sábado, 18 de junho de 2011

Bussunda

Cláudio Besserman Viana se foi há cinco anos.
Bussunda tinha que ir embora assim mesmo. Por cima, em alta e em meio a uma Copa do Mundo que era para pouca gente perceber e/ou sentir.
Afinal, Bussunda fazia rir, não fazia chorar.
E por que fazia rir? Por ter um humor inteligente, com conteúdo, por mostrar indignação com tudo aquilo que está errado por meio do humor.
Se quisesse zoar um gordo, falava dele mesmo.
Pena que se foi. Ficam as boas lembranças.
Deixo duas.
Uma, quando ele zoa com a própria morte.
Outra, dele diante de outro gênio, que também se foi muito cedo.
Valeu, Bussunda!!





terça-feira, 14 de junho de 2011

Depois de Montreal

Lewis Hamilton teria tido um encontro, digamos, bem amistoso com Christian Horner, chefão da Red Bull, em Montreal.
A Autosport noticia e a Autosprint repercute.
Evidentemente, especulam uma possível ida do inglês para o time das asinhas depois de 2012, quando o contrato dele com a McLaren se encerra.
Nada mais apropriado para o momento do campeão de 2008, que nas últimas etapas voltou a ser o garoto afoito e precipitado que deixou escapar o título de 2007.
E era o primeiro ano dele na Fórmula 1.
Há teorias da conspiração no ar: rompimento com o pai/empresário, efeitos sentimentais e tudo o mais.
Na boa, Hamilton sempre foi isso aí e dificilmente deixará de ser.
Excelente, talentoso e sem a frieza por vezes necessária.
Uma espécie de Ayrton Senna sem toda a genialidade do tricampeão, evidentemente.
Jenson Button tem todos os méritos pela vitória. Não só por vencer todas as circunstâncias contrárias, mas principalmente por saber exatamente como superar Sebastian Vettel.
O alemãozinho ainda não sabe trabalhar sob pressão.
Button não precisava tentar ultrapassar de qualquer maneira. A pressão, por si só, induziria Vettel ao erro.
Vettel é ótimo, mas ainda não tem essa malandragem.
No futebol, a definição seria aquela elegante frase: "Aperta que ele p..."
Menções honrosas para Michael Schumacher e Felipe Massa.
Shummy, pela corrida que fez e por mostrar de forma definitiva que não tem carro. E Massa por, depois de uma besteira imensa sozinho, ganhar de Kamui Kobayashi por um bico.
Mandou bem.
Fiquemos com dois momentos da corrida.
E com o fiscal da videocassetada, que quase levou um encontrão de Kobayashi...








domingo, 12 de junho de 2011

Button, nas loucuras de Montreal

Sem dúvida nenhuma, o GP do Canadá foi a corrida mais louca da temporada 2011 da Fórmula 1.
E fatalmente entrará para a galeria das inesquecíveis.
Não só porque Jenson Button venceu. Não só porque Sebastian Vettel não venceu, mas principalmente pela forma como as coisas aconteceram e como este resultado tornou-se uma realidade.
Mark Webber chegou em terceiro e Michael Schumacher em quarto.
Até o sábado, as coisas caminhavam dentro de uma normalidade em todos os aspectos.
Isso até o domingo chegar.
Teve chuva, safety car, paralisação, punições...e Lewis Hamilton...
Foi por causa da chuva que a largada se deu com o safety car, uqe não permitiu nenhum momento marcante até a quinta volta.
Quando a bandeira verde foi acionada, Sebastian Vettel manteve a tradição e pulou na frente, seguido por Fernando Alonso e Felipe Massa. E Lewis Hamilton deu início à própria loucura: deu um toque no carro de Mark Webber e fez o australiano rodar.
Mas nada que se comparasse à 9ª volta, quando, no afã de ultrapassar Button a qualquer preço, tocou no carro do companheiro de McLaren e bateu o próprio carro no muro. A suspensão se foi e Hamilton acabou indo junto.
E o safety car entrou novamente.
Curioso: Button, sem ter nada a ver com isso, levou um drive-through.
A chuva apertou, apertou e apertou um pouco mais. Começaram as trocas de pneus com a adoção de compostos para pista extremamente molhada.
Mas o problema não estava nos pneus. Estava na pista e na visibilidade. Não se enxergava nada e tinha aquaplanagem.
Não houve outra alternativa senão a bandeira vermelha. Paralisação.
Uma parada curta, de apenas duas horas, um pouco mais, um pouco menos.
E nada da chuva parar.
Mas o milagre aconteceu. A chuva foi diminuindo, o safety car entrou e, na volta 25, a corrida foi retomada, com Vettel na frente, Kamui Kobayashi em segundo e Felipe Massa em terceiro. Pois é...
E logo depois, Button apareceria novamente.
Alonso tentou ultrapassá-lo. A Ferrari e a McLaren se tocaram. Pior para o espanhol que caiu fora.
E novo drive-through para Button.
Na volta 54, Massa estava em segundo quando...pegou aquaplanagem, rodou e bateu sozinho. Não tão forte a ponto de sair da prova, mas o suficiente para forçar uma entrada nos boxes para a troca do bico da Ferrari.
Caiu várias posições.
Nick Heidfeld então disputava posição com Michael Schumacher, tocou na Mercedes do conterrâneo, perdeu o bico da Lotus Renault e provocou um novo safety car.
Quando a corrida voltou, com 12 voltas para o final, Vettel estava tranquilo e seguro na frente, com Michael Schumacher em segundo, Mark Webber em terceiro e Button em um honroso quarto lugar.
Isso até Webber tentar passar Schumacher, errar e ser ultrapassado por Button, que foi para cima de Schumacher e levou, fácil, fácil.
Havia uma distância em relação a Vettel e poucas voltas para o final. Mas Button chegou e Vettel ainda não tem a frieza dos multicampeões. Por vezes é o menino que erra sob pressão.
E errou.
Na última volta, escorregou na segunda chicane e permitiu a ultrapassagem.
Button seguiu tranquilo para a vitória, com o alemãozinho em segundo e Webber em terceiro.
Se no campeonato Vettel segue com tranquilidade rumo ao bi, no pódio ficou a marca de uma prova maluca, encerrada 4 horas após a largada. As caras de Button e de Webber resumiram os dois sentimentos...