sábado, 20 de março de 2010

Ouvi falar...

Essa história de que jogador tal já está vendido é mais velha que o próprio futebol. Afinal, o que seriam dos debates se as especulações não exitissem?
A mais nova diz que Neymar já é do Chelsea. Uns dizem que vai depois dos 21 anos, outros afirmam que é logo depois da Copa e alguns já embarcaram para Londres, porque acham que ele não chega nem até o final do Campeonato Paulista.
O posicionamento dos clubes também não muda. Luís Álvaro Ribeiro diz que Neymar ainda vai ganhar uns títulos pelo Santos e ser eleito o melhor do mundo com a camisa Alvinegra. Exagerou. Nenhum eleito melhor do mundo atua fora da Europa. Pode até haver outro melhor que o escolhido, mas se não estiver na Europa, nem cotado para o prêmio será. Já o pai de Neymar, que parece não se iludir com pouco e demonstra ter a cabeça no lugar, diz que é muito cedo para o menino seguir a vida no exterior.
Esse tipo de notícia pode seguir três caminhos:
1- Verdade: haveria uma proposta inglesa e ponto final. Se o Santos vai aceitar ou não, é outro problema.
2- Valorização: é comum haver uma notícia plantada para dar uma valorizada no produto, leia-se jogador. E sabemos quem é o agricultor dessa plantação.
3- Especulação: "ouvi dizer, ouvi falar, não tenho certeza". Mas botou no jornal.
Que Neymar vai embora, vai, cedo ou tarde. Os reais não seguram os euros. E o jogador não é necessariamente um mercenário. Ele tem que pensar no futuro. Agora, se ele não fosse, iriam dizer que ele teve uma carreira estagnada, que não evoluiu. Como ele vai, tenham certeza de que haverá comentários sobre o absurdo que é o Brasil não segurar seus craques.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Para o gasto, e avante!!

São Paulo e Santos jogaram na noite de quinta-feira com adversários diferentes, em locais diferentes, por competições diferentes, mas foram praticamente iguais: não deram espetáculo e nem precisaram dar. Os excelentes resultados vieram naturalmente e não era esperado outro desfecho.
O São Paulo só venceu o tal de Nacional do Paraguai por 3 a 0 porque não jogou bem. Se tivesse um pouquinho mais de gana, teria feito cinco, seis ou mais. O adversário era muito fraco. Serviu para Ricardo Gomes ver que Cléber Santana talvez seja mais útil que Marcelinho Paraíba. Manda o meia fazer a ligação com o ataque e deixa que Dagoberto e Washington resolvam lá na frente. Não haveria a necessidade de um terceiro atacante, até porque o São Paulo tem pelo menos quatro jogadores que chegam lá na frente: o próprio Cléber Santana, Richarlyson, Jorge Wagner e Léo Lima, que marcou o segundo gol sobre o horroroso time paraguaio.
Agora, nos quesitos inteligência, ponderação e, principalmente, educação, Ricardo Gomes está ao menos um patamar acima. Quem ouviu a coletiva não diria que ele havia acabado de sair do campo, depois de 90 minutos de bola rolando. Falando com toda a serenidade do mundo, Ricardo disse que o importante é garantir a vaga nas oitavas. Depois e só depois ele vai ver quem é o adversário e de que forma dá para armar o time. Vamos lembrar: são duas competições em uma. Fase classificatória é uma coisa e mata-mata é outra.
O Santos também não deu show em Belém e não precisava dar. O time jogou solto, como sempre e fez o resultado que evitou o jogo de volta com o Remo. Jogou da mesma forma diante do Palmeiras e perdeu. Mas o Palmeiras é melhor que o Remo e ficou mordido com as dancinhas. Jogador mordido faz até o que não sabe. O Remo não tem a mesma qualidade do Palmeiras e não ficou mordido com nada.
Jogando de forma solta e diante de um adversário sem muita qualidade, os gols foram saindo naturalmente. Só houve um susto no pênalti que foi mandado no travessão. Mais nada. Valeu para construir um resultado que dará moral, valeu pela classificação que dá o direito a um período de descanso quando os demais clubes grandes estiverem decidindo a sorte na segunda partida e valeu pelo gol 11.500 da história, marcado por quem merecia marcar pelo que jogou: Neymar.
Das próximas 48 horas, o técnico Dorival Júnior passará 16 dentro de aviões. Vai a Nova Iorque e já volta, é ali, rapidinho. Tem amistoso com o Red Bull de lá no sábado e jogo oficial contra o Ituano domingo, no Pacaembu. Cansativo? Muito, mas, atualmente, qual o clube brasileiro pode ser dar ao luxo de recusar US$ 500 mil??

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ao menos isso

A Portuguesa Santista venceu!!! E daí??
Venceu o lanterna, afundou o pobre Bandeirante de Birigui e continua longe, muito longe da saída da zona do rebaixamento.
São, pelo menos, quatro pontos, ou seja, não sai nem se vencer a próxima partida e os que estão mais pra cima perderem. Faltam apenas seis partidas para a fase de classificação da Série A3 acabar. Está muito difícil.
Então, por que comemorar a vitória? Porque dá moral, confiança e ajuda a diminuir a pressão. Se não der para escapar, pelo menos os jogadores e o técnico ficam com a certeza: "Nós tentamos".
Discurso de perdedor? No esporte, não.

Ele decide, é isso

Como é estranho voltar a uma lan house depois de tanto tempo. Mas quando a fonte de todos os textos resolve que não quer mais trabalhar, o negócio é arrumar uma nova fonte e improvisar até lá.
E o Ronaldo, hein? Voltou a marcar depois de 49 dias, ou cinco jogos como titular. Reencontrou as redes por uma razão simples: porquê craque é craque.
Ronaldo pode estar gordo, pode não ligar mais para nada, pode se preocupar mais com os compromissos com patrocinadores do que com o clube, mas quando entra em campo ele é uma ameaça constante aos adversários.
Ele estava mortinho ali na área do Cerro Porteño. Antes do escanteio ser cobrado, o zagueiro ainda deu uma olhadinha para trás e viu onde o Fenômeno estava. E caiu na besteira de dar-lhe as costas. Quando a ridícula zaga paraguaia ficou burramente vendo a bola cruzar a área, Ronaldo já tinha saído do lugar onde o zagueirão que se achou esperto tinha certeza de que ele estaria. Ronaldo estava esperando a bola chegar. E decidiu a partida.
O Corinthians não precisou fazer mais nada; o Cerro é fraco demais. Ronaldo não precisou fazer mais nada. Craques, às vezes, só precisam aparecer uma vez na partida toda. O Corinthians será campeão? Se continuar jogando da forma como está, não. Mas quem tem Ronaldo leva uma vantagem natural sobre qualquer adversário.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O estrategista

Já disse isso uma vez e vou dizer outra: Eu não gosto do sr. Antônio Carlos Zago. Dificilmente serei um fã de quem desconhece a palavra "ética". Mas também já disse aqui e repito o que disse o filósofo: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Antônio Carlos é inteligente e tem ampla vivência no futebol. Boleiro, conhece as malandragens das quatro linhas. E está usando esse conhecimento de forma clara no Palmeiras.
Senão, vejamos: o Palmeiras foi à Vila Belmiro e venceu o Santos, com méritos. Ninguém vira o jogo pra cima do time da moda sem ter o mínimo de qualidade. O mesmo Palmeiras oscilante, que perde para São Caetano e Santo André em casa, se supera e vence os Meninos da Vila dentro da Vila.
E o que Antônio Carlos faz? Adota um discurso de que tudo é possível. Começou a encher a cabeça dos jogadores com a ideia de que o título da Copa do Brasil é viável e está tratando o jogo contra o Paysandu como se fosse a final da competição.
Naturalmente, Antônio Carlos sabe que não é a final. Sabe que o Palmeiras não será campeão hoje. E tem dúvidas se o título virá. Mas faz o elenco acreditar que sim. O máximo que o Palmeiras conseguirá será vencer os paraenses por dois ou mais gols de diferença e eliminar o jogo de volta. Parece pouco, mas não é. E vamos ver por quê.
Eliminando a segunda partida, o Palmeiras ganhará uma semana só para treinar. Será um segundo momento para Zago se fechar com o elenco (depois do período em Atibaia) e definir o rumo do primeiro semestre Alviverde. Sem uma partida no meio de semana, o Palmeiras não perde três dias, a considerar a concentração na terça, o jogo na quarta e a recuperação na quinta. E não enfrentará a tensão da segunda partida que tem, por menor que seja, um risco de eliminação.
Antônio Carlos foi além: mexeu com o brio do grupo. Fez um discurso que fará com que os jogadores queiram comer grama para mostrar a todos que ele está certo. Qualquer funcionário de qualquer área trabalha melhor quando sabe que o chefe confia nele. Com menos pressão, o time joga mais solto e os resultados podem aparecer de uma forma mais fácil, menos dolorosa.
Se os jogadores acreditarem e corresponderem, ótimo. Se Antônio Carlos é um grande técnico, só o tempo dirá. Mas que é um estrategista, ah, isso é.

terça-feira, 16 de março de 2010

Não dá mais

A campanha da Portuguesa Santista no Campeonato Paulista da Série A3 vinha dando uma quase certeza de rebaixamento para a quarta e última divisão estadual. Porém, após uma rápida conversa com o presidente do clube, Avelino dos Santos, o quase deixou de existir e a certeza agora é completa.
O futebol da Portuguesa não é administrado pelo clube há anos. Sempre fica nas mãos de uma empresa, pois o clube não consegue arcar com as despesas. Até aí, tudo bem. O problema é que o clube não se sente à vontade para cobrar o parceiro, algo que tem o direito e até o dever de fazer. Segundo Avelino, o atual parceiro foi o único que apresentou uma proposta concreta quando o clube procurava um colaborador. E nem os resultados ruins o deixam à vontade para cobrar.
"Eu fico na expectativa de um torcedor, mas a Portuguesa é como uma família que passa fome e só tem uma broa para comer. Não temos recursos para investir no futebol, então precisamos dos parceiros. Estou sempre em contato com o nosso parceiro, mas não há muito o que cobrar".
Faço, então, a pergunta direta: "O sr. acredita que a Portuguesa se salva"? A resposta: "Eu torço para que não, mas está difícil".
Opinião do blogueiro: a diretoria deve cobrar, sim. O parceiro não é legal. Ele entrou nessa para botar um time pra jogar e fazer caixa com os melhores jogadores. Normal, é assim que funciona, não tem nada de desonesto nisso. Porém, uma campanha ruim suja o nome do clube, pois a camisa que os jogadores vestem é a da Portuguesa Santista. Quem vai cair para a quarta divisão não é a empresa, é a Portuguesa Santista. Portanto, a cobrança é válida e, neste momento, podemos dizer até que é obrigatória.
Uma pena tudo isso, uma pena...

segunda-feira, 15 de março de 2010

SP Indy 300 - o balanço

A primeira edição sempre está sujeita a erros. E a São Paulo Indy 300 teve muitos. De uma pista sem a devida segurança à total falta de orientação para o público e a Imprensa. Das mudanças de planos no cronograma às alterações de decisões sobre acessos permitidos e proibidos.
Mas erros existem para que haja o aprendizado. Se depender de São Paulo, haverá a segunda edição. Será a oportunidade de corrigir os erros e aperfeiçoar os acertos.
Sim, houve acertos. São Paulo soube receber a Fórmula Indy e o risco de criar um circuito de rua em pleno Anhembi foi positivo. Economicamente, a corrida foi viável, desde que os números não estejam sendo maquiados. Seria importante talvez envolver uma parte maior da cidade, pois ficou claro que só e região do Anhembi respirava o evento.
Será preciso cuidar melhor da pista. Não é possível existir um piso que faça com que um carro rode em uma reta. Fotógrafos que foram ao local disseram que os tênis escorregavam no Sambódromo. O que dizer de um carro a 300 por hora? E cronogramas não podem ser alterados. A Fórmula 1, por exemplo, jamais admitiria. É com essas questões que deve haver uma preocupação maior.
Houve também desorganização do lado de fora. Polícia Militar, CET e promotores do evento não devem ter feito nenhuma reunião, pois cada um dava uma informação diferente sobre o mesmo assunto. Não fosse por um agente da CET que estava no início da Avenida Braz Leme e estaríamos procurando o estacionamento até agora. E sabem por quê? Porquê a credencial indicava apenas "Santos Dumont, 421". O número 421 da Avenida Santos Dumont não existe. O que existe é o 421 da PRAÇA Santos Dumont. E se quiser algo mais específico, é o endereço do Campo de Marte.
Dentro do circuito, ninguém sabia informar onde era a sala de Imprensa. Quem é brasileiro se vira. Porém, só na mesa em que fiquei havia quatro japoneses e três norte-americanos. Deu pena deles.
Falando da corrida em si, foi boa. O brasileiro tem a tendência de desvalorizar o próprio quintal, mas é quase impossível haver uma prova sem bandeira amarela, sem um acidente. Não dá pra ir colocando a culpa na pista. Concordo que deveria haver escoamento da água da chuva, mas o volume de água que caiu faria a prova ser paralisada em qualquer lugar. Indianápolis 2005 que o diga. E que bela vitória de Will Power, o mais mineiro dos australianos. Ficou quietinho, na dele e só apareceu em dois momentos: ao ficar em primeiro no warm up e ao vencer a corrida ultrapassando o líder a três minutos do fim da prova.
O saldo foi positivo, mas ainda está muito próximo da média. Dá para aprender, dá para melhorar. É preciso querer e executar. Poético isso...

A dança dos esquecidos

É fato conhecido há décadas: são poucos os jogadores de futebol providos de massa encefálica. Grande quantidade de dinheiro em pouco tempo e a aproximação de aproveitadores que os permitam realizar aquilo que acham mais conveniente, seja o que for, para que esses mesmos aproveitadores batam no peito e contem para os amigos que estão próximos do ídolo, fazem com que seja desnecessário ao atleta desenvolver qualquer linha do que se pode chamar de raciocínio. Isso expica o uso do termo "diferenciado" na hora de colher declarações de jogadores como o goleiro Marcos, por exemplo.
É essa mesma massa encefálica sem o devido desenvolvimento que explica os motivos para determinadas atitudes de alguns jogadores. Em tempos de campanhas de ocasião pelo fim da violência nos estádios, campanhas essas promovidas por futuros candidatos a cargos eletivos, em tempos de promotores engravatados que jamais sujaram as calças dos ternos nas arquibancadas, mas que neste momento procuram as câmeras para dizer o que querem (e não vão) fazer, quem incita o ódio e a rivalidade são os próprios jogadores.
O Palmeiras é o time mais oscilante do Campeonato Paulista de 2010. Levou duas goleadas dos times do ABC em casa, suou para vencer o lanterna Sertãozinho e tem jogadores que já entram em campo sob desconfiança. Ainda assim, foi à Vila Belmiro e venceu o Santos com todos os méritos. O mesmo Santos embalado, que gosta de dar show e que havia feito 10 gols em uma partida só.
Bastou esse motivo para alguns jogadores do Alviverde entenderem que viraram craques, gênios incontestáveis da bola, condição que lhes permite provocar o adversário dentro da casa dele. A ridícula dancinha dos atletas palmeirenses mostrou claramente até que ponto chega a burrice futebolística. Sob a alegação de que a não menos ridícula dancinha inventada pelos jogadores do Santos era provocativa, os palmeirenses entenderam (como se entendessem alguma coisa sobre qualquer coisa) que era preciso dar o troco na mesma moeda.
Comemorar gols de forma criativa não é errado. Errado é provocar o adversário, simbolizar o mascote dele, fazer sinais para a torcida. O Santos não faz isso. Os jogadores comemoram daquela forma horrorosa porque querem fazer uma graça entre eles, não para provocar ninguém. No clássico, apenas Madson, autor do terceiro gol, tentou comemorar burramente imitando um porco. Isso também não pode.
Mas a tal dancinha palmeirense mostrou que, definitivamente, jogador de futebol vive exclusivamente o hoje. Falando especificamente de Robert, Diego Souza e Armero. Robert fez três gols e é um craque de bola. Tão craque que o Palmeiras foi buscar o Ewerthon. Armero tem todo o direito de provocar adversários. Até outro dia, ele era o palmeirense que mais colaborava com os demais times, ao entregar bolas gratuitas para eles. Depois, ia chorar na televisão e dizer que vivia uma fase ruim. E Diego Souza? Tão gênio da bola que não conquista nem a própria torcida. Sim, jogadores esquecem o ontem.
Esquecer o amanhã, então, é de praxe. Deixar de lado a possibilidade de um encontro futuro ainda no Paulistão ou numa Copa do Brasil é digno dos que se acham acima do bem e do mal. Não imaginar que um novo encontro pode provocar brigas entre torcidas é digno de quem só olha para o próprio umbigo. Não pensar que num encontro futuro o troco pode ser dado com juros e correção, pois cada jogo é um jogo, esclarece que alguns jogadores não podem sair da má fase tão cedo. Só lá eles aprendem uma palavra fácil de dizer, mas talvez difícil de escrever para alguns deles, por causa do "H": Humildade.

domingo, 14 de março de 2010

SP Indy 300 e a chuva

A chuva que não vinha, veio. E decidiu a sorte da São Paulo Indy 300. Bandeira vermelha, uma paralisação de mais de 20 minutos, estratégias montadas nos boxes e a ultrapassagem de Will Power sobre Ryan Hunter-Reay a menos de quatro minutos para o fim da prova.

Sim, minutos, não voltas. A corrida acabou porque o tempo estourou, a 14 voltas do que deveria ser o fim. Melhor para Will Power, vencedor da primeira prova da história da Fórmula Indy em São Paulo.

A chuva se anunciou a 10 minutos da largada, mas foi embora logo. e não provocou o acidente entre Mário Moraes e Marco Andretti, na minha frente. Mas foi ela que provocou a paralisação. Disseram que a água escoaria facilmente no Anhembi. Não escoou. Carros nos boxes, bandeira vermelha e rodos no asfalto. Só quando a chuva parou e o sol voltou a corrida pôde ser retomada.

Mudanças de posições, até então, eram só nos boxes. Até Hunter-Reay e Ryan Briscoe protagonizarem um belíssimo duelo. Briscoe passou na frente, Hunter-Reay retomou dando uma de Dick Vigarista e contornando a chicane por dentro. Levou o troco na volta seguinte, no mesmo ponto. E Briscoe iria bater sozinho.

Wil Power só apareceu duas vezes neste fim de semana. No sábado, ficou em primeiro no warm up. E, no domingo, venceu a prova. Não estav cotado, não era favorito. Entrou para a história. "A equipe avisou que em seis voltas a corrida ia terminar. Senti que era hora de atacar". Atacou Hunter-Ray, administrou por pouco mais de três minutos. Venceu.

Os brasileiros deram azar ou...Hélio Castroneves deu azar. No primeiro acidente do dia teve o bico do carro comprometido. Kanaan foi tocado por trás. Bia Figueiredo ainda não tem carro para ir longe. Sabem de quem foi a festa? Vitor Meira, terceiro colocado, ao ultrapassar Raphael Matos, o quarto. Vitória pessoal, pois ele sofreu um acidente em Indianápolis, em maio do ano passado, e estava desde então sem pilotar. Valeu!

Se a São Paulo Indy 300 valeu a pena? As opiniões srrão divididas. Por ser a primeira, era esperado que houvesse erros. Se a organização aprender com os erros e melhorar, ótimo. E ano que vem a prova se repete. Podem esperar.

Sorte de um vencedor

Fernando Alonso mostrou que só precisava de um carro para voltar a ser Fernando Alonso. Talento e sorte não lhe faltam. Foi nessa base que o espanhol venceu em sua estreia pela Ferrari. O GP do Bahrein, etapa de abertura da Fórmula 1 mostrou que, mesmo os que têm títulos mundiais no currículo, precisarão brigar com ele.
Sebastian Vettel fez a pole com maestria e um belíssimo carro da Red Bull. Tão bom e tão elogiado que deixou o piloto alemão...na mão. Um problema mecânico comprometeu a vitória quase certa e ele tem que agradecer pelo quarto lugar. Em 15 voltas, foi ultrapassado por Alonso, Felipe Massa e Lewis Hamilton.
Massa largou em segundo, mas foi ultrapassado na primeira curva por um faminto Alonso, que não lhe deu a menor possibilidade de retomar a posição. O espanhol usou o talento para ultrapassar na hora certa e contou com a sorte dos problemas mecânicos de Vettel. E estreou com vitória.
Os pneus foram um capítulo à parte. Com a pista perto dos 50ºC, o desgaste foi enorme e quase todos pararam ao mesmo tempo. Rubens Barrichello ainda arriscou acelerar a Williams por mais algumas voltas, mas estava sendo facilmente ultrapassado por quem tinha compostos novos e teve de ceder à tendência.
Os novos brasileiros seguiram o cronograma. Luas di Grassi e Bruno Senna não completaram a prova. Di Grassi só conseguiu dar três voltas com a Virgin e Bruno Senna parou na 18ª volta. Os dois por problemas mecânicos, algo que podemos esperar para as demais etapas.
A F-1 retrô começou bem. E a tendência é melhorar. Aguardemos pela Austrália, daqui a duas semanas.

SP Indy 300 - segundas impressões

O ex-piloto Raul Boesel já havia avisado no sábado: quem tem experiência e um bom carro ia se dar melhor. Podem ter mudado dia e horário para a definição do grid, podem ter feito obras de última hora na pista, mas quem é campeão mostra por quê.
Dario Franchitti sai na frente na São Paulo Indy 300, seguido por Alex Tagliani e Justin Wilson. Entre os brasileiros, Tony Kanaan foi o melhorzinho: 6º lugar. Hélio Castroneves é o 9º, Rafael Matos o 12º, Vitor Meira o 16º, Mario Romancini o 20º, Bia Figueiredo sai em 22º e Mario Moraes em 23º.
Fizeram as tais obras na reta do Sambódromo e os carros pararam de sambar. Está certo que levantaram uma poeira violenta nas primeiras voltas, mas depois a pista foi emborrachando e as coisas caminharam de uma forma melhor. Para se ter uma ideia, Franchitti fez a pole com 1min27s735. No sábado, os melhores tempos estavam na casa de 1min31s.
A largada será às 13 horas, sem nenhuma outra alteração. Respondendo a um comentário do post anterior, a largada será no mesmo local, pois ali está o camarote daquelas autoridades que nada fizeram até agora, mas que neste domingo precisam aparecer bastante.