domingo, 18 de dezembro de 2011

Adiante

Limites ultrapassados, barreiras transpostas.
Chegou até onde poderia chegar.
Ultrapassou limites, foi além, venceu.
Não, não venceu tudo. Não deu, não teve como.
O Golias era maior, mais valente, mais organizado, mais pronto, mais preparado.
Respeito é fundamental. Respeito ao extremo atrapalha.
Porque todo e qualquer exagero é ruim.
Tira a agressividade, a vontade, a ousadia e, principalmente, a alegria.
Do outro lado também havia exagero.
De talento, de vontade, de volume. De não dar o menor espaço para o menor agir, tentar, ousar.
Não deu a menor a possibilidade.
Porque a possibilidade dá márgem à realidade.
E há possíbilidades que ninguém quer que virem realidade.
A possibilidade da derrota é bem aceita. A realidade de uma derrota não.
Reconhecer que a derrota se tornou realidade porque não havia outra alternativa é dolorido e confortável ao mesmo tempo.
Porque a derrota que vem quando a vitória era possível provoca ira, revolta, tristeza.
A derrota sem a possibilidade de vitória provoca a resignação, o conformismo. "Faz parte", diriam.
Repetiu-se a história de 2003, indo um pouco mais além de 2003.
Em 2003, os limites do país foram ultrapassados. Os do continente não. Pararam em um adversário mais forte, experiente, pronto...melhor.
Em 2011, os limites do continente foram ultrapassados. E pararam por aí.
Pararam em um adversário mais forte, experiente, pronto, melhor.
Em 2003, lições foram aprendidas, captadas, levadas adiante.
Em 2011, ficam as lições para serem aprendidas, captadas levadas adiante.
Porque o adiante existe.
E pode estar logo ali, no breve...