sábado, 1 de maio de 2010

16 anos

Dia 1º de maio.
Faz 16 anos que ele se foi.
A partida dele foi mostrada ao vivo. Não vale a pena reproduzir.
Fiquemos com as boas lembranças.
Depois de uma chuva que só ele sabia que viria, porque se informou antes, o carro estava sem pressão de óleo. O motor ia estourar. Não estourou. Quem explodiu foi a arquibancada de Interlagos.
Que bom que a F1 de hoje resgatou os grandes pilotos.
Mas como você faz falta!


http://www.youtube.com/watch?v=WKVReS5ll2k

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Gostou?

Eis o novo autódromo de Silverstone. Com novo traçado, extensão dentro da média e prometendo proporcionar umas boas corridas.
Foi por isso que venceu a briga com Domington Park para receber o GP da Inglaterra de Fórmula 1, em que pese ter sido remodelado primeiramente para atender a motovelocidade.
Tem uma nova parte com 760 metros e duas novas retas que substituem o antigo setor da "Bridge corner" . Também vai valorizar as partes internas das curvas.
Damon Hill, campeão mundial de 1996 e atualmente presidente do Clube dos Pilotos Britânicos de Corrida (British Racing Drivers' Club) gostou.
Vamos ver. Dia 11 de julho, a corrida.

Só ele?

A diretoria do Santos FC está sendo massacrada em virtude das falhas na venda de ingressos para a final do Campeonato Paulista.
E não foram poucas as falhas. Torcedores que aguardaram durante horas debaixo de chuva voltaram para casa com as mãos abanando. Só sobraram 600 ingressos para o tobogã do Pacaembu.
Lamentável.
Mas daí a culpar uma diretoria de um clube é ser muito mesquinho. É muita briguinha política.
O problema é muito maior.
Falta organização no País todo.
Aponte qualquer clube brasileiro que respeite o torcedor. Que nunca ocasionou uma confusão na venda de ingressos. Pergunte ao torcedor comum do Corinthians se ele consegue ver os jogos da Libertadores in loco. Pergunte ao flamenguista se foi agradável buscar ingressos para ver o jogo contra o Grêmio, no ano passado, quando o Rubro-Negro confirmou o título brasileiro.
O erro do Santos foi não ter tomado uma atitude para se tornar o primeiro clube a dar um bom exemplo.
E ficará marcado.
Como todos os outros.

Pergunta errada

Na saída do gramado do Palestra Itália, perguntaram a Diego Souza se ele mostrou o dedo do meio para a Turma do Amendoim para forçar uma saída mais rápida do Palmeiras.
A pergunta foi para a pessoa errada.
Deveriam ter questionado algum dirigente para saber por que o clube está fazendo de tudo para que o jogador vá embora o quanto antes. Na sequência, perguntar as razões para o clube não ter a coragem de rescindir o contrato do jogador, já que não o quer mais por lá. Em seguida, perguntar se, diante da falta de ambiente entre Diego Souza e parte da torcida, o clube vai dar apoio ao jogador ou se será omisso mais uma vez.
Diego Souza não é santo. Aliás, é um bobo de marca maior. Mas enquanto está sob contrato e veste a camisa de um clube, precisa e merece ter respaldo da direção.
Porém, essa é a realidade em alguns clubes. A torcida manda. O conselheiro opina. e o jogador? Bem, o jogador é um mero detalhe...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sem previsões

Santos, Vasco, Internacional e Corinthians saíram em desvantagem nos confrontos de mata-mata, seja por Libertadores ou Copa do Brasil. E, dos quatro, o Santos foi o que se deu melhor.
A derrota por 3 a 2 para o Atlético-MG, no Mineirão, deu ao santista uma sensação de "tem nada, não", ou seja, é um resultado reversível. Vejam bem: reversível, não disse "garantido".
1 a 0 ou 2 a 1 classificam o Santos. Vencer por dois gols de diferença não é impossível. Mas o Galo mostrou que não é nenhum timinho, sabe dosar bons nomes com um bom esquema tático e pode envolver o Santos na Vila Belmiro. Além disso, tem um treinador que tem uma capacidade de montar uma boa estratégia tão grande quanto sua prepotência. E está louco para eliminar o Santos.
No Mineirão, o Galo foi além de um Diego Tardelli inspirado. Foi além de um Ricardinho que continua sabendo ditar o andamento de uma equipe. O Galo foi bem nas laterais, ao contrário do Santos. Com George Lucas, que não se encaixa nunca no time e Pará, que em anos de clube só jogou bem contra o São Paulo, a vida do Atlético ficou mais fácil.
Dois fatores também ajudaram o Galo: marcar um gol logo no início da partida e contar com a falha gortesca de Durval no terceiro gol. Reparem que Tardelli puxa para um lado e o zagueiro vai bisonhamente para o outro. Só falou fizer: "Faz, meu filho".
Sorte do Santos ter Paulo Henrique Ganso. Ele não se intimidou com o placar adverso e conseguiu o mínimo: deixar a decisão da vaga nas semifinais em aberto. Não fez gol e nem precisou. Preparou para que Edu Dracena aparecesse.
Semana que vem, teremos um bom jogo na Vila Bemiro. Sem previsões. Não dá.

Água no chopp

O Corinthians se achou e não se achou no Maracanã.
Se achou quando saiu de São Paulo lendo, vendo e ouvindo que venceria o jogo no Rio de Janeiro. Não se achou em meio ao aguaceiro que caiu sobre a antiga capital do Brasil. Os jogadores mal podiam se ver em meio a tanta água. Prejudicou os dois times.
Mas a água não era tanta no segundo tempo. E o Corinthians continuou sem se encontrar. Não elaborou nenhuma jogada. Não chegou na cara de Bruno em reais condições de mexer no placar do Maracanã. O Flamengo, ao contrário, esperava o momento certo para dar o bote. Saiu em contra-ataques.
E nunca é demais lembrar que o gramado estava ruim para os dois times.
Dois times que foram infantis. A falta estúpida de Michael em Dentinho quase pôs tudo a perder para o pessoal da Gávea. Expulsão no primeiro tempo, depois de uma falta no meio de campo. Dentinho nem ia em direção ao gol. Rogério Lourenço (aquele mesmo, ex-zagueiro) achou melhor nem olhar para o jogador.
Sorte do Flamengo que a infantilidade carioca quase pôs tudo a perder. Porque a infantilidade paulista pôs tudo a perder. Por que raios Moacir foi fazer aquele pênalti no Juan? Para consagrar Adriano e dificultar as coisas para o Corinthians.
Dá para reverter no Pacaembu? Sem dúvida. Vitória por dois gols de diferença não é nenhum absurdo. Mas o Corinthians tem que tomar o cuidado de não sofrer gols, porque, se vencer por um gol de diferença, o máximo que consegue é levar a decisão para os pênaltis. 1 a 0 leva. 2 a 1 leva...leva o Corinthians para o abismo. Seria o fim do projeto Centenário.
Mano Menezes disse que Ronaldo joga no Pacaembu. Resta saber se o Fenômeno encontra o caminho de casa até a semana que vem...

Coitadinho

Terminado o jogo entre Flamengo e Corinthians, no Maracanã, Adriano dirigia-se à sala de doping do estádio. O repórter Alexandre Praetzel, da Rádio Bandeirantes, de São Paulo, tentou ouvi-lo. Entre alguns impropérios, Adriano disse que a Imprensa só quer prejudicá-lo.
Jogador tem direito de não dar entrevistas. Mentira! Os milhares de reais previstos em contrato no trecho que debate o direito de imagem não dizem isso. Além do salário, jogador recebe (e não é pouco) para aparecer na mídia e falar. A partir do momento em que ele tem o "direito" de não falar, ganha o "direito" de não cumprir o contrato. Se bem que, no caso de Adriano, não seria novidade.
Seria, sim, interessante, o Flamengo se achar no direito de não pagar a parte que corresponde à imagem. Até porque tem um jogador que mais arranha a imagem do clube do que qualquer outra coisa.
Adriano está certo. Os jornalistas vivem em salas secretas nas redações planejando meios de acabar com a carreira dele. Todos bolam os planos mirabolantes e depois riem diabolicamente, franzindo as sombrancelhas juntamente com um sorriso maquiavélico e esfregam as mãos. Não conseguem sentir o mínimo de misericórdia de um pobre menino que só perdeu um pênalti na final da Taça Rio, depois de tantas madrugadas em claro. De uma vítima dessa coisa terrível que é a obesidade. De um inocente mocinho que passa por grandes problemas conjugais e que, por causa deles, mal consegue trabalhar. Vai ao clube quando pode ou quando quer.
Sim, Adriano tem razão, a culpa é toda da Imprensa. A mesma Imprensa que o trata como Deus quando ele está bem, quando marca três gols numa partida. Talvez se essa mesma Imprensa o ignorasse, fosse qual fosse a fase, ele acorde. Mas apenas acorde. Porque pedir para Adriano refletir (ou pensar) seria exigir infinitamente além da capacidade intelectual do menino...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O desafio é acreditar

Quem ouviu a história de que o jogo contra o Atlético-MG é a primeira prova de fogo para o Santos em 2010 levanta a mão!
E quem deu risada com esta piada levanta a outra!
Dizer que, agora sim, o Santos será testado na atual temporada é, no mínimo, uma brincadeira de mau gosto. O Santos já enfrentou os três grandes de São Paulo, venceu um Corinthians completo, perdeu para um Palmeiras mordido e superou o São Paulo nas semifinais, quando o Tricolor vinha completo e mordido ao mesmo tempo. O Santos venceu o São Paulo no Morumbi e na Vila Belmiro e os próprios jogadores adversários reconheceram a superioridade.
O Atlético-MG é mais um grande teste. É mais um desafio, dentre os muitos que virão. Só no Campeonato Brasileiro serão 38 testes.
Então os clássicos paulistas não foram testes? O São Paulo no Morumbi não foi um desafio? Ah, mas os meninos vão tremer...claro...o menino Robinho que não tremeu em 2002, que jogou no La Bombonera, que pisou no Camp Nou como adversário, que jogou uma Copa do Mundo vai tremer. Ganso, que enfrentou a ira da torcida santista com a campanha grotesca no Campeonato Brasileiro de 2009 vai tremer agora. Claro...
Mas o Galo vem mordido. Não pelo time. Pelo discurso dos jogadores, enfrentar o Santos também é um desafio, mas eles encaram como um jogo a mais. E não poderia ser de outra forma.
Mas tem gente mordida por lá. Estará no banco de reservas. Se o Atlético eliminar o Santos da Copa do Brasil, Dunga, José Mourinho, Guardiola, Louis van Gaal e outros que se cuidem. Se der Santos nas semifinais, méritos totais para quem formou o time no ano passado e o entregou de bandeja para Dorival Júnior apenas administrar. Só não pode esquecer que a "base" de 2009 quase foi rebaixada. E não estava nas mãos de Dorival...
Quer dizer, esse vai ser o primeiro discurso. Após os questionamentos sobre novas frases infelizes, as palavras serão direcionadas a uma má interpretação e até maldade daqueles que perseguem inocentes.
Olha, surpreendo-me comigo mesmo. Estou mandando bem nesse negócio de previsões.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Que solo é esse, Muricy?

Muricy Ramalho saiu do Internacional para trabalhar durante três anos no São Paulo e depois seguir para o Palmeiras. Estava mal acostumado. Imaginava que o futebol brasileiro poderia ter evoluído um pouquinho que fosse. Enganou-se.
Ao assumir o Fluminense, Muricy não falou sobre conquistas em seu primeiro discurso. Não falou sobre planejamento para a Copa do Brasil ou o segundo semestre. Ao invés disso, falou em estrutura, ou, possivelmente, da falta dela.
O novo treinador do Flu já tem noção das "condições" de trabalho e mandou o recado: ou há uma melhora nisso ou fica difícil cobrar resultados. Acostumado a um São Paulo com concentração própria, Muricy pega um clube que não tem nem Centro de Treinamentos. O Fluminense negocia para ver se assume o antigo Fla Barra e Vasco Barra. Seria o Flu Barra?
E isso é apenas o começo. Estamos centralizando na estrutura. A hora em que Muricy sentir na pele as questões políticas e o tratamento destinado a determinados atletas na Cidade Maravilhosa, terá de se posicionar. E se o blogueiro conhece o treinador (dos tempos de Portuguesa Santista), Muricy não passa a mão na cabeça de ninguém, pode ser quem for. Isso ainda vai dar muito problema.

Polegares, onde estão?

A Fórmula 1 chega aos 60 anos sem perder as particularidades.

Não me lembrava de algo inusitado desde o seguro das pernas de Michael Schumacher, mas veio Fernando Alonso para se superar.

O espanhol fechou com o Santander uma apólice de 10 milhões de euros (R$ 23 milhões) para ter uma proteção aos polegares. É, você não leu errado, Alonso fez um seguro dos dedos polegares.

Evidentemente, há o que ser compreendido. Já viram o volante da Ferrari? Esta reprodução do jornalista italiano Giorgio Piola dá uma noção de como as coisas funcionam dentro do cockpit.
Cada botãozinho ali é acionado com os dedos polegares. Cada um tem uma função específica e com o mesmo grau de importância. Isso com o carro a mais de 300 por hora, às vezes com um chato fungando no cangote, querendo ultrapassar.
De qualquer forma, cada foto que Alonso tirar fazendo sinal de positivo a partir de agora custará 5 milhões de euros.
E não custa recorrer à regra de três: se um seguro de polegares custa 10 milhões de euros, qual será o valor da apólice do seguro de vida de um piloto??


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Obrigado, Dorival

Achei que a segunda-feira seria mais trabalhosa. Não seria fácil encontrar palavras equilibradas e termos elegantes que resumissem de forma pouco ofensiva o futebol de quinta categoria apresentado pelo Santos no Pacaembu. Sob o calor do jogo e com a responsabilidade de fechar a edição do jornal seria impossível. E esse hiato foi o ideal.
Faltou tempo para repercutir tudo o que envolveu a partida. Sobraram minutos para ler o que faria a admiração por Dorival Júnior aumentar ainda mais. Antes que o blogueiro falasse qualquer coisa, antes que mostrasse o lado da partida que muitos torcedores não viram, estava lá o aniversariante do domingo. Não disse e nem precisava dizer, mas recebeu um presente de grego dos jogadores.
Eu ia dizer, Dorival disse antes e só me cabe reiterar: o Santos jogou pedrinhas no Pacaembu. E não pegou um adversário maravilhoso, estupendo, até porque a ideia do Santo André era empatar a primeira partida. Mas aí vem o Santos, badalado, maravilhoso, espetacular, insuperável e entra em campo com a certeza de que vence na hora em que quer. Como se o futebol funcionasse desta forma.
O Santos jogou durante 20 minutos e fez os três gols. No tempo restante, fez de tudo, mas tudo mesmo para perder. Até deu passes precisos para o adversário e ficou esperando a conclusão das jogadas. O primeiro tempo foi, no mínimo, horroroso. O time foi para o intervalo perdendo, levou uma bronca do tamanho do mundo, voltou cheio de vontade virou e...relaxou de novo. Não se deu por feliz enquanto não levou o segundo gol. Poderia ter liquidado a fatura, poderia ter feito do jogo de domingo que vem um amistoso. Mas não. Tinham que relaxar, não jogar mais nada, esquecer que, enquanto houver adversário, há a possibilidade de sofrer um gol.
Dorival já disse que não gostou. Ótimo. Que continue bravo até domingo que vem. O campeonato não acabou. E se o Santos continuar com essa displicência, pode acabar com o sonho...