Vettel, por enquanto

Sebastian Vettel e mais 23. É mais ou menos esse o resumo do GP da Europa. As ruas de Valencia mexeram com quase todo mundo. Com o alemão, não.
Vettel venceu de ponta a ponta. Sem problemas, sem polêmicas, com toda a tranquilidade. Mexeu com o coração dele, pois eram seis etapas sem saber o que era uma vitória. Lewis Hamilton cruzou em segundo, mas com uma pequena polêmica. Jenson Button foi o terceiro e, acreditem, Rubens Barrichello em quarto. A surpresa não é por Barrichello, mas pela caranga que ele pilota. Ah, a polêmica com ele aumenta. E com o restante do grid então...
Tanto é que esse resultado é, digamos, provisório. A direção de prova investiga umas coisinhas que teriam acontecido. Definir a classificação do Mundial então, neste momento, é impossível.
Vamos à corrida.
Mark Webber foi o protagonista até a 10ª volta. Começou com uma largada que não foi ruim; foi péssima. Largou em segundo, logo atrás de Vettel. Antes da primeira curva, foi ultrapassado por Hamilton e Alonso. Depois dela, foi a vez de Felipe Massa. Isso foi o que deu para acompanhar, porque logo depois o nome do australiano aparecia na 10ª colocação.
Então veio a hora da inteligência: manda Webber para os boxes, troca os pneus, coloca os compostos duros e ele recupera as posições quando os outros entrarem. Isso se o australiano não resolvesse mudar a história não só dele, como de toda a corrida.
Era só uma tentativa de ultrapassar a Lotus de Heikki Kovalainen. Isso se o finlandês não freasse demais. Isso se Webber não fosse tão afoito. O toque na roda traseira foi inevitável. A Red Bull decolou, deu um looping, destruiu uma bandeira publicitária e caiu com o assoalho para baixo. Sorte de Webber, que só precisou esperar o choque contra a proteção de pneus. Saiu ileso, andando, irritado.
O safety car foi para a pista. E aí começou a mudar a história de muita gente. A Ferrari, só para variar um pouco, trabalhou mal nos boxes. Os dois, sim, os dois pilotos foram prejudicados. Lá na frente, pouca coisa mudou. Vettel se segurou em primeiro e Hamilton em segundo.
Isso até Fernando Alonso clamar por uma punição a Hamilton. A Ferrari denunciou e as câmeras flagraram: o inglês ultrapassou o safety car na hora em que a segurança entraria na pista. Drive-Through para o inglês. Mudou alguma coisa? Não, entrou e saiu dos boxes na segunda colocação.
A corrida virou a velha fila indiana. Sem mudanças, sem brigas, sem nada. Até a direção de prova anunciar que metade do grid seria investigado após a prova por causa de possíveis irregularidades na hora em que o safety car estava na pista. Eu disse que Webber iria mudar a história de muita gente. Jenson Button, Rubens Barrichello, Nico Hulkemberg, as Force India, Robert Kubica...tinha mais.
Na pista, nada mais foi alterado. Nada? Então tá bom...vocês lembram daquele japonesinho, que surgiu nas últimas etapas de 2009 na Toyota e que fez com que muita gente torcesse por ele? Pois é, Kamui Kobayashi está de volta. Sempre esteve, pilota desde a primeira prova de 2010 pela Sauber, mas ainda não tinha dado motivos para manter a simpatia geral. Desta vez conseguiu. Vinha bem e foi o último a fazer o pit stop, perto do fim da prova. Em 9º lugar, poderia estar satisfeito, mas não estava. Na penúltima volta, embutiu na traseira da Ferrari de Alonso e levou. Ultrapassou.
Já seria demais. Não para ele. Enquanto Vettel comemorava a vitória, Jaime Alguersuari fazia a última curva para cruzar em 7º lugar com a Toro Rosso. Eis que surge uma Sauber do lado esquerdo. E Kobayashi toma-lhe a posição. Japonês folgado...mas como é bom ver essa ousadia!
Agora é esperar o resultado da tal investigação. Por questões profissionais e pessoais, não poderei acompanhar . Vamos repercutir depois que tudo estiver definido. Aí poderemos falar sobre o resultado oficial da corrida e a classificação, aí sim, atualizada.