sábado, 30 de outubro de 2010

Mais uma?

Vem a Autosport e diz que a Ferrari tentou um jogo de equipe em Yeongam.
A ideia era a seguinte: quando Fernando Alonso saiu em busca da liderança (isso antes de conseguir), Felipe Massa segurava o pelotão de trás.
Não há nenhuma prova concreta, nenhuma gravação.
Mas eu não duvido.
Com o histórico que o pessoal de Maranello tem, com os exemplos de A1 Ring/2002 e Hockenhein/2010, uma a mais ou uma a menos não fazem a menor diferença.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Diferenças na igualdade

Dizem por aí que Bruno Senna pode sentar no cockpit da Lotus em 2011.
E como piloto titular.
Iria para o lugar de Jarno Trulli, que a essa altura deve estar ligando para agendar horário na Previdência Social.
Eu prefiro aguardar.
Até porque a Fórmula 1 é 99% negócio e 1% especulação.
Está certo que o 1% aparece bem mais que os 99, mas isso é outro assunto...
Mas prefiro esperar uma certeza.
Evidentemente seria uma boa para o brasileiro. Não que vá sonhar com pódio, mas teria um carro para pelo menos tentar um Q2 e andar menos de 8s atrás do primeiro colocado.
Um patrocinador e pode estar dentro.
Já temos as correntes que defendem a reedição Senna/Lotus, lembrando das temporadas de 1985, 86 e 87, vitória em Estoril e blá, blá, blá.
Principalmente porque a Renault pode ser a fornecedora de motores da Lotus em 2011.
Sabe quando a Renault forneceu motores para a Lotus?
Em 1985, 86...
Já fecharam a equação.
Gente, estamos falando de Bruno Senna, Bruno.
E de uma Lotus anglo-malaia, sem sotaque inglês, sem Peter Warr, sem John Palyer Special, sem Camel.
Apenas uma Lotus.
Apenas um sobrinho.
Mas que eu iria correndo para lá, ah, eu iria...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Super Oferta











Se você tem saudades da Benetton-Ford B 194, o carro que deu o primeiro título mundial a Michael Schumacher em 1994, aproveite essa mega promoção!!
O carro está à venda e você pode levar para a sua casa um pedaço histórico da Fórmula 1, afinal, foi com esse carro que começou a história de sete títulos mundiais.
Está certo que o maior adversário dessa máquina se foi em uma tragédia, que o piloto desta relíquia a jogou contra outro concorrente na prova decisiva, mas isso não vem ao caso...
O preço cabe no seu bolso.
Apenas 1,5 milhão de euros.
Saudades? Tenho sim, mas só do bico de tubarão.

Separados por um nariz


Fábio Jr, atacante do América-MG e Tony Kanaan, piloto de F-Indy.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pés no chão

"Vamos manter os pés no chão, pois ainda não ganhamos nada".
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, ao comentar para a Autosport a possibilidade do time ser campeão já no Brasil.
Por mais que pareça falsa humildade, política ou, em palavras menos doces, demagogia, o dirigente tem razão.
Não por Fernando Alonso, que tem capacidade e fará de tudo para vencer em Interlagos.
Mas por Felipe Massa, que não consegue resolver nem a própria vida, e pelas Red Bull, que dificilmente reeditarão o GP da Coreia.
Mark Webber venceu no Brasil em 2009.
Porque Jenson Button se contentou em chegar em quinto e ser campeão assim mesmo.
Se vencer neste ano, coloca fogo de vez no campeonato.
Se chegar em segundo, também.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O tempo não passa

“Sinto muito por Sebastian. Tenho que lembrar de quase uma década atrás, quando todos pensavam que a Ferrari estava louca por pensar no campeonato tão cedo. Se a Red Bull tivesse feito o mesmo, a preocupação seria muito menor agora”.
De Michael Schumacher, para o microfone da Sky TV.
Em outras palavras: ele defende o jogo de equipe na Red Bull para favorecer Mark Webber, acha que o procedimento já deveria ter começado e bate palmas para o episódio A1 Ring/2002.
Por que será??

Aprovado

Trecho de e-mail recebido:
"Informamos que foi aprovado o credenciamento para cobertura jornalística do Grande Prêmio Petrobras do Brasil de Fórmula 1 - 2010. O evento acontece no autódromo de Interlagos, nos dias 5, 6 e 7 de novembro".
Lá vamos nós...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Depois de Yeongam

Nas últimas quatro temporadas, o GP do Brasil determinou o campeão mundial de Fórmula 1.
Foi assim em 2006, com o bi de Fernando Alonso, na brilhante vitória de Felipe Massa e mais brilhante ainda corrida de Michael Schumacher, em sua até então despedida. Foi assim em 2007, quando a Ferrari inverteu as posições nos boxes para Kimi Raikkönen tirar a liderança de Massa, num jogo de equipe mais que compreensível, pois Iceman só seria campeão se vencesse. E não dá para esquecer o sol e os 32º no descoberto Setor G.
Foi assim em 2008, na ultrapassagem de Lewis Hamilton sobre Timo Glock na subida dos boxes (e de onde estava o blogueiro, final da reta oposta, parecia uma ultrapassagem sobre um retardatário) e foi assim em 2009, com Jenson Button cantando "We are the champions" no rádio da Brawn GP.
Em 2010 não será assim.
E não será porque estamos em uma temporada em que nada se define até o fim de cada prova. Vimos isso em praticamente todas as etapas.
Mas o que aconteceu na Coreia do Sul foi fora do normal. Mark Webber aumentaria a diferença na liderança do campeonato até bater o carro de modo estúpido. Sebastian Vettel iria assumir a liderança até ser ultrapassado por Fernando Alonso e sofrer um improvável estouro de motor da Red Bull. Alonso, que estava fora de cogitação, é o novo líder. E Lewis Hamilton, que ficaria com poucas chances, está vivo na briga.
Será muito difícil Alonso ser campeão em Interlagos. Seria necessária uma combinação improvável. Pode acontecer? Sim. A Red Bull mostrou que não é perfeita, Vettel é o mesmo garoto afoito de sempre e Webber não é o cara que vai arriscar tudo por um título. Mas Hamilton ainda está na briga. Pode bancar o precipitado novamente, mas pode também mostrar maturidade.
Pela matemática (e se eu fosse bom nisso não seria jornalista), Alonso será campeão se vencer e as Red Bull não pontuarem em Interlagos. Mas acho difícil essa combinação. O pessoal das asinhas vai acertar os carros e não vejo muita probabilidade em uma reedição da Turquia (Vettel cacetando o carro de Webber).
Alonso pode até vencer (e terá essa obsessão), mas as Red Bull vão levar a briga para Abu Dhabi.
E a temporada 2010 da Fórmula 1 entrará de vez para as 1001 noites...

domingo, 24 de outubro de 2010

Separados por um meio de campo




Dimas Filgueira, técnico do Ceará e Paulo César Carpegiani, treinador do São Paulo.


Para qual banco os jogadores olhavam??

Alonso, um pouco de tudo

Quem foi, realmente, o vencedor do GP da Coreia do Sul?
Apontar o vencedor de fato é fácil. Fernando Alonso, com Lewis Hamilton em segundo e Felipe Massa em terceiro.
Estão sentindo falta de alguém? Cadê Sebastian Bettel? Onde está Mark Webber? Cadê a Red Bull?
As respostas mostram que Alonso foi o vencedor de fato, mas o caminho que o tornou o vencedor foi um dos mais estranhos dos últimos tempos. E, sem dúvida, o mais maluco desta temporada.
Não que Alonso esteja ligando pra isso. Ele fez por onde e chegou aos 231 pontos, assumindo a liderança do Mundial, a duas etapas do fim da temporada. Mark Webber manteve os 220 pontos, Hamilton chegou aos 210 e Vettel permaneceu com 206.
A primeira resposta, portanto, foi dada. As Red Bull não completaram a prova. Por dois motivos diferentes. E com o mesmo fim.
Foi uma corrida que teve de tudo. Mas de tudo mesmo. Chuva, atraso, ameaça de encerramento antes da hora, batidas, safety car, safety car e...mais safety car...
Começou com a chuva. Forte o suficiente para encharcar os principais pontos da pista. E provocar o atraso na largada. Foram 10 minutos de espera, até a largada, com o safety car, sem volta de apresentação. melhor nem classificar como largada...Sebastian Vettel andava em primeiro, com Mark Webber em segundo.
Depois de lentas e ridículas três voltas (sim, três), bandeira vermelha. Para tudo, encostem os carros no grid, tirem os capacetes e podem dar uma passeada pelo paddock. Chuva que aperta, chuva que diminui, olha aqui, avalia ali e...é, vai todo mundo para a pista de novo.
O tempo? 49 minutos. Foi o que marcou o cronômetro na passagem da quarta volta.
O safety car continuou na pista. Lento, arrastado, atrasando. Mais de 10 voltas nessa balada, mesmo com a pista já apresentando todas as condições. Quando recolheu, a corrida começou. Em todos os sentidos...
Menos de três voltas após a saída do safety car, Mark Webber resolveu dar uma de Sebastian Vettel. Ao invés de administrar o segundo lugar e atacar na hora mais correta, preferiu ser afoito, arriscar tudo. Rodou. Literalmente. Pior, bateu as rodas da Red Bull no muro, voltou para a pista e Nico Rosberg, que tinha acabado de ultrapassar Lewis Hamilton, não teve como segurar a Mercedes. Pancão e tchau para os dois.
Lá na frente, Vettel sorriu. E tinha motivos para isso. Alonso não iria chegar. a ele, só cabia administrar.
Não demorou muito e Sebastien Buemi acertou a Toro Rosso na Virgin de Timo Glock. a batida provocou mais um safety car e decidiu a prova. E talvez o campeonato...
Alonso estava na frente de Hamilton quando entrou nos boxes. Vettel foi junto. E a Ferrari se atrapalhou com a roda dianteira direita do carro do espanhol. Vettel se largou na frente e, na pista, Hamilton passou sem ver Alonso.
Só que o espanhol voltou daquele jeito. Não demorou para ultrapassar Hamilton. E começou a se aproximar de Vettel.
Chegou depois da volta 45. Na 49, deu o bote no final da reta dos boxes e levou. Não só a primeira posição como um presentaço: o motor da Red Bull estourou (pois é, motor de Red Bull estourado). Fim de prova para o alemãozinho, até aquele instante o líder do campeonato. Chegaria aos 231 pontos se vencesse. Vinha com genialidade, até ser traído por fatores sobre os quais não tem controle.
E Massa, com tudo isso, subiu no pódio. De onde quase caiu, depois de tropeçar ridiculamente na escada.
Coube a Alonso administrar e comemorar. Líder de um campeonato que não tem definição. E que não deve ter até a última curva de Abu Dhabi.
Dia 7, a prova é em Interlagos.
Pegando fogo?
Não, incediando...