quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Méritos que Brilham

Mereceu quem criou, inventou, forçou.
Mereceu quem achou.
Achou que era um gênio, que poderia resgatar, recriar, inventar.
Inventou, criou, levou e pagou.
Pagou caro.
São sete títulos mundiais.
São datas memoráveis, históricas. São expectativas criadas antes e durante para saber como proceder depois.
Já provocou eliminações em Copa América e em mais de uma Copa do Mundo.
Quem chorou uma vez riu na segunda. Às vezes foi o contrário, mas sempre houve o temor e o respeito que sempre cercaram o assunto.
Não se pega um clássico dessa aura, monta de qualquer maneira e joga-se onde for. Não se permite que os principais dentre os principais fiquem de fora. O duelo não permite, a disputa não proporciona essa brecha.
Não se joga em locais sem tradição, nome, história. Não se leva as disputas para locais onde são engatadas a segunda e a quarta. Não há divisões, há ou deveria haver a união dos povos em torno de um mínimo sentimento patriótico que talvez tenha restado em dois países tão sofridos, maltratados, derrotados, especialistas em criar gênios, esquadrões, resgate da comoção nacional.
Não se entrega algo tão grandioso nas mãos de quem não sabe sequer do que se trata. Não se entrega uma Ferrari nas mãos de quem não sabe onde fica o acelerador.
Não se omite a verdade em nome da promoção, dos direitos, do não poder execrar o próprio produto.
Era um clássico iluminado.
Restou o apagão.

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