quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

666, o número das bestas

Sinistro...
Este é o post nº 666 do Autobola...
Normal, como foi o 665 e como serão o 667, 668, 669...
Os grandes clubes do Brasil retornam das férias na semana que vem.
E qual foi a grande contratação de dezembro?
Talvez Diego Cavalieri no Fluminense, Felipe, o goleiro, no Flamengo ou Richarlyson no Galo. E só.
Em São Paulo, foi uma vergonha.
Quando não tivemos empresários-fazendeiros, dedicados à plantação de notícias, tivemos os cartolas-fazendeiros, adeptos da mesma atividade.
Nada mais explica o alarde "Ronaldinho Gaúcho no Palmeiras" senão a tentativa alviverde de se manter no noticiário.
Porque, pelos últimos resultados, estaria restrito a uma nota de 30 linhas em uma coluna nos jornais.
O Palmeiras andou em débito com o elenco atual, com jogadores que ganham bem menos que R$ 1,3 milhão, o que foi oferecido a Ronaldinho (dizem).
Mas falou no nome dele durante duas semanas.
O Verdão apareceu muito mais na mídia quando Valdivia falou o que quis ao colega e meu amigo Conrado Giulietti, da Rádio Eldorado/ESPN.
No Corinthians, as mesmas duas semanas foram dedicadas a Adriano. O Imperador vem, acertou salários, só falta falar com a Roma, Gilmar Rinaldi negando, Andrés Sanchez negando e...não veio. Disse que volta para lá.
Só acertou com Wallace, que caiu com o Vitória.
Do time dos sonhos de 2010, Iarley e Tcheco já foram. Danilo...
E o São Paulo? Perdeu Ricardo Oliveira, está louco para dar um bico em Dagoberto e quer Guiñazu.
Querer não é poder...
Ainda não fechou com Juan, ex-Flamengo. O jogador deixou bem claro que o São Paulo é o Plano B.
A prioridade é a Europa.
O São Paulo, exemplo de administração e profissionalismo, exemplo de contratações acertadas, aceitou.
O Santos acertou com dois ex-cruzeirenses (leia-se dedo de Adilson Batista) e chutou Jamelli para fora da Vila Belmiro.
Nessa base, os quatro paulistas mantiveram-se, bem ou mal, na mídia. Grandes balões de ensaio garantiram aberturas de páginas, o que, particularmente falando, foi ótimo. Porém, de efetivo, nada vezes nada.
Teremos um início de 2011 muito, mas muito melancólico.
Com forçações de barra que tiveram prazo de validade.
E ganharam espaço na mídia.
Mas a culpa é da mídia que acredita? Deveria a mídia simplesmente ignorar as notícias plantadas?
Não, essas notícias, mesmo que plantadas, devem ser sim publicadas.
Os cartolas merecem passar por essa vergonha.

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