segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Depois de Yeongam

Dizer que a Era Schumacher está começando a ser reproduzida não é exagero.
Não só porque Sebastian Vettel é alemão, nem pelas vitórias em sequência, menos ainda por um título por antecipação.
O que iguala o bi e o hepta é a vontade de estar na frente, de ser o melhor, de não ser burocrata nem de achar que é suficiente.
Vettel não precisava vencer em Suzuka. Na verdade, bastava chegar em 10º lugar em apenas uma das cinco etapas que faltavam. Ele fez mais do que isso ao chegar em terceiro. Tornou-se o mais jovem bicampeão da história e...não gostou. Porque terceiro para ele era pouco. Ele queria ser o primeiro.
Depois do porre com Schumacher, Vettel seguiu para a Coreia do Sul. E em Yeongam não fez a pole. Aliás, a primeira vez em que a Red Bull não ficou na frente.
E o alemãozinho ficou de bico de novo.
Então, na largada, ele saiu feito um alucinado em busca do primeiro lugar. Sim, ele poderia ter antecipado as férias, poderia entregar o carro ao piloto reserva, mas não. Foi, passou Lewis Hamilton, disparou na frente e tornou a corrida chata.
Venceu mais uma vez. Comemorou como se fosse a primeira da carreira. Comemorou mais ainda por ter feito da última volta a mais rápida.
E confirmou o título de construtores para o pessoal das asinhas.
Desenha-se em Vettel o caminho que Schumacher construiu nos anos de chatice. Falta um recorde? Ele vai lá e quebra. E essa será a motivação, uma gana única, isolada, egoísta.
Porque o restante da Fórmula 1, se Vettel continuar nessa toada, irá aos poucos perdendo temperatura, telespectadores, interesse...

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