quarta-feira, 5 de maio de 2010

E se fosse o contrário?

De 17 de dezembro de 1995 até hoje, o Santos disputou oito finais de competições. Foi campeão em cinco e vice em três. Isso sem contar as diversas semifinais em que foi derrotado.
Em nenhuma dessas ocasiões o nome do árbitro da partida é lembrado.
Sabem por quê? Porquê o resultado foi decidido entre os jogadores. Os 11 melhores ficaram com a vitória. O Santos foi melhor que o Corinthians no Campeonato Brasileiro de 2002, mas teve que bater palmas para o excelente Boca Juniors na Libertadores de 2003. A camisa pesou na final do Paulista de 2007, contra o São Caetano. E ninguém tirava o título estadual do Corinthians de 2009, com Ronaldo e cia.
Mas o título paulista de 2010 foi roubado, é o que estão dizendo desde domingo. A arbitragem prejudicou o Santo André. E não adianta argumentar, porque há uma resposta-padrão. "Se fosse o contrário, os santistas estariam chorando".
O lance é interpretativo.
"Se fosse o contrário, os santistas estariam chorando".
O Santo André colocou duas bolas na trave e nenhuma para dentro.
"Se fosse o contrário, os santistas estariam chorando".
Sálvio Spínola Fagundes Filho expulsou três jogadores do Santos. Se estivesse mal intencionado, não expulsaria nenhum, mesmo que eles merecessem, como mereceram.
"Se fosse o contrário, os santistas estariam chorando".
O Santos adquiriu a vantagem pelo que fez na primeira fase e venceu a primeira partida da final. O regulamento dizia que o Santo André precisava vencer por dois gols de diferença.
"Se fosse o contrário, os santistas estariam chorando".
Se a Federação Paulista tivesse interesse em dar o título para algum clube, daria para o Corinthians, que tem a segunda maior torcida do Brasil.
"Se fosse o contrário, os santistas estariam chorando".
O Santos que esqueça tudo isso e pense somente na Copa do Brasil. Se não se classificar, vai ter ex-santista rindo...

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