sábado, 15 de agosto de 2009

Massa volta em um mês, dizem...




E todo mundo está dizendo que Felipe Massa volta a correr em um mês. Dia 13 de setembro tem o GP da Itália e dizem que Felipe correrá em Monza. Primeiro, foram os jornais ingleses. Agora, o Corriere dello Sport, italiano, bem relacionado com o povo de Maranello.
Quer saber? Eu fico com um pé atrás. Lesões cerebrais, por mais brandas que possam parecer, nunca são simples. É algo que requer um cuidado maior. É diferente de uma fratura nos braços ou nas pernas.
Não duvido do Corriere dello Sport, mas pelo fato de Monza ser a casa da Ferrari, pelo fato da Fórmula 1 precisar de atrativos, não sei...depois do pescoço do Schumacher, tudo é possível...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Máfia do apito: Romildo Correia falou




No dia 27 de novembro de 2005, Santos e Botafogo jogavam na Vila Belmiro. O placar final foi de 2 a 1 para o Santos.
Mas o que chamou a atenção naquela partida não foram os gols dos times que passavam longe da briga pelo título. Por volta dos 20 minutos do segundo tempo, o quarto árbitro entrou em campo, deu um abraço no árbitro principal (Giuliano Bozzano), tirou a camisa e foi embora. Era Romildo Correia, que naquele instante deixava o futebol profissional.
Mais que uma despedida honrosa, a atitude de Romildo foi um desabafo. Ele estava afastado do quadro de arbitragem da CBF, sob suspeita de participar da Máfia do Apito, o escândalo que envolveu o então árbitro Edílson Pereira de Carvalho. O problema é que não havia nenhuma prova que incriminasse Romildo, ao contrário de Edílson, que confessou manipular alguns resultados. Romildo foi afastado sem nenhuma acusação formal.
Nesta semana, a Máfia do Apito voltou à tona. O caso pode prescrever, ou seja, o tempo para que alguém seja formalmente denunciado vai expirar. Como não há no Código Penal nenhum artigo que trate de assuntos desportivos, nenhum dos acusados deve ir a julgamento.
Todo mundo falou em Edílson, tentou requentar o caso, mas quem foi procurar Romildo Correia? Quem? Este que vos escreve.
Hoje, Romildo cursa o 4º ano de Direito e atua em um escritório de advocacia em Osasco, região metropolitana de São Paulo. Ele quer fazer um estágio para se especializar em Legislação Desportiva, mas, voltar a apitar, só em jogos amadores e no showbol.
"Foi uma revolta muito grande, porque faltavam dois anos para eu me aposentar e fui afastado durante três meses, sem que houvesse nada contra mim". Essas foram as primeiras palavras do ex-árbitro.
Mas como Romildo teria sido envolvido? Edílson Pereira de Carvalho, junto com "amigos", havia elaborado uma lista de árbitros que possivelmente ajudariam no esquema de apostas. Algo simples: os caras viam que o árbitro apitaria tal partida, apostavam que determinado time venceria, o árbitro ia para o campo, fazia aquele time vencer por bem ou por mal e depois levava um prêmio (leia-se $$). Romildo iria receber uma proposta nesse sentido.
"Não fui visitado porque o esquema foi descoberto antes. E mesmo se me procurassem, eu não aceitaria. O que me revoltou foi a CBF ter me afastado sem que eu estivesse envolvido. Só por eu estar em uma lista que o Edílson disse em depoimento que existia, me afastaram. Os promotores do caso enviaram um fax à CBF, conversaram com os dirigentes, deixaram claro que eu não tinha nada a ver com isso e a punição foi mantida".
Diante disso, Romildo tomou a decisão de parar. E ao ser escalado para atuar como quarto árbitro na Vila Belmiro, confeccionou em casa uma camiseta com os dizeres: "CBF e FPF, chega de ...". Romildo explica: "Era isso mesmo; chega de palhaçada".
No vestiário da Vila Belmiro, Romildo avisou Giuliano sobre o que ia fazer. Falou também com os presidentes dos dois clubes. Só não falou da camiseta que ia usar. O jogo foi paralisado e retomado após Romildo sair de campo. Era o fim de uma história de 15 anos no futebol. Fim da história de um home que não sofreu nenhuma acusação, mas que foi acusado mesmo assim. Ah...Romildo aina foi suspenso por 120 dias por ter invadido o campo.
Quer mais detalhes sobre o caso? Na edição de segunda-feira, do jornal A Tribuna de Santos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bruno Senna: a esperança




Bruno Senna pode aparecer na Fórmula 1 em 2010. O piloto está em tratativas com equipes já constituídas e algumas que vão estrear na categoria no ano que vem.
O brasileiro realizou testes com a Honda no início do ano, mas depois do fim da equipe e da reabertura com Ross Brawn, Jenson Button e Rubens Barrichello foram mantidos. Bruno e Lucas di Grassi, outro brasileiro a testar o F1, tiveram de seguir outros caminhos. Lucas foi para a GP2 e Bruno para a Le Mans Series.
Das equipes que vão entrar em 2010, Bruno só não conversou com a US1. Mas a informação é de que não há nada certo com ninguém. Por enquanto, Bruno está conhecendo os projetos das equipes e, principalmente, as metas a curto prazo. Típico de um tio de Bruno que passou despercebido pela Fórmula 1 entre os anos 80 e 90: ou há chances concretas de vencer ou o acerto fica difícil.
Lucas di Grassi também está na esperança. Até agora, só a Red Bull confirmou a dupla de pilotos para 2010. Tudo está em aberto.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por quê?



Amistoso da Seleção diante da Estônia, quarta-feira à tarde. Só há duas razões para assistir:
1- Obrigação profissional
2- Estar em férias
Vou pelo primeiro motivo. Diante de um adversário inexpressivo, em início de temporada europeia e com a cabeça nos jogos de setembro, pelas Eliminatórias (Argentina e Chile), que motivação a Seleção encontra para tentar apresentar um futebol de gala? É só não perder para não ficar feio demais.
Isso sem contar o espetáculo de inteligência protagonizado mais uma vez pelos gênios que organizam a agenda da Seleção canarinho. Aproveitam uma época em que três jogadores estão em pré-temporada na China e outro, um dos principais, está nos Estados Unidos, para marcar um amistoso para a Europa, sob aquele argumento: “a maioria dos atletas atua na Europa e a logística fica mais fácil”.
Estaríamos voltando ao período 1994/1998, quando o Brasil não participou das Eliminatórias e organizou uma série de amistosos fora das datas-Fifa contra adversários fortíssimos, como Israel e Andorra?
A propósito; não estaremos nas Eliminatórias para 2014. O país-sede entra direto. Futuro bem obscuro...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Durou pouco



Michael Schumacher não vem mais. Ou melhor, não vai mais. Está fora do GP da Europa, dia 23.
O alemão, heptacampeão mundial, iria substituir Felipe Massa enquanto o brasileiro se recupera do acidente sofrido na Hungria, há pouco mais de duas semanas. Em Valencia, Luca Badoer, piloto de testes da Ferrari, assumirá o posto.
O problema foi o pescoço do alemão. Schumacher sofreu um acidente em fevereiro, na Espanha, durante um treino de motovelocidade e o pescoço foi a região mais atingida. Ele ainda não estava 100% quando entrou no cockpit do F2007 para realizar os primeiros treinos antes de voltar à categoria. E a carga sobre o pescoço de um piloto de Fórmula 1 é sempre muito grande.
Ok, essa é a versão oficial. Foi tudo marketing? Não sei, não há como afirmar. E ninguém, absolutamente ninguém disse isso antes da desistência do alemão. Portanto, seria muito fácil chegar agora e dizer que tudo não passou de uma estratégia para atrair público.
Tudo é possível quando o assunto é Fórmula 1, tanto a história do pescoço quanto a do marketing. Se a segunda possibilidade foi a verdadeira, parabéns à FIA e à Ferrari, que conseguiram chamar a atenção. Para quem gosta de boas corridas, será uma pena o alemão não estar lá.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As mariposas




E vem Luxemburgo falar sobre Neymar. E diz que o menino é um "filé de borboleta".
Mas o que é um "filé de borboleta"? Nas doces e sei lá por que motivo colocadas palavras do treinador santista, a expressão significa a precipitação em lançar o menino no time profissional. Luxa acredita que era preciso esperar um pouco mais, deixar Neymar jogar em seleções de base e aí, aos poucos, colocá-lo em meio aos leões. E lembrou que falta massa muscular ao jovem atacante.
Vamos aos fatos:
1- Tentaram criar um novo Robinho. Pela semelhança física, técnica e pela amizade entre os dois jogadores, tentaram tornar Neymar um novo Rei das Pedaladas. Acharam que, depois de 2002, quem tivesse o estilo do Robinho faria tanto ou mais com a camisa 7 do Santos.
2- O Santos tinha necessidade. Vivia uma fase de contusões, suspensões, os resultados não apareciam e faltava verba para correr ao mercado. Pega a prata da casa, bota lá e vê no que dá.
Neymar não é Robinho. Neymar é Neymar. Robinho era um garoto em meio a garotos. Neymar é um garoto em meio a cobras criadas. E tudo é uma questão de personalidade. Robinho sofreu o pênalti no Morumbi, pegou a bola e disse que ia bater. Que se danassem os 18 anos sem títulos, a final ser contra o Corinthians...ele foi lá e bateu. Neymar faria o mesmo? Não sei. Neymar é Neymar. Tem a personalidade dele, as características dele.
Robinho entrou em uma final diante de um Corinthians arrumado, mas sem o jogador que fazia a diferença. Neymar entrou em uma final diante de um Corinthians arrumado e com Ronaldo. Um ou outro falavam em Robinho até aquele Campeonato Brasileiro de 2002. Muita gente falava em Neymar até o Campeonato Paulista de 2009. Ninguém esperava que Robinho pedalasse na frente dos zagueiros adversários. Todos esperavam que Neymar pedalasse na frente dos zagueiros adversários. Os outros times não conheciam Robinho. Os outros times conheciam Neymar. Robinho demorou para levar a primeira botinada. Neymar levou assim que pegou a bola.
Luxa pode até estar certo. Mas não está 100% com a razão.

domingo, 9 de agosto de 2009

Sem bagunça, deu Cacá




O domingo foi muito diferente do sábado. A bagunça ficou de lado e a etapa de Salvador da Stock Car foi realizada rigorosamente no horário.
E Cacá Bueno foi o vencedor da primeira corrida de rua da história da categoria. Ele venceu sob bandeira amarela, com tranquilidade, seguido por Marcos Gomes e Ricardo Sperafico.
Na classificação, Cacá, que conseguiu a primeira vitória no ano, disparou na liderança, chegando aos 91 pontos. Marcos Gomes, o segundo colocado, tem 58.
Sem chicanes mal colocadas, sem discussão e sem atrasos, a corrida começou até um pouco antes do horário. Parecia que seria uma prova chata. E de certa forma, foi. Mas alguns incidentes deram uma pimenta à etapa baiana.
O safety car precisou entrar na pista logo na terceira volta, pois Willian Starostik bateu sozinho. Faltando 34 minutos para o final, a corrida recomeçou, com Thiago Camilo sustentando a pole, seguido por Ricardo Maurício, Cacá Bueno e Ricardo Sperafico. Na volta 13, o carro de Camilo apresentou problemas. Melhor para quem vinha logo atrás. Ricardo Maurício assumiu a liderança.
Na abertura dos boxes para reabastecimento, as posições foram mantidas. Ricardo Maurício e Cacá Bueno entraram juntos, mas Maurício saiu na frente, segurando a primeira posição. Só que, na primeira curva depois da volta à pista, o Eurofarma de Ricardo Maurício apresentou problemas e ele bateu no muro, Cacá Bueno assumiu a ponta.
A corrida foi retomada na volta 20. E Duda Pamplona, que não havia entrado nos boxes, adotou uma estratégia "Schumacheriana": tentou andar no limite para ter tempo de entrar, reabastecer e voltar na frente. Enrolou até faltarem 10 minutos para o fim da prova. Foi chamado aos boxes e viu a tática se perder. Cacá foi embora na liderança.
Logo depois foi a vez de Átila Abreu conhecer o muro mais de perto. Aí, Cacá Bueno só precisou comemorar. Isso porque não houve tempo para a prova ser retomada. Sob bandeira amarela, o piloto recebeu a quadriculada. Voltou aos boxes só para comemorar ao seu modo: subindo no carro.
*Foto site oficial Stock Car Brasil