domingo, 24 de julho de 2011

Nürburgring - a graça da F1

Não foi uma das melhores corridas da temporada. Foi uma das melhores corridas de todos os tempos.
E não é ironia. É fato.
Não só pela vitória de Lewis Hamilton, muito menos por Sebastian Vettel ter cruzado em quarto lugar, quando poderia ser quinto, o que aumenta um pouco mais a graça do campeonato.
O que tornou o GP da Alemanha  sensacional foi a forma como a corrida se desenhou. Passou longe de ser aquela prova da fila indiana, das posições inalteradas, do sono.
Foi impossível dormir.
Mark Webber, por exemplo, cochilou e a pole conquistada no sábado foi para o vinagre. Hamiolton largou em segundo, foi mais esperto e pulou na frente. Fernando Alonso, que saiu em quarto, ganhou a posição de Vettel, o terceiro.
Já seriam mudanças suficientes, mas tinha muito mais por vir. Alonso espalhou e Vettel retomou o terceiro lugar. A briga continuou e Alonso passou novamente.
Vettel, então, mostrou ser o bom e velho Vettel, aquele que sob pressão ou tendo que pressionar se precipita. Rodou sozinho. Não comprometeu nada, mas rodou sozinho.
Lá atrás, Sebastien Buemi tocou estranhamente na Renault de Nick Heidfeld e tirou um dos seis alemães da prova.
Até aí, apenas 10 voltas haviam passado.
Na volta 12, quando a janela de pits deveria ser aberta, Webber foi para cima e passou Hamilton na entrada da reta dos boxes. Na saída da mesma resta, a briga continuou e Hamilton tomou a primeira colocação de volta.
Enquanto isso, Massa começava a fazer jus à menção honrosa ao ultrapassar Nico Rosberg e pegar a quinta colocação.
Os pits começaram na volta 15, com Webber. Mas o melhor viria na volta seguinte, quando Hamilton e Alonso entraram ao mesmo tempo. Os dois saíram dos boxes nessa sequência, quase juntos e encontraram Webber, àquela altura o primeiro e Massa, herdando a segunda colocação por ainda não ter parado.
Os quatro quase se tocaram. A sequência ficou Webber, Massa, Hamilton e Alonso.
Massa entrou na volta seguinte e conseguiu voltar à frente de Vettel.
As coisas não mudaram muito até a volta 30, quando Webber entrou novamente, levando Hamilton junto. Melhor para o inglês, que voltou na frente.
O melhor viria na volta 33, quando Alonso entrou nos boxes e saiu centímetros à frente de Hamilton e Webber. A voltinha a mais do inglês deu a ele o aquecimento ideal dos pneus para ultrapassar o espanhol. A coisa foi montada com Hamilton, Alonso e Webber.
Como todo mundo estava decidido a ir de pneus macios, mais rápidos, os compostos duros ficaram para as últimas 10 voltas, o que poderia, em tese, mudar a história.
Não mudou.
Hamilton, líder, entrou na volta 51 e Alonso assumiu a ponta. Três voltas depois, foi a vez do espanhol entrar. Webber assumiu, mas teve de entrar na volta 57. E a sequência ficou como estava: Hamilton, Alonso e Webber.
Acabou?? Não...
Massa e Vettel entraram nos boxes na última volta.
A Red Bull realizou uma excelente troca de pneus.
A Ferrari não...
Melhor para o alemão, que tomou o quarto lugar no pit lane.
Enquanto isso, Hamilton festejava a 15ª vitória da carreira, com Alonso em segundo e Webber em terceiro.
Vettel continua disparado na frente, com 216 pontos, seguido por Webber (139), Hamilton (134) e Alonso (130).
Mudou o campeonato?
Não.
Mas os conceitos mudaram bastante...

Um comentário :

  1. Paulo, bom dia! A corrida foi mesmo incrível. E acho que a prova mostrou que, quando os equipamentos se equivalem, Hamilton e Alonso são os melhores pilotos da atual F1.Aliás, a Mc Laren foi o grande blefe do fim de semana. Depois de uma sexta horrorosa, dominou o sábado e foi perfeita hoje. Parabéns a eles e ao vencedor. E parabéns ao Massa, que fez uma excelente prova. Há tempos ele não fazia uma prova digna de seu status de piloto de primeira linha.

    ResponderExcluir