sábado, 2 de julho de 2011

Itamar

Itamar Franco se foi.
E com ele, a pergunta que eu gostaria de ter feito a ele e não a fiz por pura falta de oportunidade.
"Presidente, por que o senhor trabalhou tanto pela volta do Fusca?"
A biografia dele, a vida política e tudo o mais estão nos sites espalhados por aí.
Aqui, vamos lembrar da parte automotiva.
Da qual a concorrência detestou.
O colega Flávio Gomes deve ter participado da elaboração deste comercial...


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tem cara que precisa...

Faz mais ou menos 10 dias que conversei com Robert.
É, o Robert, meia, atacante, Rio Branco, Guarani, Santos, Grêmio, Atlético-MG, São Caetano, Corinthians...gente boa.
Mas gente boa mesmo. Um dos poucos evangélicos de verdade no meio do futebol.
Robert, há 15 anos, era, para este que vos escreve, um jogador do Santos. Há 10 anos, era um entrevistado.
Hoje é um amigo.
E foi após a entrevista sobre assuntos bastante interessantes que entramos em assuntos mais interessantes ainda.
Showbol.
Ele joga, todo mundo sabe. Joga e incentiva.
Eu quis entender e perguntei a ele por que a vontade de vencer naquela estranha modalidade é por vezes maior, muito maior do que quando os caras jogavam profissionalmente.
Robert explicou.
"O Showbol paga cachê para o cara jogar lá. E se o time for se classificando, o cachê aumenta. E tem jogador que precisa".
Tem jogador que precisa...
Jogadores que passaram pelos maiores clubes do Brasil (e alguns do exterior), Seleção Brasileira, foram campeões aqui e lá fora...e precisam de um cachê para jogar Showbol??
Dizem que naquele tempo não se ganhava tanto quanto hoje.
Aquele tempo são 15, 20 anos atrás, ou até menos.
Já se ganhava muito bem, sim.
E os caras precisam de cachê.
Tá, alguns foram vítimas de empresários inescrupulosos. Outros têm família grande. E é sabido que em 95% dos casos são famílias grandes e carentes.
Mas será que alguns desses caras não gastaram mal o que ganharam?
Lamentável.
Mas fica o alerta para quem desfila pelos gramados hoje.
Em tempo: Robert não se enquadra no grupo dos que precisam...
E continua extremamente gente boa...

Ricciardo

Daniel Ricciardo finalmente irá além das sextas-feiras.
Vai ser titular da Hispania a partir de Silverstone.
Fácil entender: o australiano é o terceiro piloto da Toro Rosso, que mantém parceria com a Hispania.
A Hispania é aquilo que a gente já conhece e Narain Karthkeyan mal é lembrado no grid.
Com Vitantonio Liuzzi, sua nacionalidade e seus anos de Fórmula 1, ninguém mexe.
Ou seja, Liuzzi/Ricciardo na Inglaterra.
Meio óbvio, a pressão era grande.
Mas tudo levava a crer que ele assumiria um cockpit nos próprios ítalo touros vermelhos.
No lugar de Alguersuari.
Não foi o que aconteceu.
Por enquanto.
Eu, no lugar do espanhol, tentaria acelerar mais...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Análise, só com base...


Futebol é momento, isso está mais que provado.
Futebol é resultado, isso é fato mais que consumado.
Momento e resultado formam o alicerce dos mais inteligentes comentários, via de regra abastecidos por forte impostação de voz e movidos pela razão e pela verdade.
Afinal, o treinador que vence duas seguidas é um gênio e tem um time mágico nas mãos. Ao final do campeonato, depois que a mesma equipe suou para não ser rebaixada, já se sabia desde o início que aquele trabalho não estava correto.
Há exatas duas rodadas, o São Paulo era o maior e melhor time do Brasil. Cinco vitórias seguidas, nem aquele horroroso Real Madrid de Di Stéfano conseguiria. Essa façanha só poderia vir de um time comandado por um gênio, afinal, todo mundo sabia que a eliminação na Copa do Brasil foi um acidente de percurso e a ameaça de demissão um exagero apenas e tão somente da diretoria. Como todo bom time, iniciava a escalação com um goleiro mágico, fenomenal, sobrenatural.
Momentos após esta extremamente bem embasada análise sobre o melhor São Paulo de todos os tempos, eis que surge um tal Corinthians. Um time comum, pois havia cometido a insanidade de empatar. E quem empata não é mágico. Mas quem vence por 5 a 0 é. Quem goleia o então líder absoluto é digno de pelo menos três taças antecipadas.
Mas qual era o time que liderava mesmo? Ah, sim, aquele que perde de cinco. Um time fraco, sem condições, que só se deu ao luxo de ocupar a liderança por um desses lapsos tão comuns em início de campeonato.
É aquele mesmo time que tem um frangueiro no gol, um sujeito ultrapassado, que já poderia ter se aposentado há tempos, afinal, há anos não tem mais condições de defender o gol tricolor. Um goleiro de quinta categoria, capaz de falhar em dois jogos seguidos.
O treinador? Uma anta que não tem capacidade para escalar um time. Time? Dá pra chamar isso de time?
Esta já é a análise atual e a que virá nos próximos dias.
Respeitar Rogério Ceni, jamais. Crer que ele continua a ser excelente, continua a ser o maior ídolo da história tricolor e que apenas passa por um mau momento, culminando com duas infelicidades é firmar sua casa na argila. Afinal, o alicerce é formado pela soma momento + resultados.
Só não se sabe o que é pior.
Quem adota este discurso como verdade ou quem ouve e o aceita como verdade...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vida que segue

Corintianos, sejam eles jogadores, diretores, torcedores e jornalistas (e há muitos) podem dizer que não, mas a quina estabelecida sobre o São Paulo empolgou. Bater no líder, no rival, no adversário chato dos últimos tempos sempre eleva o moral. Vão dizer que a partir de agora tudo isso tem que ser esquecido e que é nova vida, mas internamente a conversa não é exatamente esta.
São-paulinos, sejam eles jogadores, diretores, torcedores e jornalistas (e há demais, a maioria se esconde) podem dizer que não, mas a chapuletada do Pacaembu deixou rastros. Ser o líder e apanhar do rival, do adversário mais chato dos últimos anos sempre abaixa o moral. "Nossa realidade", disseram lá de dentro. Evidentemente vão dizer que tudo isso tem que ser esquecido e que é nova vida, mas internamente a conversa não é exatamente essa. E nem poderia.
Palmeirenses, sejam eles jogadores, diretores, torcedores e jornalistas (alguns, bem identificados), podem dizer que não, mas sabem que nem um eventual título brasileiro invicto provocaria uma diminuição na tal desconfiança. O time que perdeu a primeira e que, até outro dia servia, não serve mais. Conclusões das análises feitas pelo momento, pelo resultado. Os mesmos critérios que fazem o vizinho de muro Carpegiani ganhar cinco seguidas e balançar depois de levar uma sova no clássico regional.
Santistas, sejam eles jogadores, diretores, torcedores e jornalistas (alguns, proibidos de mostrar a cara para evitar as acusações de bairrismo e amadorismo) podem dizer que não, mas que se dane o Brasileiro. O que é um nacional para quem conquistou o continente e que, assim como Cérebro, o amigo do Pinky, vai tentar conquistar o mundo? O único fator que diminui este pensamento chama-se Muricy Ramalho. O cara que poderia ter arrematado os nacionais de 2005 a 2011 é do tipo que, já que está aqui, tenta vencer. Mas se não der para vencer, tudo bem. Internamente, a conversa é por aí.
Brasileiros, sejam eles jogadores, diretores (existe isso?) e jornalistas podem dizer que não, mas estão dando a mínima para a Copa América. Isso agora, claro. Se a Seleção cair na primeira fase, Mano Menezes será taxado de burro e imbecil, corre o risco de demissão sumária por um trabalho que vinha errado desde o início, como o mandatário dirá em rede nacional diante das câmeras e microfones que comandam a nação, sem dar nenhuma justificativa para a falta de atitude diante de um trabalho que ele sabia que estava errado.
E não vai justificar porque não será perguntado. É proibido questioná-lo diante das câmeras e microfones que ditam os rumos da pátria cinco vezes campeã do mundo.
Se o escrete canarinho chegar às semifinais, teremos caras pintadas, camisas, faixas, "vai ser 3 a 0 Brasiiiiiiiiiiiiil" e a indústria de rótulos terá sua produção aumentada com a fabricação de selos com os dizeres "Falso Brasileiro" ao anti-patriota que ousar abrir a boca e gastar as cordas vocais dizendo que não consegue torcer para uma Seleção formada da mesma forma que a "nossa".
Vida que segue...

terça-feira, 28 de junho de 2011

E em Iowa...

E deu Marco Andretti em Iowa.
A prova foi no sábado; entra para a Série "Tudo não dá"...
O neto do Mario (que Mario) ultrapassou Tony Kannan nas últimas voltas.
O narigudo brazuca chegou em segundo e Scott Dixon em terceiro.
A Formula Indy tem agora Dario Franchitti em primeiro lugar no campeonato, com 303 pontos. Will Power tem 283 e Scott Dixon 230.
O melhor brazua é Kannan, com 211 pontos.
Próxima parada, dia 10, nas ruas de Toronto.

Depois de Valencia


O que foi visto em Valencia nada mais foi do que o retrato cru e sem máscará da temporada 2011 da Fórmula 1.
A parceria Sebastian Vettel/Red Bull passeia, enquanto toda a Fórmula 1 disputa um campeonato para saber qem chega em segundo.
Resume-se como motivo para este quadro um dos carros mais acertados dos últimos anos.
Braço por braço, piloto por piloto, Vettel não está tão à frente assim de nomes como Hamilton e Alonso. A questão é que os dois desafetos não têm uma Red Bull acertada nas mãos. Vettel tem
Não fosse o carro do alemãozinho tão superior e fatalmente teríamos uma luta dos três pelo título, com Webber, Button e quiçá Massa dando aquela apimentada na briga.
Esse é o preço que se paga em uma fórmula de pontos corrido, que permite ao melhor mostrar a face a todos quando dispara na frente.
Foi assim em 1992, com Nigel Mansell e 1993 com Alain Prost. Ninguém conseguia sequer chegar perto da Williams com controle de tração. Um carro fenomenal com um Prost no cockpit só poderia resultar em título por antecipação.
Pouca gente percebeu, porque na época havia um certo Ayrton na McLaren.
Então a Fórmula 1 "sem graça" se mostrou em 2002 e 2004, com a parceria Ferrari/Schumacher. E a Fórmula 1 ficou chata.
Porque não havia um certo Ayrton...
O que acontece em 2011 é que os kers e as aberturas de asas deram um pouco mais de emoção. Mas uma hora isso iria acontecer. E aconteceu em Valencia.
Vettel agora escolhe onde quer ser campeão.
Que a taça é dele, não há mais dúvidas...

domingo, 26 de junho de 2011

Valencia burocrática

Foram várias e várias tentativas, diversas possibilidade estudadas e um esforço além do normal em busca deste objetivo.
E, enfim, a Fórmula 1 conseguiu apresentar uma corrida extremamente burocrática.
Sebastian Vettel venceu de ponta a ponta, sem precisar de muito esforço e sem ser ameaçado em nenhum momento.
Ok, alguma coisa foi diferente do segundo lugar para trás, graças ao, agora sim, esforço de Fernando Alonso, que tentou de tudo até conseguir evitar a dobradinha, jogando Mark Webber para a terceira posição.
Lewis Hamilton oscilou daqui e dali e chegou em quarto. Felipe Massa foi o quinto. Rubens Barrichello chegou em 12º.
Parecia que iria sobrar alguma emoção quando, na largada, Massa ultrapassou Hamilton e, na curva seguinte, os dois foram ultrapassados por Alonso. Ficou a impressão de que o dono da casa iria para cima das Red Bull.
Só que o próprio Alonso já tinha avisado que, na corrida, não ia dar. Ele foi o mais rápido na sexta-feira e só.
Alonso foi um pouco mais feliz só depois dos segundos pit stops, antes da 20ª volta, quando o espanhol passou Webber. A primeira janela não alterou nada. E os primeiros colocados todos optaram por três paradas. Pneus macios nas duas primeiras e médios na última parada, apenas por uma questão de obrigação.
Lá na frente, Vettel passeava e, vez ou outra, diminuía a velocidade para ultrapassar algum retardatário.
Diminuiu a velocidade de vez na hora de cruzar a reta dos boxes pela última vez, só para sentir o gostinho por mais tempo.
Agora, o alemãozinho tem 186 pontos, contra 109 de Jenson Button e Mark Webber. Lewis Hamilton tem 97 pontos.
São seis vitórias em oito etapas e nenhuma dúvida de que o bi é dele.
Iniciemos as apostas para saber em qual etapa...