quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Haja caipirinha


Quer agradar alguns dos principais personagens da Fórmula 1? Pegue um copo, coloque pinga, limão, açúcar e gelo. Você ganhou um amigo.
Pode ser nos hotéis, nas churrascarias, onde quer que seja. Em nenhuma outra época do ano São Paulo fabrica tantas doses de caipirinha como na semana que antecede o GP do Brasil. Os clientes vão de pilotos a mecânicos e chefes de equipes. O bem-estar é uma das principais virtudes de quem faz a categoria.
Pilotos e equipes estão espalhados em hotéis da Zona Sul de São Paulo. Há alguns cinco estrelas em locais próximos a Interlagos. O Transamérica continua sendo o hotel oficial, embora poucos pilotos se hospedem lá. Mas o local recebe a cúpula da FIA (leia-se Bernie Ecclestone), abre espaço para o credenciamento e para as principais entrevistas coletivas.
Vânia Aibara, gerente geral de vendas, diz que o hotel vai estar com ocupação total até amanhã. A Williams está por lá. "São bons hóspedes; estão acostumados a viajar pelo mundo e não dão trabalho".
O hotel precisou aumentar em 30% o número de funcionários para receber todo esse povo. Governança e restaurantes são os principais setores. Por falar em restaurantes, o cardápio não precisa ser adaptado ao padrão europeu. "Eles gostam dos risotos e das massas".
No piano bar, a diversão é garantida. É lá que o pessoal faz um happy hour antes do jantar, tudo regado a boas doses de...caipirinha. "As saídas de caipirinha triplicam".
Hoje, como sabemos, pilotos são quase um produto. Antigamente não era assim. Vânia diz que Nigel Mansell, Gherard Berger e Alain Prost eram os caras mais simpáticos. "O Damom Hill tocava guitarra no piano bar".
Ah, o hotel serve um pudim de leite na sobremesa que costuma fazer sucesso. Parece que mesmo quem não está hospedado lá passa pelo restaurante só para matar as saudades.
Agora, quando o pessoal da Fórmula 1 quer se esbaldar, vai pra onde? Fogo de Chão. É uma das melhores churrascarias de São Paulo e fica próxima dos hotéis. Marcos Jumar Back, gerente de atendimento, diz que na quinta-feira o local fica simplesmente lotado. Adrian Sutil, Fernando Alonso e Jenson Button passaram por lá na terça-feira. Felipe Massa e Robert Kubica almoçaram na quarta. A BMW costuma fazer reservas para até 80 pessoas. Picanha, filé mignon e frango com bacon estão entre os espetos preferidos. E a bebida? Caipinha, muita caipirinha, ainda mais se for uma mesa composta por mecânicos.
"O Kubica é o mais simpático e brincalhão. Ele faz questão de pegar um espeto de picanha e tirar uma foto com os garçons. O Sebastian Vettel também é bem agradável".
Marcos confirmou que Ron Dennis é fã incondicional do miolo do contra-filé. Quando ele trabalhava na McLaren, entrava no Fogo de Chão, deixava uns dólares (ouvi falar em 500, nada confirmado) e ia para a mesa preferida. Todo mundo sabia o que ele queria. Michael Schumacher chegava a ir cinco vezes por semana. O alemão era simpático? "Não muito, ele é mais fechado, mas é mais simpático que o Kimi".
Ou seja, não é marketing. Raikkonen realmente é aquilo que conhecemos. Gosta da caipirinha (ainda mais ele), mas, de todos os componentes da bebida, deve preferir o gelo...

Nenhum comentário :

Postar um comentário