domingo, 30 de agosto de 2009

Quando ele Kers, consegue

Surpresas, emoções e o reencontro com a vitória. O GP da Bélgica foi uma daquelas provas feitas para quem gosta de Fórmula 1. Deixando de lado o azar de Rubens Barrichello, dois fatos merecem destaque: a vitória de Kimi Raikkonen, que há muito tempo não sabia o que era triunfar e, principalmente, a segunda colocação de Giancarlo Fisichella com a sempre modesta Force India. Sebastian Vettel colocou a Red Bull na terceira colocação. Barrichello não foi além do 7º lugar.
No Mundial de Pilotos não houve grandes alterações. Raikkonen foi para 34 pontos e a diferença entre Jenson Button e Barrichello, que era de 18 pontos, caiu para apenas 16.
Assim que as luzes vermelhas se apagaram, Barrichello, que estava em quarto lugar e vinha empolgado pela vitória em Valencia, na semana passada, teve problemas com a embreagem e o carro não saiu do lugar. Quando conseguiu fazer a Brawn GP andar, estava em último. Lá na frente, Kimi Raikkonen assumiu a segunda colocação e foi ao ataque do pole Giancarlo Fisichella.
Só que, no final da Eau Rouge, um acidente envolveu Lewis Hamilton, Jaime Alguersuari, Jenson Button e Romain Grosjean e o safety car entrou na pista. Com os boxes abertos, Barrichello aproveitou para trocar pneus e, principalmente, encher o tanque. Uma estratégia para ganhar posições quando os demais fizessem as paradas nas voltas previstas.
O safety car saiu na quarta volta e Kimi Raikkonen usou o kers para ultrapassar Fisichella ainda na Eau Rouge e se mandar na frente. Lá atrás, Barrichello ultrapassou Luca Badoer na quinta volta e Kazuki Nakajima na sexta. Na 13ª volta, Timo Glock entrou nos boxes e a Toyota não se acertou com a mangueira de combustível. Com a demora, Barrichello assumiu a posição.
Na frente, a briga continuou entre Raikkonen e Fisichella, com vantagem de carro e de kers para o finlandês. Os dois pararam na mesma volta (14ª) e Raikkonen voltou antes para a pista. Enquanto isso, Barrichello fez uma bela ultrapassagem sobre Mark Webber por fora e continuou a ganhar posições.
Fernando Alonso, longe de conseguir alguma coisa na prova, foi para os boxes e teve problemas com a roda dianteira esquerda, fruto de um toque que havia sofrido na primeira curva da corrida. Depois de perder 52 segundos nos boxes, voltou à pista, deu uma volta, retornou aos boxes e já recolheu o carro.
Barrichello fez a segunda parada faltando 17 voltas. Raikkonen e Fisichella pararam a 14 voltas do fim, mais uma vez sem troca de posições.
Restava uma última forte emoção a partir de Barrichello. E ela veio quando o motor da Brawn começou a soltar fumaça no momento em que o brasileiro tentava tomar o sexto lugar de Heikki Kovalainen, a três voltas do fim da prova. Seria indício de uma explosão de motor? Não, apenas um vazamento de óleo. Suficiente para fazer o brasileiro tirar o pé do acelerador, deixar Kovalainen ir embora e tentar dar duas voltas sem comprometer o carro e sem ser ultrapassado. Conseguiu.
No pódio, a festa maior foi de Fisichella. Levar a Force India à segunda colocação numa prova depois de fazer a pole foi motivo para muita comemoração. Resta saber se ele vestirá o macacão vermelho ainda este ano...é o que dizem...

Nenhum comentário :

Postar um comentário