segunda-feira, 15 de março de 2010

SP Indy 300 - o balanço

A primeira edição sempre está sujeita a erros. E a São Paulo Indy 300 teve muitos. De uma pista sem a devida segurança à total falta de orientação para o público e a Imprensa. Das mudanças de planos no cronograma às alterações de decisões sobre acessos permitidos e proibidos.
Mas erros existem para que haja o aprendizado. Se depender de São Paulo, haverá a segunda edição. Será a oportunidade de corrigir os erros e aperfeiçoar os acertos.
Sim, houve acertos. São Paulo soube receber a Fórmula Indy e o risco de criar um circuito de rua em pleno Anhembi foi positivo. Economicamente, a corrida foi viável, desde que os números não estejam sendo maquiados. Seria importante talvez envolver uma parte maior da cidade, pois ficou claro que só e região do Anhembi respirava o evento.
Será preciso cuidar melhor da pista. Não é possível existir um piso que faça com que um carro rode em uma reta. Fotógrafos que foram ao local disseram que os tênis escorregavam no Sambódromo. O que dizer de um carro a 300 por hora? E cronogramas não podem ser alterados. A Fórmula 1, por exemplo, jamais admitiria. É com essas questões que deve haver uma preocupação maior.
Houve também desorganização do lado de fora. Polícia Militar, CET e promotores do evento não devem ter feito nenhuma reunião, pois cada um dava uma informação diferente sobre o mesmo assunto. Não fosse por um agente da CET que estava no início da Avenida Braz Leme e estaríamos procurando o estacionamento até agora. E sabem por quê? Porquê a credencial indicava apenas "Santos Dumont, 421". O número 421 da Avenida Santos Dumont não existe. O que existe é o 421 da PRAÇA Santos Dumont. E se quiser algo mais específico, é o endereço do Campo de Marte.
Dentro do circuito, ninguém sabia informar onde era a sala de Imprensa. Quem é brasileiro se vira. Porém, só na mesa em que fiquei havia quatro japoneses e três norte-americanos. Deu pena deles.
Falando da corrida em si, foi boa. O brasileiro tem a tendência de desvalorizar o próprio quintal, mas é quase impossível haver uma prova sem bandeira amarela, sem um acidente. Não dá pra ir colocando a culpa na pista. Concordo que deveria haver escoamento da água da chuva, mas o volume de água que caiu faria a prova ser paralisada em qualquer lugar. Indianápolis 2005 que o diga. E que bela vitória de Will Power, o mais mineiro dos australianos. Ficou quietinho, na dele e só apareceu em dois momentos: ao ficar em primeiro no warm up e ao vencer a corrida ultrapassando o líder a três minutos do fim da prova.
O saldo foi positivo, mas ainda está muito próximo da média. Dá para aprender, dá para melhorar. É preciso querer e executar. Poético isso...

Um comentário :

  1. Na tv deu para ver o pessoal com os carros parados na marginal, só para tentar ver alguma coisa , não sei como não aconteceu algum acidente . Isso tb deve ser visto no próximo ano se não já sabe .

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