sábado, 30 de janeiro de 2010

Quem é o otário?

A preocupação de Roberto Carlos em enfrentar o Palmeiras tem o mesmo tamanho da nossa preocupação com o andamento político, social e econômico em São Vicente e Granadinas. A pessoa que está menos preocupada com isso é o próprio jogador. No dia da apresentação, ele mandou o recado. "Minha época no Palmeiras foi maravilhosa, mas já passou".
Pouco se lixar para o fato de enfrentar o ex-clube não é exclusividade do hoje corintiano Roberto Carlos. Jogador que é profissional não dá a mínima para isso. Naquele dia e naquele horário, ele defende o clube que paga o salário dele e acabou. Se jogador ligasse para paixão e rivalidade, não teríamos os cerca de 7 mil exemplos que a história mostrou.
Viola era do Corinthians, fez gol no Palmeiras e imitou um porco. Quando jogou no Palmeiras, fez gol no Corinthians e imitou um gavião.
Romário, ídolo no Vasco, jogou pelo Flamengo e mandou a torcida cruzmaltina calar a boca. Foi marcar o tal milésimo gol em São Januário.
Tinga era um bom jogador no Grêmio e foi se tornar campeão da Libertadores no Internacional.
Luís Figo levou uma chuva de latas e garrafas no Camp Nou, quando retornou a Barcelona para jogar pelo Real Madrid.
Dodô acabou com o Botafogo na última semana. Há onze anos, no jogo de estreia pelo Santos, marcou o gol da vitória sobre o São Paulo que o revelou.
E tem mais, mais, muito mais.
E quem paga a conta? O torcedor, que ainda acha que jogador tem amor ao clube. Só isso justifica as notas de dólar com a cara do Rincón quando ele trocou o Corinthians pelo Santos e a chuva de moedas em um certo treinador na Vila Belmiro em 1998. Já passou da hora de acordar: eles não estão nem aí. Trouxa é você se for para a arquibancada gritar "uh, mercenário!".

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Interessante

Não é fácil fazer o estilo "pombo da discórdia", "urubu", "abutre", ou qualquer outra ave que represente uma possível torcida contra, sobretudo quando essa torcida não é uma realidade.
A compreensível paixão com a qual o caso Robinho vem sendo tratado, por vezes (e não são poucas) supera a razão. Compreensível por se tratar de um jogador que devolveu ao torcedor o orgulho de torcer, por mais redundante que a frase se torne. Robinho devolveu ao torcedor a confiança de ter em campo um jogador que resolve, que faz a diferença.
Porém, entretanto, contudo, mas, há um transcedente e, ao mesmo tempo, abafado jogo de interesses nesse processo. Robinho estava em baixa na Europa e não tinha a menor vontade de se tornar o novo Denílson, aquele que foi sem nunca ter sido. Neste momento, precisa do Santos para recuperar a autoestima e dizer a Dunga: "Estou aqui".
O Santos vinha de dois anos ruins, trocou a diretoria e precisa recuperar o pouco espaço que tinha na mídia. Mais do que isso: quer atrair dinheiro, investidores, patrocinadores. Precisa de Robinho.
Não houve nenhum, eu disse nenhum programa de TV que não citasse a volta do jogador. Não houve nenhum site de notícias que ignorasse o retorno do alteta. Robinho está na mídia. O Santos está na mídia. A estreia dele terá, pelo menos 5 mil câmeras. Muita gente vai querer estampar a marca na camisa do Santos nesse dia.
Pensando de modo racional e comercial, foi bom para os dois. Atendeu aos interesses dos dois. Dá-se uma ignorada no que aconteceu em 2005, as duas partes lucram e vamos que vamos. Robinho vai à Copa e o Santos, apesar das tentativas de Marcelo Teixeira, manda, na administração de Luiz Álvaro, um jogador à Copa, algo que não acontece desde 1974.
É ou não é bem interessante?

Aí está

É tanto mistério em torno das apresentações dos carros a cada temporada, tantos segredos, tantas tentativas de esconder...no entanto, vem a assessoria da McLaren e envia um e-mail a este que vos escreve e manda a foto do MP4/25.
Portanto, está aí, com barbatana de turbarão sobre a área do motor e algumas palavras (sei lá quais) em japonês.
Os dois últimos campeões do mundo estarão nos cockpits de uma equipe, agora sim, 100% inglesa.
Vamos ver no que vai dar...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Você chegou? Nem ele

Foi ventilado que Robinho teria embarcado ontem para o Brasil.
Chegaria às 6h50, 6h55 em Cumbica.
A British Airways realmente tem um voo diário de Manchester para o Brasil, com chegada prevista para esse horário.
O jornalista Paulo Vinicius Coelho entrou em contato com a "assessoria" do jogador. "Estamos todos na Inglaterra", foi a resposta.
Mesmo assim, teve torcedor que foi para o aeroporto, acreditam?
Eu também acredito...

Saiu do forno

Com pouco mistério e algumas mudanças, esta é a Ferrari F10, o carro que será pilotado por Fernando Alonso e Felipe Massa. Dizem que tem semelhanças com o RB5, o carro de 2009 da Red Bull.
Reparem que os aerofólios dianteiro e traseiro são brancos. Particularmente, prefiro a Ferrari toda vermelha, como o carro campeão de 2007 com Kimi Raikkönen.
Vocês gostaram?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aviso dado

O Corinthians tem, hoje, 32 jogadores. Na Libertadores, cada time pode ter até 25 atletas. Isso significa que Mano Menezes terá que passar 7 tesouras no elenco.
Alguns nomes estão mais cotados: Boquita, Morais e Edno estão entre eles.
A Libertadores é a obsessão do Corinthians desde que Ricardo Marques Ribeiro encerrou a partida no Beira-Rio na final da Copa do Brasil do ano passado. Não se fala em outra coisa que não seja associar a conquista ao ano do Centenário. Daí as contratações de Roberto Carlos, Iarley, Tcheco, Danilo, Ralf...tantas contratações incharam o elenco e chegou a hora de Mano decidir quem serve e quem não serve.
E agora começa a hora da verdade para o Corinthians, porque quem ficar fora dessa "seleção" dificilmente torcerá pelo sucesso dos "melhores". Vamos esquecer dessa ideia de que "o jogador torce para o time, porque todos saem felizes". Isso é conversa. Jogador quer jogar, quer estar em campo. Em uma Libertadores, no máximo ele aceita o banco e olhe lá, mesmo assim.
Isso quer dizer que, se ninguém ficar de olho, a ciumeira e a fogueira das vaidades pode tomar conta do Parque São Jorge e aí, meu amigo, adeus projetos, conquistas e realizações. Se o time engrenar, tudo bem, o torcedor pode ficar otimista. Porém, se começar a haver climinha, mentalidade de "ele joga e eu não", pode esquecer.
Quer exemplos? Flamengo de 1995 e o "melhor ataque do mundo", Santos de 2000, com Rincón, Valdo, Edmundo & cia, Cruzeiro de 2000, com os mesmos Rincón e Edmundo, São Paulo de 2002, com Ricardinho 300 mil, Real Madrid de 2005 com os galácticos de Vanderlei Luxemburgo, Fluminense de 2008...
Ou o Corinthians faz como o Palmeiras de 1993/94, que era todo rachado, mas vencia, ou a sina continua, com estrelas que serão chamadas de cadentes. Estão em queda, mas há quem acredite que, se um pedido for feito, elas atendem...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tudo verdade

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, confirmou à TV Bandeirantes: o São Paulo tem, sim, interesse em Robinho.
Uma afirmação: ou o Santos agiliza, ou reforça o inimigo.
Duas perguntas
1- Se o São Paulo estivesse perto de repatriar Luís Fabiano e o Santos atravessasse o negócio, o que os dirigentes do São Paulo diriam?
2- Quando a ocasião pode levar o São Paulo a ser acusado de falta de ética, por que Marco Aurélio Cunha desaparece?

A herança

Enquanto o martelo não for batido, a história Robinho/Santos/Manchester City não tem graça. Por mais que jornalistas se engalfinhem na tentativa de dar a notícia primeiro (por sinal, algo que atinge a infantilidade, pela forma como eles agem), há dois fatos que merecem alarde: a confirmação do empréstimo ou o fim das negociações, sem sucesso.
Mas, Santos, sempre Santos. E Emerson (lembra dele?) meteu um processo no clube por não receber três meses de salários. Dizem que Molina e Roni estariam seguindo o mesmo caminho.
Fatos: contratou, tem que pagar. Mas no caso de Emerson, o Santos que deveria processá-lo, pois ele não cumpriu nem 1/3 do acordo. Afinal, ele jogou no Santos?
Seja como for, Luiz Álvaro Ribeiro está mais perto do que muito classificam como "herança maldita". Se isso está pipocando agora, imaginem o que ainda pode aparecer...

Mais uma mudança

E não é que resolveram dar mais uma mexida no sistema de pontos da Fórmula 1? Já queriam valorizar mais as vitórias e o vencedor de cada etapa passa a levar 25 pontos. Mas agora resolveram valorizar ainda mais essas vitórias.
O sistema já aprovado pelas equipes e que está pronto para entrar em vigor deixa cada etapa com a seguinte pontuação: 25-20-15-10-8-6-5-3-2-1. Aí vem o grupo de trabalho esportivo da Fórmula 1 e traz a seguinte ideia: 25-18-15-12-10-8-6-4-2-1. Ou seja, aumenta a diferença do primeiro para o segundo lugar e ficar em quarto não é tão ruim assim.
Diz a revista Autosport que a aprovação dessa nova ideia é mera formalidade. Se a outra passou sem ressalvas, ninguém iria se opor a esta.
Vai deixar o campeonato mais disputado? Vai, mas isso vai depender da Mercedes GP. Se em 2009 o campeonato quase ficou sem graça. Se não fosse o efeito novidade e uma novata liderar, o interesse teria caído. Isso porque era Jenson Button disparado na liderança. Neste ano, tem Schumacher...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Foi por isso...

Deu São Paulo na Copinha. E por que deu São Paulo?
1- Porque o São Paulo teve um dia a mais para descansar. Jogou a semifinal na sexta e o Santos, no sábado.
2- Porque não se abalou com a pressão do Santos, que jogou muito no primeiro tempo e poderia ter matado o jogo ali. O São Paulo se segurou o quanto pôde.
3- Porque o árbitro não expulsou o Richard. A regra é interpretativa e a maior parte das interpretações apontavam para a expulsão pela falta que ele cometeu. Ali o São Paulo perderia toda a estrutura psicológica.
4- Porque o São Paulo tem Ronieli, que a quatro minutos do fim acerta um chute com extrema qualidade.
5- Porque Richard brilhou na hora em que precisou, nos pênaltis, depois da gentiliza do árbitro em mantê-lo em campo.
Foi por isso...

Pois é...

Antes de ser presidente do Santos FC, Luiz Álvaro Ribeiro é um torcedor. Daqueles apaixonados.
Fez de tudo para que Giovanni voltasse. Queria dar ao jogador a oportunidade de sair pela porta da frente, ao contrário do que fez Vanderlei Luxemburgo no início de 2006.
Na verdade, Giovanni foi contratado pelo que fez em 90 minutos no dia 10 de dezembro de 1995.
Nada mais justifica a vinda de um jogador de 37 anos que estava parado há quase 1 ano.
O torcedor Luiz Álvaro contratou Giovanni.
As portas para Robinho estão escancaradas. Luiz Álvaro abriu. Prega o perdão para poder esquecer o que o jogador fez em 2005.
O torcedor Luiz Álvaro está acertando a volta de Robinho.
Há quem defenda o retorno do jogador. Há quem esqueça o chute que ele deu no Santos há cinco anos. Há quem argumente que a volta dele neste momento não tem nada a ver com um fracasso europeu e o retorno está sendo comparado ao de Ronaldo.
Ronaldo jogou na Europa entre 1994 e 2008. Passou por PSV, Barcelona, Internazionale, Real Madrid e Milan. Nesse período, ganhou três prêmios de melhor jogador do mundo, venceu uma Copa do Mundo, foi vice em outra, tornou-se o maior artilheiro da história das Copas, foi campeão mundial interclubes e enfrentou três cirurgias nos joelhos.
Robinho passou pela Europa entre 2005 e o início de 2010. Passou pelo Real Madrid dizendo que o sonho dele era jogar no Barcelona. Chutou o clube espanhol por "estar com a cabeça no Manchester City". Jogou uma Copa do Mundo, não marcou nenhum gol e caiu nas quartas-de-final. Deixa a Inglaterra pela porta dos fundos, sem nenhuma indicação ao prêmio de melhor do mundo. Usa o Santos para tentar uma vaga na África do Sul e o Santos quer ter um jogador convocado para uma Copa, porque isso não acontece desde 1974.
Robinho será recebido pela torcida, que já esqueceu 2005. E quer saber? O coro da torcida faz todo sentido..."o Robinho vem aí e o bicho vai pegar"...