segunda-feira, 23 de julho de 2012

Duas possibilidades

Poucas pessoas neste planeta chamado Jornalismo Esportivo merecem tanta admiração quanto Reginaldo Leme.
Não é só pelo conhecimento que tem a respeito de bólidos, asfalto, pneus, combustível.
Reginaldo (não o chamo de Regi, não tenho intimidade para isso) tem um acesso aos bastidores quase nulo para um brasileirinho, como um dia disse Rubens Barrichello.
Sem contar que o cara é humilde, gente boa.
Tive o prazer de entrevistá-lo em Interlagos. Na ocasião, perguntei duas coisas a Reginaldo: se o acidente que Felipe Massa sofreu na Hungria em 2009 deixou alguma sequela e se Felipe poderia estar escondendo alguma coisa para não ser arrancado do cockpit da Ferrari.
Há um exemplo clássico. Em 1987, depois de bater numa certa curva Tamburello, Nelson Piquet perdeu a profundidade da visão. Ele jamais disse isso à Williams, caso contrário seria proibido de correr. E foi campeão do mundo naquele ano.
Reginaldo respondeu que tanto Massa quanto os médicos (do piloto e da Fórmula 1) disseram que não. Quanto a esconder, alguma coisa, Reginaldo disse que só Massa poderia responder.
Massa já respondeu faz tempo. E disse que não esconde nada porque não tem nada.
Assim sendo, há duas grandes possibilidades: ou a Ferrari produz dois carros (o que não seria novidade) ou Massa contou uma meia-verdade.
Carros e condições iguais, com desempenhos tão paradoxais, é algo a ser no mínimo investigado.
Carros e condições diferentes, leia-se privilégios, é uma característica maranellística...

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