terça-feira, 1 de março de 2011

Era emprestado

É de provocar estranheza a intenção do Santos de tomar Ney Franco por empréstimo e devolvê-lo à CBF depois de 90 dias.
Primeiro porque o treinador tem funções na entidade e voltou sua vida às categorias de base e ao comando do time sub-20.
Por isso, deixou o Coritiba.
Segundo, porque a ideia da contratação de um treinador, teoricamente, é fazer com que ele crie raízes no clube, tenha identidade e trabalhe exclusivamente para aquela entidade.
O Santos está querendo assumir o risco de contratar um treinador que não tenha o menor compromisso com o clube.
Um treinador precisa chegar, ter tempo para conhecer os jogadores, se entrosar e implantar aquilo que os filósofos chamam de filosofia.
E em três meses é muito difícil isso acontecer.
Principalmente nos três meses nos quais o clube disputa a competição mais importante da temporada.
E a Libertadores é importante demais para servir como laboratório.
Outro problema é a falta de compromisso.
Se Ney Franco assina e não ganha a Libertadores, tudo bem. Volta para a CBF e acabou.
Se ganha a competição, se consagra e não fica para o Brasileirão e o Mundial Interclubes.
Ou seja, o monstro é muito maior do que a cartolagem santisgta imagina.
Ainda mais sabendo que tudo isso poderia ter sido evitado.
Se Dorival Júnior não tivesse saído há seis meses.
E, neste caso, o 'se" entra em campo, sim...

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