sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lei Geral, em parte

E vão votar a Lei Geral da Copa.
E vão cumprir o que é de praxe, porque a lei já está aprovada.
Nela estará a autorização para comercializar cerveja nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014.
Mas só durante a Copa. E em copos de plástico. Que fique bem claro!!
Porque este país é sério, aqui temos leis.
Inclusive uma que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios.
A mesma lei que não terá validade durante a Copa.
Mas só durante a Copa. E em copos de plástico. Que fique bem claro!!
A mesma lei que não prevê a comercialização de bebidas no entorno dos estádios, com os ambulantes, nos botecos e padarias próximos.
A mesma lei que vez ou outra cria um raio de 200 metros no entorno dos estádios. Dentro desta área, nada de bebidas.
A 201 metros, tá liberado.
Na casa do cidadão, salvo se a mulher reclamar, está liberado.
Porque a lei diz que o cidadão não pode comprar a cerveja no estádio, não diz nada sobre chegar ao local cambaleante.
Falso moralismo? Hipocrisia? Jamais. Aqui temos leis. E teremos as leis até junho de 2014. E continuaremos com as leis depois de junho de 2014. No miolo, libera. O patrocinador é legal.
Mas só durante a Copa. E em copos de plástico. Que fique bem claro!!

O cara

Deivid é homem.
Mas é homem na real concepção da palavra.
Já se sabia que é bom jogador.
E também que é dono de um caráter irretocável.
Um dos caras mais gente fina que já conheci.
Foi em 1999, no Santos, quando o garoto do Nova Iguaçu havia acabado de chegar.
Mal tinha um contrato na Vila Belmiro.
O garoto cresceu, foi para o Corinthians, Cruzeiro, voltou para o Santos, jogou na Turquia e foi parar no Flamengo.
E no Flamengo protagonizou o lance mais falado, comentado, repetido, zoado.
Acontece. Não tem que acontecer, mas acontece.
Não foi por isso que o Flamengo perdeu a vaga na decisão.
Felipe rebateu duas bolas para a frente, Léo Moura ficou mais preocupado em pedir pênalti, Ronaldinho Gaúcho...Ronaldinho Gaúcho...
O mundo não acabou. O mesmo Flamengo que está fora da final da Taça Guanabara pode ser campeão carioca. Tem que vencer a Taça Rio e se garantir na decisão.
Mas Deivid perdeu o gol. A conta vai para ele.
E o que ele faz?
Paga.
Paga quando concede entrevista na saída para o intervalo, quando volta a falar no fim da partida, quando, no dia seguinte, se lança na coletiva e fala o que tem que ser dito.
Porque Deivid é homem, é macho, tem caráter.
Outros, por muito menos, não falariam com ninguém. Já vi isso trocentas vezes.
Há quem faria pior: trataria com indiferença.
Sim, também vi.
Mas Deivid é homem, é fera, tem caráter.
Joga sem receber tudo o que deveria. Se lança, dá a cara a tapa.
Isso passa. Tudo passa. Palermo é ídolo no Boca Juniors e o cara que perdeu três pênaltis em uma partida.
Porque é mais fácil lembrar do negativo.
Tira o Deivid de campo.
E cadê o negativo?
Só pelo caráter dele, tem todos os positivos...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mil

Postagem número 1.000 do blog.
Sem nenhum motivo especial; apenas para marcar o número.
Não é aniversário de ninguém, nem data da morte de ninguém, apenas uma lembrança e nada mais.
GP de San Marino de 1982.
A Ferrari já tinha dado ordens expressas: se as circunstâncias favorecessem, Gilles Villeneuve venceria a prova.
Não esqueceram de combinar com Didier Pironi, o companheiro de equipe.
O francês que ignorou completamente o acordo.
Villeneuve morreu em Zolder naquele mesmo ano sem perdoar nem Pironi nem a Ferrari.
Duas conclusões:
1- Jogo de equipe é coisa antiga, ainda mais nos cavalinhos rampantes.
2- Sempre há um maluco que não dá a mínima para os jogos de equipe.