quinta-feira, 3 de junho de 2010

Depressão

Jogo em véspera de feriado é depressivo. Começando às 10 da noite, um pouco mais depressivo. Quem entrou em campo na noite de quarta não precisava, portanto, fortalecer as tendências suicidas. O quadro já era ruim por vários aspectos. Poderia ter melhorado nos jogos propriamente ditos. Mas não, eles tinham que deixar a coisa ainda mais depressiva.
Nas transmissões de rádio e TV, só os times reservas. Narradores, comentaristas e repórteres tapando o buraco deixado por quem foi para a África do Sul. Não bastasse, estádios vazios e times sem a menor empolgação. Parecem estar esperando as "férias".
O Palmeiras sofreu, foi sofrível e fez o torcedor sofrer. Para variar um pouco, não jogou absolutamente nada. O duelo com o Flamengo só ganhou destaque porque o time carioca venceu (o mais correto seria o 0 a 0) e logo com um gol de Vágner Love, que não quis nem saber desse negócio de não comemorar. Estava mordido com a forma como saiu do Palestra. E com razão.
E adivinha quem foi falar no fim do jogo? claro, Marcão. "O time é fraco", disse com todas as letras, palavras captadas pelo microfone da Rádio Jovem Pan e ouvidas por este blogueiro.
Já vimos esse filme. Foi em 2002. E com Love jogando pelo Verdão.
O São Paulo ia bem. Ia, até Richarlyson cometer um pênalti bisonho. Mas não pode ser responsabilizado pela derrota para o Goiás. Até porque, de acordo com a sempre isenta, profissional e imparcial Imprensa paulista, o problema estava nos desfalques da zaga.
Sobre Cruzeiro x Santos, melhor falar pouco. Se você não viu, fez bem. Para resumir: dois times com medo de atacar, se expor e levar o contra-ataque. Isso durante 90 arrastados minutos. Duro de assistir. Dorival Júnior sacou Felipe do gol e colocou Rafael, de 20 anos. Podem justificar de todas as formas, mas eu não entendi.
O empate sem gols foi merecido, ao contrário do 1 ponto dado para cada equipe pelo resultado. Seria o mesmo ponto se o empate fosse por 4 a 4, com os dois jogando no ataque, sem medo, dando trabalho aos goleiros, metendo bolas na trave, deixando o resultado imprevisível até o fim. Não, foi um 0 a 0 horroroso e o mesmo ponto, porque o que vale é o empate em si, não a forma como ele foi construído.
Estamos na hora de rever alguns conceitos sobre regras do futebol.
E estamos na hora de não acompanhar o futebol em certos momentos...

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