quarta-feira, 7 de julho de 2010

Resposta: sim

Leonardo diz que aceita um eventual convite da CBF para assumir a Seleção.
Nem esperou o defunto esfriar, por sinal, seu companheiro de duas Copas do Mundo.
"É meu, é meu, ninguém tasca, eu vi primeiro!"
Leonardo sabe que tem bom trânsito onde precisa. Para conseguir uma vaguinha de titular na Copa de 1998, contou com um lobby muito bem disfarçado. "Me sinto cada vez mais titular", disse antes do jogo contra Marrocos, o segundo do Brasil naquela Copa.
Pergunte a Giovanni o que ele pensa sobre Zagallo.
Insisto: Leonardo só vai se for para tapar buraco em 2012, quando acaba o contrato de Felipão com o Palmeiras.
Essa história de "resultados não interessam agora" fica muito bonita no papel.
Na prática, sabemos que o buraco é muito mais embaixo.
A Seleção começa a perder aqui e empatar ali. Surgem as críticas, as cobranças, o clamor popular por mudança.
Vem o Imperador da CBF e ordena a mudança.
Cai nos braços do povo como herói nacional.
Com a mesma covardia com a qual fuma o cachimbo da paz com a emissora de TV para detonar Dunga depois que a vaca foi para o brejo.
Sempre com a complacência da emissora, brigada com o ex-treinador que lhe cortou os privilégios enquanto lá esteve.
Sempre com a conivência de jornalistas que jamais perguntarão o que realmente deve ser perguntado. Fizessem isso e estariam relegados a segundo plano, como alguns de seus concorrentes, estes sim, profissionais de verdade.
É ali que o Imperador da CBF encontra espaço para esparramar sua covardia.
Como fez depois de 2006, ao criticar a preparação para a Copa, algo que ele tinha o dever de cortar enquanto era tempo, já que via tanta coisa errada como hoje diz ver.
Como faz agora, ao exigir renovação na Seleção. A mesma Seleção administrada por uma entidade presidida pela mesma pessoa há 21 anos.
É praxe entre os covardes jogar a culpa nos outros.
Enquanto isso, Leonardo, aquele que continua sendo um menino bonzinho mesmo depois de dar uma cotovelada em um adversário (ah, se tivesse sido o Edmundo!), sai pela porta dos fundos, com o rótulo de fracassado.
E o Imperador aumenta ainda mais o seu poder.
Até quando?
Adoraria ter essa resposta...

Um comentário :

  1. Paulo, vi uma notícia no Lance! onde o presidente Lula sugere que o mandato de presidente da CBF seja de 8 anos, sem direito à reeleição. Porém, devemos lembrar que essa sugestão veio de alguém que está em fim de mandato e que falou como um torcedor.
    Quem sabe um dia, por uma obra do acaso, a gente não chegue a esse ponto? A origem de tudo isso, de toda essa soberba de Ricardo Teixeira, é a falência de clubes e federações, que ainda dependem de favores da CBF. Aí, com o rabo devidamente preso, devem se submenter aos caprichos daquele que os ajuda. E assim caminha o futebol brasileiro...
    Abraços!

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