sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sutilezas




Em tempos de Nelsinho, Nelsão, Renault e GP da Itália, vamos voltar a 11 de setembro de 1983. Dois anos antes do nascimento de Nelsinho, dezoito anos antes dos atentados às torres gêmeas e 26 anos antes de um dos maiores escândalos da Fórmula 1, Nelsão vencia o GP da Itália, em Monza. Foi a nona vitória do brasileiro na categoria. Largou em quarto, ultrapassou duas Ferraris na primeira volta, foi favorecido pela saída do companheiro de equipe Ricardo Patrese na segunda volta e levou a Brabham a mais uma vitória. Foi campeão mundial naquele ano.
Em tempos de Nelsinho, Nelsão, Renault, GP da Itália e último capítulo da novela, eis que a Force India mostra a sua...força. Sutilmente, tirou o primeiro lugar da...Renault, que estava à frente com...Grosjean, substituto de...Nelsinho. Adrian Sutil fez 1min23s923 e mostrou que, apesar do carro leve, aquela pole de Fisichella na Bélgica não foi por acaso.
Por falar em Fisichella, ele ficou em 20º. Luca Badoer segurou o riso no paddock. Só que Fisichella sentou no cockpit da Ferrari agora. Ele não era piloto de testes há anos...e jamais colocou a culpa na Imprensa...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mas que viagem!


Carlos Ghosn, presidente da Renault, chamou Flavio Briatore de lado e deu carta branca até para um processo em cima de Nelsinho Piquet. Ou seja, a Renault deu a ordem, o brasileiro cumpriu e agora querem processá-lo porque "a imagem ficou manchada".
Nelsinho confessou que foi tudo armado mesmo, que bateu na volta combinada, no trecho previamente acertado da pista e melou sem pensar duas vezes o GP de Cingapura do ano passado. Para ter certeza de que estava chegando a tal volta fatal, pentelhou o pessoal da equipe pelo rádio para saber em que volta estava.
Antes da prova, houve todo o acerto com o pessoal da Renault. Depois, um "obrigado" muito mal dado por Briatore. O argumento de Nelsinho: não sabia se teria o contrato renovado para 2009 e queria ficar bem na fita, ou seja, cumprir uma ordenzinha de nada para ganhar moral com os franceses.
Por um lado, compreensível, um menino cheio de sonhos e que ralou para chegar à Fórmula 1. Por outro, algo abominável, sem justificativa, que poderia (e deveria) custar o futuro dele na categoria, se é que ainda haverá futuro.
Por que aceitou? Por que não procurou a mídia ou o próprio pai assim que a "oferta" foi feita? Que reação teria Nelsão diante disso? Imaginem que maravilha seria ele ser demitido naquele instante, vir a mídia e dizer por quê. Haveria muito mais gente para dizer que ele foi homem em não aceitar.
Mas contratos são contratos e vai saber o que estava especificado no dele. E Fórmula 1 é Fórmula 1. E Briatore é Briatore. Mas bem que, depois dessa, ele poderia ser chamado de ex-chefe de equipe. Bani-lo seria o mínimo.
Preciso desculpar-me com todos vocês, leitores e seguidores, mas dificilmente haverá comentários sobre o GP da Itália, neste fim de semana. Estarei em viagem e o imediatismo nas postagens ficará prejudicado. Tentarei dar uns pitacos sobre a corrida no domingo à noite. Viajar é sempre espetacular, mas confesso: escolhi a data errada. Um abraço e até a volta!

Depois dessa...




Dunga foi volantão; Maradona foi craque.
Dunga era voluntarioso; Maradona era gênio.
Dunga batia até na mãe; Maradona batia, e como batia bem na bola.
Dunga levantou uma Copa do Mundo; Maradona levantou uma Copa do Mundo.
Dunga foi capitão de uma seleção campeã com futebol burocrático; Maradona foi capitão de uma seleção campeã que ele levou nas costas.
Em 94, Dunga fez parte de um bom elenco; Em 86, Maradona consagrou-se.
Dunga fez poucos gols; Maradona fez um monte, até com a mão.
Dunga não bebeu a água batizada; Maradona sabia que a água estava batizada e morreu de rir.
Dunga teve uma carreira irretocável; Maradona enfiou a carreira no nariz.
Dunga parou de jogar por cima; Maradona...
Dunga virou técnico do nada; Maradona virou técnico do nada.
Dunga chegou sob desconfiança; Maradona chegou sob aplausos.
Dunga chegou como vilão; Maradona, como solução.
Dunga balançou no cargo; Maradona balança, balança...
Dunga não é unanimidade; Maradona...
Um dia, Dunga caiu em desgraça por causa de Maradona; o troco veio 19 anos depois.
Dunga está na Copa do Mundo; Maradona...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Agora vai



Segundo a revista inglesa Autosport, a Ferrari vai anunciar um acordo de patrocínio com o banco Santander nesta quinta-feira, durante o GP da Itália. A equipe fará o anúncio durante uma entrevista com as presenças do presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, e o presidente do banco Santander, Emilio Botin.
Ou seja, Fernando Alonso está chegando. É espanhol, bicampeão do mundo, sonha em pilotar uma Ferrari e o pessoal de Maranello sonha com ele.
Só para lembrar: o Santander chegou à Fórmula 1 em 2007, para patrocinar a McLaren. Quem pilotava por lá?
A Ferrari não abre mão de Felipe Massa, mas Kimi Raikkonen anda bem desmotivado. E a equipe está meio cansada dele. Um amigo próximo diz que o relacionamento dele com a Fórmula 1 funciona mais ou menos assim: ele adora pilotar e odeia todo o resto.
O contrato dele vale até o final do ano que vem, mas há rumores de que os italianos estejam dispostos a pagar para que ele fique em casa; algo em torno de R$ 12 milhões. Para ficar em casa ou pilotar em ralis.
Vamos aguardar. Imaginem Massa e Alonso na mesma equipe, sobretudo depois do entrevero no GP da Europa de 2007, lembram?

Dois recados

Entre suspensos e contundidos, eis que Dunga convoca quatro jogadores para a Seleção, dos quais três jamais vestiram a amarelinha. Vamos a eles: André Dias (zagueiro, São Paulo), Cleiton Xavier (meia, Palmeiras), Diego Souza (meia-atacante, Palmeiras) e Diego Tardelli (atacante, Atlético-MG).
Por necessidade não foi, já que o Brasil está classificado para a Copa. Mas Dunga precisa de opções e pode querer mexer no time durante o jogo com o Chile, quarta-feira. Portanto, convocações importantes.
Dois recados foram dados indiretamente. O primeiro: se de quatro convocados, três são estreantes, o grupo para a África do Sul não está fechado e as portas da Seleção também não. O segundo: se de quatro convocados, três são estreantes, NINGUÉM TEM CADEIRA CATIVA.
Entendido?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vitória substituída




Por mais que digam que "o campeão voltou", por mais que Ricardo Gomes tenha (e teve) méritos ao fazer as substituições, o Cruzeiro não perdeu para o São Paulo; perdeu para ele mesmo.
No primeiro tempo, parou na boa atuação de Rogério Ceni e soube se aproveitar do passe errado de Richarlyson para fazer 1 a 0 com o bom lateral Diego Renan. Foi para o intervalo embalado e com o São Paulo abalado. No segundo tempo, passou 20 minutos pressionando, mas não concluiu. Ou as jogadas não eram finalizadas ou a zaga são-paulina cortava. E outro detalhe: o Cruzeiro ficou mais preocupado em reclamar com a arbitragem do que em finalizar as jogadas com mais eficiência.
Marlos substituiu Hugo e fez o gol de empate, mas a falha de Fábio poderia acontecer no chute de qualquer adversário. O bom goleiro cruzeirense tinha tanta certeza da defesa que...não defendeu. Logo depois, Borges entrou em campo e fez um gol que Washington, o substituído, também faria, tamanha a indecisão dos dois zagueiros cruzeirenses e também de Fábio. Um deixou para o ouro, que deixou para o um, que achou que o goleiro chegaria e Borges não ficou esperando.
Méritos do São Paulo? Sim. De Ricardo Gomes? Com certeza. E o Cruzeiro? Dez pontos o separam da Libertadores e cinco da zona de rebaixamento...

domingo, 6 de setembro de 2009

Poucas vezes


Poucas vezes a Seleção Brasileira jogou tanta bola. Poucas vezes teve tanto domínio sobre os argentinos, dentro da casa deles.
O Brasil ocupou o território inimigo sem pedir licença, tirou os sapatos, mudou o canal da televisão e pegou uma cerveja na geladeira. Sem querer, Rosário transformou-se numa extensão do território brasileiro. Diante de uma Argentina que não jogou mal, mas que não se acerta em campo, o Brasil dominou todos os setores e a vitória por 3 a 1 foi uma consequência.
Poucas vezes a Seleção encaixou tão bem 11 peças. Poucas vezes encontrou um time que o torcedor consegue decorar a escalação e dizer: "é esse o time da Copa". Poucas vezes um treinador criticado por muitos e como muitos acertou tão bem uma equipe e chegou ao Mundial com tanta tranquilidade.
Poucas vezes tivemos um goleiro tão bom, uma zaga tão segura e consistente, um meio de campo que apoiasse tanto e um ataque tão consciente da hora de se apresentar. Só uma ressalva: desta vez, Robinho esteve apagado.
E a Argentina? No papel, só feras. Na parte tática, um desacerto. O ataque isolado, longe do meio de campo. Um Messi marcado e sem ninguém para apoiar, como é que ele vai criar? Um Tevez com o mesmo problema. Um Verón voluntarioso, bem na marcação, sem culpa pelo atual momento. Um Sebá na zaga que, sem querer ofender, mas colocá-lo para acompanhar um ataque como o do Brasil, é covardia. Ele é pesadão e o ataque brasileiro é rápido. E, no banco, um gênio como jogador, péssimo como atleta e que vai ficar marcado como idiota na função de treinador...
A propósito: o blogueiro não entra em "oba-oba" e tem umas 10 mil restrições ao Dunga...