sábado, 16 de janeiro de 2010

Filosofia

Robinho disse que não jogaria mais pelo Santos. Estava com a cabeça no Real Madrid.
Robinho disse que não jogaria mais pelo Real Madrid. Estava com a cabeça no Manchester City.
Adriano abandonou a Inter de Milão por não estar mais feliz.
Ilsinho chegou ao São Paulo dizendo que o Palmeiras era um Titanic.
Vágner Love se apresentou ao Palmeiras declarando a quem quisesse ouvir que a paixão dele era o Flamengo.
Tem jogador que acha que é maior que o clube.
Tem clube que aceita jogador que age desta forma.
O jogador acha que o mundo tem memória curta.
E, por vezes, ele está com a razão.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O País do Futebol II

Técnico: "Amanhã treinaremos pela manhã e, à tarde, não sei, pode ser uma atividade no campo ou só uma musculação na academia".
Auxiliar: "Para amanhã à tarde está marcado repouso muscular".
Técnico: "Repouso muscular? Ah...(pausa) é, pode ser que amanhã à tarde não tenha nada mesmo".
Repórter: "Os jogadores estão de folga, então?"
Técnico: "Pode ser que sim. Amanhã, na hora do almoço, a gente decide".
Essa é a Portuguesa Santista, preparando-se para a disputa da Terceira Divisão do futebol paulista.
Possivelmente, essa também seja a realidade em clubes como Barcelona, Inter de Milão...
Como diria o locutor esportivo: "Esse é o futebol pentacampeão do mundo, amigo".

O País do Futebol I

Todos os estádios designados para o Campeonato Paulista têm algum problema. Três foram vetados para este fim de semana, outros dois entregaram o laudo a tempo.
Dos 20 estádios, nove estão sem condições e os outros 11 precisam de ajustes.
Tudo "descoberto" a 48 horas do início da competição.
A Primeira Divisão do "campeonato regional mais importante do Brasil".
Brasil que, por sinal, deverá receber uma Copa do Mundo daqui a quatro anos.
Como diria o locutor esportivo: "Esse é o futebol pentacampeão do mundo, amigo".

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Enquete

Nunca antes na história deste blog foi lançada uma enquete. Mas a pergunta é necessária.
Qual será a emissora de TV mais corintiana de 2010?

( ) Rede Globo
( ) Rede Bandeirantes
( ) TV Gazeta

Modelo


E deu na Agência Estado (outra vez): Juvenal Juvêncio está sendo pressionado para mudar o comando das categorias de base do São Paulo. Alta cúpula Tricolor teme uma reação em cadeia do caso Oscar.
Enquanto isso, levaram o time profissional para treinar em Cotia. E, claro, para uma cobertura decente, a imprensa foi junto. Então foi mostrada toda a estrutura que o São Paulo oferece às categorias de base. E o discurso era mais ou menos este: "Oferecemos tudo isso e esses ingratos querem nos deixar".
E eis que surge algo até então bem escondido nos porões do Morumbi. Seis, isso mesmo, meia dúzia...seis ex-jogadores de lá movem ações contra o clube por divergências quanto ao direito de arena, também conhecido como direito de imagem: Fabão, Ramalho, Lenílson, Aloísio, Leandro e Diego Tardelli.
Todos cobram o repasse de 15% do que o São Paulo recebeu dos direitos de TV. Pela Lei Pelé, os clubes precisam dar 20% do que recebem ao Sindicato, que encaminha o dinheiro aos jogadores. Há, porém, um acordo entre os clubes e os sindicatos para que sejam pagos apenas 5%. Agora eles cobram essa diferença.
Modelo de administração? Nós (imprensa) continuamos chutando bem longe do gol...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estranhas mudanças


O Santos se interessou por Souza. O Corinthians ajudaria a pagar. Ele não veio.
O Santos se interessou por Fernandão. O Goiás diz que não foi procurado. Ele não veio.
O Santos se interessou por Nuno Gomes. A proposta da Europa era melhor. Ele não veio.
O Santos se interessou por Maxi Lopez. Nem abriu negociações. Ele não veio.
Há pouco tempo, batiam na porta da Vila Belmiro. Queriam jogar no Santos.
Estranho, muito estranho...

Aos moldes


A Agência Estado saiu com essa: não só o caso Oscar/São Paulo está longe do fim, como a história de Diogo pode ser apenas a segunda de muitas que estariam por vir.
Vamos ajudar a memória: Oscar entrou com uma ação na Justiça para rescindir o contrato com o São Paulo. Segundo o advogado, o jogador não poderia ter assinado vínculo por mais de três anos porque era menor de idade. O São Paulo alega que ele era emancipado. Marco Aurélio Cunha deixou um recado, digamos, não muito agradável, no celular do menino (eu ouvi). A Justiça tinha dado razão ao jogador, mas o São Paulo cassou a liminar.
Na semana passa, veio Diogo. Alegou ter um contrato de cinco anos com o clube, o que é proibido por lei.
E pode vir mais por aí. Oscar é empresariado por Guliano Bertolucci, que também responde por Henrique (profissional) e Casemiro, que vem arrebentando na Copa SP de Juniores. Ou seja...
Aí vem a pergunta: o jogador não sabe o que está assinando? Às vezes, sim, mas o Santos FC, por exemplo, sofreu diversas acusações de elaborar contratos de gaveta. O jogador assinava por um período e o clube já batia outro contrato prorrogando aquele primeiro. O Santos sempre negou, mas perdeu alguns jogadores debaixo desse argumento.
Não há provas contra o São Paulo, mas é importante para a imprensa começar a conhecer melhor as instituições hoje classificadas como modelos de administração. Chegar na televisão e ficar falando bem por mais de meia hora é fácil. Apurar e saber como as coisas funcionam é uma outra história.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Adeus, Atlântica

A notícia se repete, só muda de lugar. Mas não deixa de surpreender, nem de entristecer.
A tendência chegou à Rádio Atlântica de Santos. A tradicional PRG-5 teve 100% de sua programação arrendada pela Igreja Deus é Amor. Informações extra-oficiais dão conta de R$ 50 mil mensais para garantir 24 horas de mesmice. Agora, quem sintonizar o AM 590 ouvirá o mesmo pastor rouco gemendo quase o tempo todo ou dividindo espaço com um sujeito que fala espanhol.
Não bastasse o espaço jornalístico e de entretenimento que se perde, mais uma equipe esportiva da Baixada Santista precisará bater em outra porta se quiser continuar a existir. O pessoal do Esporte por Esporte, liderado por Armando Gomes, não pode ficar fora do rádio.
Falar em Rádio Atlântica, para este blogueiro, não é fácil. Foi lá que tudo começou profissionalmente, há 11 anos. Os primeiros contatos com o microfone foram antes, em meados de 1985, 1986 (sim, era moleque e apresentava programa ao vivo, influência do meu pai), mas depois de velho e com diploma nas mãos, tudo começou no AM 590, com o convite do saudoso amigo Fábio Luís. Lá, ao lado de nomes como Marcus Barreto e Washington Luiz, comecei a adquirir o que chamam de experiência. Pela Atlântica, fui setorista da Portuguesa Santista e estava iniciando a cobertura do Jabaquara quando surgiu a oportunidade de cobrir o Santos FC. Os primeiros treinos, os primeiros contatos com jogadores e treinadores de ponta e os primeiros jogos, tudo teve o intermédio da Atlântica. Entre idas e vindas, foram três passagens por lá, sempre com algumas histórias boas e outras, digamos, nem tanto assim.
Já naquela época a coisa caminhava meio capenga para o rádio santista. Não era só a Atlântica, mas a conversa era a mesma. "O jogo é em São Paulo, temos que ir mesmo?", "Você não tem carro? Precisa de vale-transporte para ir ao treino?", "Precisa mesmo ligar a cobrar para passar as informações?". Em uma conversa com um antigo diretor, o mesmo propôs que eu saísse do treino e fosse para o estúdio, onde daria meu boletim sem precisar do telefone. O CT do Santos ficava do outro lado da Cidade e eu teria um espaço de menos de 10 minutos, sem carro, para cumprir o trajeto. Inicialmente, ele não entendeu as razões da impossibilidade...
É triste, muito triste. Emissoras tradicionais de Santos, como as rádios Clube e Universal, já se perderam. Foram entregues às igrejas. A Rádio Cacique está nas mãos da Assembleia de Deus, mas ainda sobrevive. Tem a equipe de esportes comandada por Paulo Alberto e alguns programas não-religiosos. No AM da Baixada Santista restam apenas Cultura e Guarujá. A Cultura quase foi embora; acordou enquanto era tempo.
Houve um tempo em que Santos parava diariamente, ao meio-dia. Era a hora do comentário de Ernani Franco, sabe onde? Na Rádio Atlântica. Houve um tempo em que a Baixada Santista tinha três, quatro, cinco emissoras transmitindo futebol. Todas com equipes grandes. Todas com gente muito capacitada. Pergunte hoje a quem fazia o rádio daquela época: todos têm casa própria, carro, deram uma boa educação aos filhos e vivem razoavelmente bem. E tudo foi construído pelo rádio.
Como filho, sobrinho e sobrinho-neto de locutores, não é fácil ver a história tomar esse rumo.
Nos grandes centros, a tendência é menor. Em São Paulo, grandes emissoras permanecem e crescem cada vez mais. Em Santos, está na hora de pegar essa receita. Tentar entender o por quê das coisas será perda de tempo. Voltar atrás é quase impossível. Seria melhor agir agora, antes que o futuro simplesmente não exista...

Nada a declarar

Encerrado o jogo-treino com o Red Bull, o Santos FC organizou a apresentação de mais dois contratados: o zagueiro Luciano Castan e o atacante Zé Eduardo, o Zé Love.
"Será uma apresentação rápida", avisou a assessoria do clube.
Tão rápida que faltou pouco para o torcedor ficar sem ouvir a voz deles.
Não fosse a iniciativa de uma repórter, eles teriam colocado as camisas do Santos, feito o sinal de positivo para as câmeras e só.
Cada um deu duas respostas.
O torcedor espera que eles apareçam mais em campo. E que deem as respostas...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Campo minado

Essa veio do site Grand Prix www.grandprix.com
A coisa está feia lá pela Campos GP. Nem Bruno Senna conseguiu atrair bons patrocinadores. Não há dinheiro nem para pagar a Dallara, responsável pelo chassi. Não se sabe se eles estarão nos testes de fevereiro, em Valencia. Posicionar no grid do Bahrein, então, é um tremendo ponto de interrogação.
Adrian Campos tenta uma nova e quiçá última cartada: o venezuelano Pastor Maldonado ou o russo Vitaly Petrov, que foram bem na GP2 em 2009. Há a possibilidade de um deles ser o cara que chegará para os empresários dizendo: "Investe aí que eu estou lá".
Três possibilidades: ou a equipe acaba antes de começar, ou entra para não fazer história ou vira uma Brawn GP.
Façam suas apostas.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Só para lembrar

Giovanni saiu do Santos em 1996, na condição de ídolo.
Vanderlei Luxemburgo saiu do Santos no final de 1997, chamado de "traíra".
Giovanni saiu do Santos no início de 2006 por ser considerado "caro demais".
Quem mandou embora foi Vanderlei Luxemburgo.
O Santos foi campeão paulista em 2006 e 2007.
A saída de Giovanni não foi lamentada.
Vanderlei Luxemburgo não ergueu o Santos em 2009.
A torcida questionou a demissão de Giovanni.
Vanderlei Luxemburgo foi embora sem que ninguém sentisse sua falta.
Giovanni voltou na condição de grande esperança.
As vitórias encobrem os erros.
Ainda bem que a torcida não tem memória curta...