sábado, 13 de março de 2010

SP Indy 300: primeiras impressões

Na desorganizada SP Indy 300, por enquanto está dando Austrália. Scott Dixon dominou os dois treinos livres. Está certo que as atividades foram marcadas por batidas provocadas pelas ondulações da pista do circuito de rua do Anhembi, mas o australiano mandou bem.
Dixon foi seguido por Ryan Briscoe e pelo brasileiro Tony Kanaan nas duas sessões. Os outros brazucas não foram bem. Bia Figueiredo, por exemplo, penúltima colocada na primeira sessão, bateu na segunda e abandonou. O próprio Briscoe, segundo colocado, baeu na reta dos boxes, um acidente provocado pelas ondulações. O treino que define o grid será às 15h30.
Na pista, oscilações, fora dela, desorganização. O número 421 da Santos Dumont, indicado como estacionamento para Imprensa e convidados, não existe. O local correro é a Praça Santos Dumont, e não a avenida, como constava até nos ingressos. Em uma explicação melhor, o estacionamento fica ao lado da pista do Campo de Marte. Nem isso foi dito. Foram 40 minutos até encontrar o local correto.
Na Fórmula 1, vejo que deu Vettel na pole no Bahrein. Eu avisei, a Red Bull chegou.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Mudou para tudo igual

A Fórmula 1 mudou, as regras mudaram, novos e veteraníssimos pilotos entraram, novas equipes chegaram, um resgate histórico foi feito e o que aconteceu? Nico Rosberg continua a ser o mais rápido das sextas-feiras.
Não é brincadeira. O alemão, agora na Mercedes, cravou 1min55s409 e foi o mais rápido do dia no Bahrein. Lewis Hamilton (McLaren) foi o segundo, Michael Schumacher (Mercedes) ficou em terceiro e Jenson Button (McLaren) em quarto.
Na primeira sessão de treinos, Adrian Sutil cravou 1min56s583 e colocou a Force India em primeiro, seguido por Fernando Alonso (Ferrari), Robert Kubica (Renault) e Felipe Massa (Ferrari).
No encerramento do dia, os resultados não foram lá essas coisas para os brasileiros. Massa terminou em sétimo lugar, Rubens Barrichello (Williams) em 13º, Lucas di Grassi (Virgin) em 21º e Bruno Senna (HRT) em 22º e último, com direito a uma estranha peça solta no final da reta dos boxes.
Ficou claro que a sexta-feira foi dedicada aos testes. Quem levou os carros para a pista na pré-temporada ainda estava na fase de adaptação e precisava treinar bem no trecho novo do circuito do Bahrein. Um longo trecho novo, por sinal. Já pilotos como Bruno Senna começaram do zero, porque nem a pré-temporada fizeram. Houve alguns erros, mas nenhum que comprometesse as atividades. E estava evidente que eram erros de quem estava tentando se acostumar ao ambiente. Talvez o mesmo não ocorresse em Melbourne, por exemplo, que durante anos abriu a temporada e que jamais alterou o traçado original. De qualquer maneira, ficou o aviso: no sábado haverá um pouco mais de ousadia e, no domingo, a cautela deixa de existir. Aí, o espírito de competitividade toma conta.
Para quem gosta de Fórmula 1, independente de nacionalidade, a disputa vai ser boa. Tem muito candidato à vitória. Você pode colocar aí os dois carros da Ferrari, os dois da McLaren, Michael Schumacher e Sebastian Vettel. Isso se Mark Webber não resolver deixar de ser coadjuvante com um carro bom como é o da Red Bull. Isso se Rosberg, agora com um carro decente, não resolver ir além da sexta-feira. Isso sem contar com a Force India, que andou se enfiando na elite no final de 2009 e que cravou o melhor tempo nos primeiros treinos no Bahrein.
Para quem torce para os brasileiros, a notícia não é boa. Barrichello está em uma Williams que há anos deixou de ser potência, infelizmente. Lucas di Grassi e Bruno Senna são novos em equipes novas. Podem surpreender, mas não há a menor possibilidade de cobrá-los neste momento. Por enquanto, é Felipe Massa e olhe lá.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Kleiton Lima não vai embora

Kleiton Lima não está indo embora do Santos FC. Na noite de quarta, o treinador negou a este repórter qualquer possibilidade de ir comandar o time que está sendo contado em Foz do Iguaçu.
Educado e atencioso como sempre, Kleiton Lima explicou o motivo de sua viagem à cidade paranaense nesta semana. "No início do ano foi montado um projeto lá para o clube ser referência em futebol feminino. Tive um encontro com o presidente Lula e ele me pediu para que coordenasse esse projeto; que visse o que estava faltando e decidisse o que fosse melhor. Não vou comandar time. Só vou ajudar a melhorar esse projeto".
Assim, algumas jogadoras mais novas do Santos e que trabalharam com Kleiton seguiram para lá. O time será comandado por Essinho, ex-atacante, que hoje é auxiliar de Kleiton na Seleção Brasileira.
Kleiton, portanto, continua no Santos e os planos para 2010 estão mantidos.

Dada a largada


Silêncio estratégico até agora. A Brawn GP de 2009 mostrou que fazer prognósticos em cima de resultados de testes nem sempre é garantia de acerto.
Mas a Fórmula 1 está de volta, depois de quase 150 dias. Nesta madrugada teremos as primeiras movimentações no Bahrein.
E o que esperar da temporada 2010?
Em primeiro lugar, a disputa entre quatro equipes: Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes. As duas primeiras sempre têm força e, neste ano, estão ainda melhores com suas duplas de pilotos. A Red Bull não vem mais numa crescente: já atingiu um patamar que só precisa de um título para estar completo, algo que foi pensado em 2009 e que pode, sim, acontecer em 2010. Os austríacos mantém no motor home grandes estrategistas e, no carro, um talento como Sebastian Vettel. E a Mercedes, com a base campeã do ano passado (leia-se Brawn GP) e com Michael Schumacher ao volante, está reforçada duas vezes.
Na Ferrari e na McLaren pode haver um tempero a mais: disputas internas. Massa e Alonso na mesma equipe é algo que merece atenção constante, sobretudo depois do GP da Europa de 2007. Massa jamais vai aceitar ser passado para trás em sua quinta temporada em Maranello e Alonso chegou com dois títulos mundiais e o maior patrocinador do time.
Na McLaren, os dois últimos campeões mundiais também não vão aceitar a condição de segundo. Principalmente Lewis Hamilton, depois da péssima experiência com Alonso em 2007. Fatalmente ele vai argumentar que está na equipe há muito tempo e blá, blá, blá...
Entre as regras, só não gosto muito dessa história de não reabastecer. As estratégias perdem um pouco o sentido. Não teremos paradas antecipadas ou retardadas, nem carros andando só na gota para ganhar segundos. Se por um lado dá condições semelhantes, por outro tira um pouco da graça.
E os brasileiros? Barrichello numa equipe ruim (a não ser que surpreenda), Lucas di Grassi é uma incógnita e Bruno Senna só espera completar as provas. Melhor esperar...



Peixe nota 10

Numa das poucas vezes em que o técnico Vanderlei Luxemburgo disse algo sensato, o então treinador do Palmeiras citou que a maior forma de demonstrar respeito a um adversário mais fraco é buscando o gol a todo instante, como se o jogo estivesse 0 a 0, mesmo que o placar aponte 8 a 0 para você. Vanderlei disse isso em 1996, quando o Palmiras goleava quem viesse pela frente.
Vencer por 10 a 0 vai além da fragilidade do adversário e muito mais além da qualidade do time que goleou. Um placar tão elástico se constrói, sobretudo, na gana e na vontade.
Quando o placar da Vila Belmiro apontava 2 a 0 para o Santos, todo mundo sabia que o Naviraiense não teria forças para reverter e, consequentemente, se classificar. Ao Santos restava tocar a bola e ver o tempo passar ou tentar fazer mais gols. Optaram pela segunda.
Em uma análise fria, a goleada era esperada, dada a diferença técnica entre os times. Mas o que encheu os olhos do torcedor foi a forma como o Santos jogou. Foram 90 minutos em busca do gol, sem recuar em momento algum, sem gracinhas, sem dar olé, sem chapéu com o jogo parado. Neymar driblava em direção ao gol. Robinho tabelava para deixar os companheiros na frente do goleiro. Giovanni e Madson entraram para dar mais gás ao time.
Fizeram um placar histórico e, sem querer, quase quebraram recordes. Não foram os 12 a 1 sobre o Ypiranga (1927) e sobre a Ponte Preta (1959), nem os 11 a 0 sobre o Botafogo em 1964, com oito de Pelé, como lembrou o jornalista José Carlos Gomes. Mas foram 10, algo que dificilmente alguém consegiuirá tão cedo.
Não importa contra quem foi. Menos ainda importa a forma como foi. O fato é que foi. E há que se admirar, não só pelo placar em si, mas pelo respeito ao adversário e ao esporte, quando você passa todo o tempo em busca do objetivo máximo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Alta correria

Quarta-feira extremamente corrida. Achei que nem passaria por aqui, mas tenho um compromisso com vocês e não dá pra abrir mão. Só que em semana de Fórmula Indy com Fórmula 1, tudo junto, é daí para pior.
Apenas duas coisinhas que já foram debatidas aqui e que precisam ser lembradas:
1- Luís Álvaro de Oliveira negou que o Santos tenha feito qualquer negócio com Kia Joorabchian. Na reunião do Conselho Deliberativo do clube, ele afirmou categoricamente que as negociações de Zezinho e Alex Sandro foram feitas com Gustavo Arribas. Ok, presidente, mas Arribas teve ligação com Kia. Não se sabe se ainda tem.
2- O telefone de Kleiton Lima estava desligado. Vamos continuar a busca.
Mais novidades à noite ou na manhã desta quinta-feira.

terça-feira, 9 de março de 2010

Potencializado

O Santos FC está próximo de enfraquecer em um setor no qual, até agora, era imbatível: o futebol feminino.
O quebra-cabeça é fácil de montar: no Blog do Paulinho (www.midiasemmedia.com.br/blogdopaulinho) há uma informação de que um time de futebol feminino está sendo montado em Foz do Iguaçu, custeado pelo Estado em parceria com a Caixa Econômica Federal e o dedo de um jornalista. O texto continua, dizendo que várias jogadoras do Santos estariam migrando para lá e que o técnico Kleiton Lima estaria indo junto.
Imediatamente entrei em contato com o treinador e, do outro lado da linha, a informação foi de que ele não estava com o celular, pois havia viajado para Foz do Iguaçu. Ao saber que eu já tinha conhecimento dessa viagem, a pessoa do outro lado da linha fez uma pausa e disse na sequência: "É, então seria só com ele mesmo". Na manhã desta terça, houve uma nova tentativa, mas Kleiton ainda não retornou.
No último dia 28, logo após o clássico entre Santos x Corinthians, troquei duas palavras com Kleiton nas cabines de Imprensa da Vila Belmiro. Ele disse que a mudança na diretoria do Santos em nada tinha alterado os planos para o futebol feminino, tanto que o time já estava treinando porque os campeonatos estavam para começar. Se esses planos forem uma sequência do que Marcelo Teixeira queria, o Santos iria pleitear a criação de um Mundial de Clubes da categoria.
E como ficam as coisas agora? Melhor esperar...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Fladriano

Desde a sua criação, o Autobola tenta seguir a linha de que a vida pessoal de jogadores de futebol, treinadores, dirigentes, pilotos das mais diversas categorias e chefes de equipe não interessam nem um pouco. Porém, o que vem acontecendo com Adriano Imperador ultrapassou qualquer sinônimo dado à palavra "limite".
Um jogador que sonha estar em uma Copa do Mundo que começa em três meses não pode chegar aos 106 kg, principalmente quando esse peso foi conquistado por meio de muitas ausências a treinamentos e a uma vida, digamos, não muito regrada.
Se Adriano quer cair na noite, beber, brigar com namoradas no meio da rua, que o faça, porque a vida é dele e tudo isso só interessa a ele. Mas a partir do momento em que tudo isso reflete no seu trabalho, o clube tem, sim, o direito e talvez o dever de intervir.
O grande problema é o que diz o meu amigo Alexandre Fernandes: o Flamengo é o clube do oba-oba. Quando o vice-presidente de futebol minimiza e diz que a coisa não é tão feia assim, fica difícil acreditar que alguma providência será tomada. Em qualquer clube mais ou menos sério (só mais ou menos), o jogador iria para o banco. Em um clube mais sério, estaria dispensado. Clubes sérios não aceitam mau comportamento de seus funcionários, porque indiretamente a imagem da instituição vai junto, mas o Flamengo prefere minimizar.
E agora, um lembrete a figuras como Álvaro e Denis Marques: Adriano foi titular da Inter de Milão e disputou uma Copa do Mundo. Vocês não, apesar de já terem rodado bastante. Se Adriano fizer dois gols em um jogo, tudo isso cai por terra. E vocês? Continuem indo na dele pra ver o que acontece...

Fácil de entender

A explicação mais fácil para o Santos não ter conseguido a 11ª vitória seguida, sendo a 10ª no Campeonato Paulista, está na tese de que "não se ganha todas". Mas se falarmos especificamente no jogo diante da Portuguesa, encontraremos mais razões.
Vágner Benazzi é um treinador dos mais inteligentes e conhecedores da bola. Viu a forma como o Santos joga e armou uma marcação especial. Deu para notar, no primeiro tempo, como a Lusa marcava forte, em cima, sem dar espeços nem (importante) apelar para a violência. Tanto é que Robinho produziu pouco e não foi por culpa dele, mas porque o adversário não lhe deu oportunidade. Como ninguém é 100% sempre, nos momentos em que a Lusa abriu um pouco que foi, André criou as maiores oportunidades santistas.
Na frente, a Portuguesa saiu em contra-ataques e se aproveitou de uma (nova) falha de Edu Dracena para abrir o placar, com Héverton. Não sei o que acontece com o zagueiro santista. É bom jogador, mas vem falhando há duas partidas. Não gostaria de vê-lo no banco, mas ele precisa se aprimorar.
O Santos foi melhorar no segundo tempo porque também tem um treinador inteligente. Dorival Júnior enxergou onde estavam os espaços e mandou o time explorá-los. O Santos só parou nos próprios erros e numa atuação de gala do goleiro da Lusa, que só não evitou o gol de Zé Eduardo, depois de muita insistência do ataque santista.
Alguns pontos:
1- Não entendi por que Marquinhos começou no banco se entraria ainda no primeiro tempo
2- Arouca resolveu reviver os dias de Fluminense
3- Edu Dracena vem falhando e gostaria de entender por quê. Excelente zagueiro, não sei o que está havendo