terça-feira, 24 de julho de 2012

O Resultado

Luis Alvaro Ribeiro enfrenta a primeira crise desde dezembro de 2009.
De lá até aqui, administrou a herança que recebeu. O que era bom, manteve e melhorou. O que não vinha tão bem mudou.
Não houve até agora tempo para uma avaliação, um balanço da administração. O Santos estava muito ocupado, levantando taças em sequência. Muito por consequência do que já havia no clube e outro tanto pelo que foi administrado e melhorado.
Neymar e Paulo Henrique, no clube desde a gestão anterior, foram mantidos. Robinho, cujo embrião surgiu duas administrações atrás, foi contratado.
Não havia nem 120 dias de gestão e uma taça a mais para o Memorial. Mais quatro meses e uma nova taça. Veio o tri paulista, veio a Libertadores.
Quem estava preocupado com a administração?
Dentro da cultura do futebol de resultados estava tudo maravilhosamente certo.
Um time que jogava por música, um treinador considerado um dos melhores do Brasil.
Mas futebol é resultado.
E quando o resultado é de 4 a 0 para o Barcelona, não é todo mundo que considera o adversário praticamente imbatível.
Entra o 'perder da forma como perdeu'.
Mas perder para o arquirrival na competição continental é inaceitável. Provoca lembranças.
Já não vinha bem, já não marcava tantos gols.
Mas futebol é resultado.
E o resultado abriu os olhos.
Agora, provoca revolta. Está tudo errado, é muita incompetência junta, do máximo mandatário ao menor dentre a ralé.
E se ganhar duas ou três em sequência?
Ah, sabe, futebol é resultado...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cinco anos

Está claro que a dedicação a este espaço caiu quase 100%.
Por uma série de circunstâncias.
A data passou. Não foi esquecida, mas fatores externos impediram a postagem na data exata.
Era o dia 22 de julho de 2007.
Felipe Massa, da Ferrari e Fernando Alonso, da McLaren, sem sequer imaginarem que um dia estariam na mesma equipe (se é que a Ferrari é uma equipe só), disputaram quase a tapa a liderança do GP da Europa, na época disputado no alemão Nürburgring.
Claro que o espanhol levou a melhor.
Só que os carros se tocaram numa das disputas. Alonso não gostou. Ao encostar o carro, após a vitória, fez chabu, mostrou a avaria para as câmeras, só faltou ligar para a seguradora.
O resto as senhoras e os senhores devem lembrar.
Para melhorar, temos o vídeo em espanhol.
Com narração e comentários de torcedores de Alonso.
Especialmente para quem xinga o Galvão Bueno gratuitamente, cobra imparcialidade da crônica brazuca e suspira com as transmissões europeias...

Duas possibilidades

Poucas pessoas neste planeta chamado Jornalismo Esportivo merecem tanta admiração quanto Reginaldo Leme.
Não é só pelo conhecimento que tem a respeito de bólidos, asfalto, pneus, combustível.
Reginaldo (não o chamo de Regi, não tenho intimidade para isso) tem um acesso aos bastidores quase nulo para um brasileirinho, como um dia disse Rubens Barrichello.
Sem contar que o cara é humilde, gente boa.
Tive o prazer de entrevistá-lo em Interlagos. Na ocasião, perguntei duas coisas a Reginaldo: se o acidente que Felipe Massa sofreu na Hungria em 2009 deixou alguma sequela e se Felipe poderia estar escondendo alguma coisa para não ser arrancado do cockpit da Ferrari.
Há um exemplo clássico. Em 1987, depois de bater numa certa curva Tamburello, Nelson Piquet perdeu a profundidade da visão. Ele jamais disse isso à Williams, caso contrário seria proibido de correr. E foi campeão do mundo naquele ano.
Reginaldo respondeu que tanto Massa quanto os médicos (do piloto e da Fórmula 1) disseram que não. Quanto a esconder, alguma coisa, Reginaldo disse que só Massa poderia responder.
Massa já respondeu faz tempo. E disse que não esconde nada porque não tem nada.
Assim sendo, há duas grandes possibilidades: ou a Ferrari produz dois carros (o que não seria novidade) ou Massa contou uma meia-verdade.
Carros e condições iguais, com desempenhos tão paradoxais, é algo a ser no mínimo investigado.
Carros e condições diferentes, leia-se privilégios, é uma característica maranellística...