sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Di Grassi - parte 2

Desta vez, a probabilidade de erros de digitação e quedas no sistema diminui. O primeiro post foi escrito na Av. 23 de Maio, com o carro em movimento. Desta vez, estamos em condições mais adequadas...
Quem acompanha um pouco de automobilismo sabe que existem dois tipos de cobertura do assunto: a cobertura normal e a da Rede Globo. Na cobertura normal, são 26 pilotos, quatro brasileiros, alguns com mais chances que outros e vários estrangeiros que estão escrevendo o nome na história. Na Globo existem quatro brasileiros e um bando de barbeiros que seriam reprovados na auto-escola da esquina. Alain Prost, por exemplo, era persona non grata por aqui.
Mas quem acompanha um pouco mais o assunto percebeu que Lucas Di Grassi está com os pés fincados no chão. Só ele sabe como foi difícil chegar à Fórmula 1 e, principalmente, só ele dimensiona o desafio que tem pela frente. Por isso e pela inteligência que tem, ele passou a quilômetros de distância do discurso de "vou vencer e ser campeão logo". Ao contrário, quer tudo isso, mas sabe que precisará trabalhar muito com a equipe.
Lucas não estabeleceu metas, mas ao ser perguntado por este que vos escreve sobre as metas que a Virgin Racing estabeleceu, disse que é um projeto para dois, três ou quatro anos. "Se os resultados vierem antes, melhor".
Lucas, portanto, tenta tirar de si uma possível pressão, que seria injusta com um estreante. Não está, por enquanto, preocupado em seeeeeeeeeeeeeer do Brasiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilllll, mas quer ser reconhecido e admirado como Rubens Barrichello e Felipe Massa. "Esse assédio só vem com resultados. Se acontecer comigo, é porque os resultados vieram. Vou achar ótimo".
O que podemos concluir? Não esperem a Virgin brigando pela pole já na primeira etapa. Isso será obrigação de Ferrari e McLaren (nem a Brawn, que perdeu em qualidade, entra). Lucas e sua equipe ficam em uma posição mais "cômoda". Se forem bem, superaram as expectativas. Se forem mal, o projeto não era para agora mesmo.
Só não acreditem nessa história de "o nosso Lucas". Di Grassi não é nosso; é dele e da família dele. No cockpit é ele quem comanda e a equipe quem coordena. Qualquer resultado, bom ou ruim, será dele.

Um comentário :

  1. Ele e muito jovem. Tem talento , mas uma grande torcida a seu favor pode ajudar ou atrapalhar. E uma emissora de TV pode fazer o que ? Vale a reflexão.

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