quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um só culpado

O blogueiro está em férias.
Por isso, não ia comentar a última molecagem do moleque Neymar.
Não queria, não estava a fim.
Preferia evitar as aulas de jornalismo ministradas por assessores de comunicação via Twitter.
Deixar de lado as opiniões de torcedores e dirigentes que acreditam que trabalhamos contra o bom andamento das coisas.
Não estava com vontade de enfrentar o julgamento dos crentes que adoram o papinho furado de que "não devemos julgar".
Preferia evitar tudo isso.
Afinal, o que importa são as vitórias e os títulos...
Mas Neymar mostrou mais uma vez ser um moleque.
Peitou Dorival Júnior e o capitão Edu Dracena.
Tudo porque o treinador não permitiu que ele batesse o pênalti contra o Atlético-GO.
E há um culpado para isso, um só e apenas um:
Dorival Júnior!
Se estamos criando um monstro, como disse René Simões, o técnico do Santos alimentou esse monstro.
Foi na final da Copa do Brasil, depois daquele pênalti absolutamente infantil batido pelo moleque na Vila Belmiro.
"Todo mundo bateu palmas para o Loco Abreu na Copa do Mundo e agora critica o Neymar pelo mesmo motivo", disse Dorival, que foi além. "Se tiver outro pênalti, é ele que bate e bate do jeito que quiser. Terá o meu apoio".
Não bateu. E perdeu o apoio.
Mas achou que tinha apoio. Recebeu munição para isso e gostou.
Primeiro, veio a nossa munição.
Enchemos linhas e linhas dizendo que ele era um gênio.
Depois, a munição do treinador.
Que deu apoio ao pênalti com cavadinha e depois proibiu até a cobrança.
Nova polêmica.
Mais um pênalti.
Outra vez o Atlético-GO.
O mesmo time que Neymar não enfrentou no primeiro turno por ter chegado atrasado à concentração.
E Dorival, ao defender a cavadinha, disse que tínhamos memória curta.
Eu não tenho...
Mas que se exploda tudo isso.
O que importa são as vitórias e os títulos, não é mesmo?
Melhor não tumultuar...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Todos iguais

Foi um encontro muito especial, com um pessoa especial e com informações privilegiadas.
As quais não entrarei em detalhes, por enquanto...
Longe de Santos, longe do Santos, mas muito próximo da Vila Belmiro.
E aos bastidores dela...
Apenas uma conclusão:
Não existe grupo A ou grupo B (leia-se Chapa 1 ou Chapa 2).
São todos iguais, mas uns mais iguais que os outros...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Depois de Monza

Está mais do que claro que apontar neste momento o campeão mundial da Fórmula 1 em 2010 é precipitado ou leviano.
Fernando Alonso venceu em Monza e tem lá as suas chances.
Mark Webber, sexto colocado na Itália, ainda é o líder do Munidal.
E Lewis Hamilton é o segundo, mesmo depois da batida em Felipe Massa e a perda da suspensão dianteira da McLaren.
Por falar em Massa, ele é carta fora do baralho, agora oficialmente.
Construiu sua ruína com erros próprios, erros dos boxes e mensagens obscuras da Ferrari pelo rádio.
Enfim, está fora.
Portanto, se a Ferrari tem algum interesse no título mundial deste ano, que aposte em Alonso.
Aliás, como vem fazendo desde o início da temporada.
A diferença é que agora a coisa pode ser feita de forma aberta, sem riscos de acusações sobre falta de ética.
Até porque o pessoal de Maranello desconhece tal vocábulo.
E Domenicalli disse que "somos corretos"...
Agora, se eu fosse da Red Bull, mandaria uma atenção especial a Webber.
Sebastian Vettel foi inteligente ao entrar nos boxes na última volta em Monza e ainda assim voltar em quarto lugar.
O problema é quando o alemão está em primeiro.
Então, que seja Webber, mais velho, mais experiente e menos precipitado.
E vamos ver o que Cingapura dirá.

domingo, 12 de setembro de 2010

Monza - Ferrari nos bastidores

O blogueiro está em férias.
A Ferrari trabalhou muito bem fora das pistas e Fernando Alonso venceu.
Para muita gente, este post acaba aqui. Tivemos um déja vù de Hockenhein e um novo sentimento de vergonha.
Não desta vez.
Porque o trabalho de bastidores da Ferrari foi daqueles para ser lembrado e aplaudido. Decisivo para a vitória de Alonso em Monza.
Já entendeu: a Ferrari venceu em Monza...isso não acontecia desde 2006, com Schumacher.
Alonso era o pole, com Jenson Button em segundo. E perdeu a posição para o inglês na largada, mesmo depois de tentar o tradicional "chega pra lá", algo que o espanhol sempre procura em detrimento da busca por uma boa colocação.
Massa se posicionou em terceiro e ficou na briga com Lewis Hamilton. Os carros se tocaram e o inglês foi embora, com a suspensão dianteira direita danificada.
Veio então a fila indiana, que só não se tornou chata pela insistência de Alonso em recuperar a primeira posição. Foram 38 voltas apenas de busca pela virada de tempo mais rápida.
Disse 38 voltas de 53. Foi o momento dos boxes.
Button entrou primeiro. Foram 23.9 segundos de pit lane (entrar, trocar os pneus e sair). Alonso entrou na volta seguinte. E fez 23.1 segundos de pit lane. Suficientes para voltar à frente do inglês. Não tão à frente quanto imaginava, mas o suficiente para vencer a dividida da chicane.
Como Alonso não entrega a primeira posição nem sob tortura, foi nessa balada até o final, com Button em segundo e Massa em terceiro.
Tirando isso, a destacar Sebastian Vettel. Estava em quarto e insistia em não entrar nos boxes. Entrou na última volta...e voltou em quarto, à frente de Nico Rosberg.
Na classificação, Mark Webber, que chegou em sexto, manteve a liderança.
E, acreditem, Hamilton continua em segundo.
Mas apontar um campeão neste momento é impossível.
Olha só como ficou:
1° Mark Webber (Red Bull): 187 pontos
2° Lewis Hamilton (McLaren): 182
3° Fernando Alonso (Ferrari): 166
4° Jenson Button (McLaren): 165
5° Sebastian Vettel (Red Bull): 163
6° Felipe Massa (Ferrari): 124
7° Nico Rosberg (Mercedes): 112
8° Robert Kubica (Renault): 108
9° Michael Schumacher (Mercedes): 46
10° Adrian Sutil (Force India): 45