segunda-feira, 26 de julho de 2010

Depois de Hockenhein

A Ferrari foi multada em US$ 100 mil pela marmelada em Hockenhein.
Pagaram com o troco do café que foram buscar para Domenicalli.
E a Fórmula 1 acordou mais triste. Triste e envergonhada.
Muito pior do que uma ordem para a execução de uma sujeira, muito pior que a obediência total a essa ordem, é a naturalidade com que as coisas são tratadas.
"Estamos pensando no campeonato e é assim que funciona".
Como funcionava em 2002, quando o segundo lugar de Schumacher na Áustria talvez adiasse por uma prova a conquista do pentacampeonato.
E ele seria campeão com cinco etapas de antecedência. Foi com seis.
Schumacher disse no domingo que a equipe tem mesmo que pensar no campeonato e que, se fosse ele, também cumpriria as ordens.
Por que será?
O mais desafiador, neste momento, é responder o título deste post: e depois de Hockenhein?
Algumas coisas são facilmente previsíveis: neste fim de semana, na Hungria, a audiência irá lá para baixo.
E não tiro a razão de quem está desiludido.
Ficarão os que acompanham porque gostam e ainda tentam acreditar que há alguma verdade em tudo isso.
Prefiro entender e dizer a quem tem dúvidas que tudo está resumido a uma só equipe. Há outras 11 na categoria, nas quais, se esse tipo de falcatrua acontece, vem de forma bem menos espalhafatosa.
Basta lembrarmos que a Red Bull entregou a vitória a Lewis Hamilton depois de Sebastian Vettel se enroscou com Mark Webber na luta pelo primeiro lugar.
Isso com Webber reclamando da falta de uma asa nova na Inglaterra.
Mas talvez uma queda na audiência não seja tão ruim para a Fóamula 1.
Mais interessante seria se alguns dos principais patrocinadores resolverem mudar de ideia.
Um dinheirista como Bernie Ecclestone é capaz de inverter a mão de direção de todos os circuitos para não perder esse pessoal.
Enquanto tudo for tratado como um jogo de equipe normal e uma multinha de 100 mil dólares resolver o problema, a Fórmula 1 continuará nesse descrédito.
Vamos para a Hungria agora.
Com o avião mais vazio.

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