terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mais uma

Chegou a credencial para a cobertura do GP do Brasil de Fórmula 1.
Chegou, não, tem que ir buscar, mas está lá.
E aí surge a pergunta: que motivação existe em cobrir a última etapa de um campeonato definido?
A resposta é fácil.
Viver esse mundo, participar de tudo, ver de perto, ter acesso, perguntar, esclarecer, receber esclarecimentos, contar, dizer, mostrar, informar.
Porque o GP do Brasil é uma atração, algo que vai além, muito além das 71 voltas em uma pista de pouco mais de 4 mil metros que não permitem a sesta dominical pós-almoço. O GP do Brasil é um encontro de pessoas que por sua condição esportiva, política ou econômica ocupam um lugar de certa relevância na sociedade. É um evento que mexe com uma boa parte de uma cidade com o tamanho e a importância de São Paulo, movimenta hotéis, bares, restaurantes, shoppings, gera centenas de empregos indiretos.
Pergunte a quem irá a Interlagos pela primeira vez se faz diferença o campeonato estar definido. É a primeira vez que o cidadão está lá, vendo de perto o que só a TV lhe deu acesso durante anos. Ele verá a olho nu um bólido rasgando a reta. Pros quintos com o campeonato! Eu estou aqui, isso que importa!
A etapa definirá o vice-campeão, ou o primeiro dos perdedores que incluirá tal condição no currículo. Fechará também o campeonato de construtores, definindo quantos milhões de euros cada equipe rreceberá em 2012. Ganhou uma posição, ganha mais.
E tem o imbróglio Williams/Barrichello/Kimi, a questão Lotus/Senna, o futuro da Toro Rosso, o futuro da Force India.
Isso porque o campeonato está decidido.
E quem disse que o GP do Brasil é apenas uma corrida com 71 voltas?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Depois de Yas Marina

O pneu traseiro direito da Red Bull tinha um furo e Sebastian Vettel rodou.
Na tentativa de voltar aos boxes, danificou a roda e encerrou sua prova.
Bicampeão mundial, título garantido desde Suzuka, recordista de poles em uma temporada (ao lado de Mansell), o alemão soca o voltante.
Não vai mais se igualar às 13 vitórias de Michael Schumacher em 2004.
E, sem querer, diz ao planeta: "Eu sou piloto".
Porque um piloto profissional jamais está satisfeito.
Vettel queria o título mundial. Venceu em sequência até conseguir.
Aí tinha um recorde de poles a ser superado. Já igualou, tem a chance de ser o maior de todos.
Poderia igualar o número de vitórias em uma temporada.
Não vai dar. Ele tem 11 e só falta uma etapa. Ficou bravo.
E mesmo que não houvesse recordes a serem batidos, havia a vontade de vencer a corrida.
Porque um piloto profissional quer vencer a corrida. Não importa o valor que terá no campeonato. É importante para ele, o currículo, o salário, o ego.
Lewis Hamilton vibrou em Abu Dhabi. Como se fosse a primeira. Como se pudesse mudar alguma coisa na história do campeonato.
Schumacher, o recordista de vitórias em uma temporada, sempre tinha uma motivação depois de ser o maior vencedor de todos os tempos.
Quebrar todos os outros recordes.
Vettel vai pelo mesmo caminho.
Se depender da vontade, supera.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sim, é possível

E não é que não deu Vettel??
E não é que não deu Vettel...é que não deu Vettel...
Passou longe, muito longe, extremamente longe, longe ao extremo.
Deu Lewis Hamilton em Abu Dhabi, com Fernando Alonso em segundo e Jenson Button em terceiro.
Mark Webber conseguiu um quarto lugar e Felipe Massa foi o quinto.
Sem pódio no ano. E com uma Ferrari.
Um pneu, ou melhor, uma roda traseira direita afetada sabe-se lá por qual motivo tirou Vettel na primeira volta, nas primeiras curvas. Rodou e foi ultrapassado por um Hamilton louco para tomar-lhe as primeiras posições e por um Alonso que saiu alucinadamente da quinta colocação para se tornar o segundo.
E a corrida ficou chata, chata...
Primeira janela de pits, segunda janela de pits e uma corrida chata.
Só não foi das piores porque teve disputa do terceiro colocado para trás. Era Button com Webber e Massa correndo por fora. E ficando de fora. O australiano só não conseguiu uma posição melhor porque a Red Bull não foi lá essas coisas na estratégia. Em duas paradas mandou pneus macios e tinha a obrigação de colocar os médios. Resolveu executar a troca na entrada da última volta. Button só teve o trabalho de cruzar em meio ao pit stop derradeiro.
Rubens Barrichello chegou em 12º. Pouco? Ele ficou fora do treino de classificação, trocou o motor da Williams e largou em último.
Pastor Maldonado, esse sim. Duas punições por ignorar bandeira azul.
Tinha que ser o Chavez mesmo...
Bruno Senna cruzou em 16º.
E sabe onde a Fórmula 1 desembarca para a última etapa?
Interlagos, dias 25, 26 e 27...