carreira, primeira vitória da Andretti na temporada.

Aliás, mais ou menos como a Fórmula 1. Will Power andava dominando a Indy.

Não vi a corrida. Não é segredo que o Autobola ainda não dispõe de receita para acompanhar temporadas in loco.

Assim, por força do trabalho, estava na Vila Belmiro, no jogo Santos x Paulista.

Power perdeu a liderança para Dario Franchitti, que chegou aos 122 pontos, contra 115 do ex-líder e 87 de Tony Kanaan, apenas o oitavo em Long Beach.

Próxima etapa, São Paulo, dia 1º.

Depois de Xangai

Lewis Hamilton deu uma desaparecida básica. Parece preferir curtir o momento de maneira discreta.

A tal ausência do kers na Red Bull mostrou-se uma meia verdade. A imagem mostrou que Sebastian Vettel acionou o recurso na largada. Ou seja, o kers está lá. Aí são duas possibilidades: ou o carro não se adaptou ao sistema ou o alemãozinho se precipitou no momento da largada.

Vettel é muito bom, mas não é perfeito. E é precipitado...

Quem pode ter blefado é a McLaren. A saída atrasada de Hamilton para a volta de instalação, com o consequente resultado, pode ter sido muito mais que um golpe de sorte. Há a possibilidade de ter sido um golpe de mestre. Porque quase todos apostavam em Vettel e essa "trapalhada" inglesa pode ter dado a tranquilidade que o pessoal das asinhas queria ter.

Pessoal da Ferrari admite que "o momento é delicado". E olha que foi a melhor corrida do time na temporada.

A Ferrari continua com tática suicida. Enquanto não mudar a postura, vai ser isso mesmo.

A Fórmula 1 segue para a Turquia, daqui a três semanas. Aberta a temporada europeia, em circuitos tradicionais e que as equipes conhecem melhor, digamos que o campeonato vai começar agora.

domingo, 17 de abril de 2011

Hamilton, porque a F1 tem jeito

A melhor corrida do ano. Disparado.

O GP da China foi aquela corrida que o torcedor queria, pedia e sentia saudades.

Sim, meus amigos, a Fórmula 1 tem jeito.

É só uma questão de querer.

Lewis Hamilton venceu em Xangai.

Sim, Lewis Hamilton, não Sebastian Vettel.

O alemãozinho chegou em segundo, com Mark Webber em terceiro.

O mesmo Webber que largou em 18º.

Esses motivos seriam suficientes para tornar o GP da China interessante.

Mas teve mais, muito mais.

Não foi só a vitória de Hamilton. Foi a vitória que começou antes da volta de instalação e terminou com uma ultrapassagem sobre aquele que até então mandava na categoria.

Foi a corrida com a maior alternância de posições dos últimos tempos.

Falo das primeiras posições, inclusive da liderança.

E tudo na base da ultrapassagem na pista; nada de esperar o pit stop.

Foi a corrida em que quem entrou mais vezes nos boxes se deu melhor.

A vitória de Hamiltom começou a ser desenhada antes da largada.

Sabe-se lá por quê, mas o carro do inglês foi o último a se posicionar no grid.

A imagem mostrava os mecânicos tentando consertar um problema de última hora.

Falaram em vazamento de combustível, mas a McLaren não se pronunciou.

Hamilton se posicionou nos últimos minutos e parecia que teríamos mais um motivo para uma corrida burocrática.

Engano.

Na largada, o que Vettel tinha falado sobre o kers, ou a falta dele, se consumou.

O alemãozinho ficou para trás, enquanto Jenson Button e Lewis Hamilton pularam na frente.

Apesar que a imagem mostrou Vettel acionando o kers...mistério...

O pessoal havia optado pelos pneus macios que, além de deixarem os carros mais lentos, se desgastavam com facilidade.

Ou seja, primeira bateria de pits logo na 11ª volta.

E a corrida começou pra valer.

Jaime Alguersuari foi o primeiro. E perdeu a roda traseira direita logo depois de sair. Mark Webber entrou logo depois.

Na volta 14, Vettel passou Hamilton e entrou nos boxes. Eu também não entendi.

Button foi junto com ele e cometeu uma das maiores gafes das última décadas.

Errou de equipe.

É verdade. Ia parando na Red Bull, acelerou foi para o time certo.

Nessa perda de tempo, Vettel se aproveitou e saiu na frente dele.

Na pista, Felipe Massa passou Hamilton, os dois entraram juntos nos boxes e o brasileiro saiu na frente.

Encerrada a bateria, Nico Rosberg era o líder.

Sim, Rosberguinho.

Antes da volta 30, a segunda bateria e o início da decisão.

Porque a Ferrari decidiu retardar as entradas de Massa e Fernando Alonso. Os dois até andaram na frente, mas como o desgaste dos pneus era imenso, os carros rendiam menos.

Quem parou antes, chegou. Tanto que Massa só foi entrar pela segunda vez na volta 33 e, na 38, Button entrava pela terceira.

Um parênsete. Na segunda saída de Massa, ele passou sobre a linha branca que delimita o espaço entre pit lane e pista. E havia uma denúncia de que Alonso havia usado a abertura da asa traseira em local indevido.

Nas duas últimas baterias, Sebastian Vettel havia ficado com a liderança.

Melhor para quem optou por essa terceira parada.

Na volta 45, Hamilton, com pneus duros e novos, ultrapassou Massa, então o segundo colocado.

Lá atrás, depois de paradas a mais ou a menos e algumas ultrapassagens, Webber passava Michael Schumacher e Fernando Alonso. E vinha chegando para o pódio.

Na volta 50, Hamilton chegou de vez em Vettel. Abre asa daqui, usa o kers dali e na 52 levou. Para não perder mais.

Enquanto isso, Webber passava Button para se garantir em 3º e levar a menção honrosa.

No pódio, a emoção e o choro justos de quem venceu nessas circunstâncias.

Hamilton ainda tem 47 pontos, contra 68 de um absoluto líder Vettel.

Mas já deu um pouco mais de graça a essa loucura chamada Fórmula 1.

A corrida

1º Lewis Hamilton (McLaren) - 1h36min582226

2º Sebastian Vettel (Red Bull) - a 5s198

3º Mark Webber (Red Bull) - a 7s555

4º Jenson Button (McLaren) - a 10s

5º Nico Rosberg (Mercedes) - a 13448

6º Felipe Massa (Ferrari) - a 15s840

7º Fernando Alonso (Ferrari) - a 30s622

8º Michael Schumacher (Mercedes) - a 31s026

9º Vitaly Petrov (Lotus-Renault) - a 57s404

10º Kamui Kobayashi (Sauber) - a 1min03s273

11º Paul di Resta (Force India) - a 1min08s757

12º Nick Heidfeld (Lotus-Renault) - a 1min12s739

13º Rubens Barrichello (Williams) - a 1min30s189

14º Sebastien Buemi (Toro Rosso) - a 1min30s671

15º Adrian Sutil (Force India) - a 1 volta

16º Heikki Kovalainen (Lotus)- a 1 volta

17º Sergio Perez (Sauber)- a 1 volta

18º Pastor Maldonado (Williams)- a 1 volta

19º Jarno Trulli (Lotus)- a 1 volta

20º Jerome D'Ambrosio (Marussia) - a 2 voltas

21º Timo Glock (Marussia) - a 2 voltas

22º Vitantonio Liuzzi (Hispania) - a 2 voltas

23º Narain Karthkeyan (Hispania) - a 2 voltas

Não completou

Jaime Alguersuari (Toro Rosso)

Classificação

1º Sebastian Vettel - 68 pontos

2º Lewis Hamilton - 47 pontos

3º Jenson Button - 38 pontos

4º Mark Webber - 37 pontos

5º Fernando Alonso - 26 pontos

6º Felipe Massa - 24 pontos

7º Vitaly Petrov - 17 pontos

8º Nick Heidfeld - 15 pontos

9º Nico Rosberg - 10 pontos

10º Kamui Kobayashi - 7 pontos

11º Michael Schumacher - 6 pontos

12º Sebastien Buemi - 4 pontos

13º Adrian Sutil/Paul di Resta - 2 pontos

Construtores

1º Red Bull - 105 pontos

2º McLaren - 85 pontos

3º Ferrari - 50 pontos

4º Renault - 32 pontos

5º Mercedes - 16 pontos

6º Sauber - 7 pontos

7º Toro Rosso/Force India - 4 pontos