sábado, 15 de maio de 2010

Mônaco - o grid

Mônaco sempre provoca algumas surpresas. E, como diria Zagallo, "fomos surpreendidos novamente". Mark Webber colocou sua Red Bull na segunda pole seguida da temporada. Sai na frente e comemorou muito, claro. Todo mundo sabe que, em Mônaco, a pole é um grande passo para a vitória.
Fui surpreendido. Achei que daria Hamilton. Sem motivos, sem argumentos técnicos, puro palpite. Errei por muito. O inglês sai em quinto, logo atrás de Felipe Massa. Para os críticos, Rubens Barrichello larga em 9º com aquela batedeira que chamam de Williams.
Sim, eu sei que meu palpite passa longe da lógica. Até porque essa lógica apontava para Fernando Alonso, o melhor da quinta (sexta)-feira. Mas em Mônaco não existe lógica. E Alonso bateu a Ferrari na entrada do Cassino, quando faltavam 38 minutos para o fim do terceiro treino livre. Parecia algo simples. E foi. Apenas um chassi completamente danificado. O espanhol nem foi para o Qualifyng. Larga em último e, se pontuar, já vai ter motivos para comemorar. Evidentemente, ganhará posições, pois muita gente na frente dele não tem carro para chegar até o fim da prova.
Mark Webber foi o pole, mas o nome do sábado foi Robert Kubica. Nas três partes do treino, o polonês brigou pela pole até o fim e só foi superado nos últimos segundos. No Q1, por Massa, que fez 1min14s757. Depois, por Nico Rosberg, que cravou 1min14s373 no Q2. Webber só tirou a pole do carrinho amarelo da Renault no fim de tudo. Kubica larga em um excelente segundo lugar. Se largar bem, pode tomar a primeira posição. E a corrida é em Mônaco.
Lucas di Grassi sai em 21º e Bruno Senna em 22º. E parece que não chove mesmo na hora da prova. Parece.
O grid
1º Mark Webber (Red Bull) 1min13s826
2° Robert Kubica (Renault)
3º Sebastian Vettel (Red Bull)
4º Felipe Massa (Ferrari)
5º Lewis Hamilton (McLaren)
6º Nico Rosberg (Mercedes)
7º Michael Schumacher (Mercedes)
8º Jenson Button (McLaren)
9º Rubens Barrichello (Williams)
10º Vitantonio Liuzzi (Force India)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Entendido?

"Jamais desrespeitei um treinador e não seria diferente com o Dorival. Minha revolta era comigo mesmo".
Palavras de Rodrigo Mancha, para resumir o treino de pugilismo contra o pobre banco de reservas do Estádio Olímpico, depois de ser substituído na quarta-feira.
Será possível que alguém achou que ele poderia estar revoltado por ter sido sacado? Alguém entendeu assim e ainda perguntou pra ele?
Mancha deveria ficar revoltado mesmo. Primeiro com quem contrata um jogador que tem no currículo um rebaixamento recente. Depois, com quem ainda tem coragem de colocá-lo em campo, com um jogo que poderia estar ganho.
Ou seja, tem todo o direito de se revoltar com o treinador.
Assim como uma boa parte da torcida.
Dorival Júmior é bom. Mas que aprenda com os erros.

Isso porque é Mano

Mano Menezes se supera a cada dia.
Na semana passada, um dia após a eliminação do Corinthians da Libertadores, teve o contrato ronovado, ganhando mais e com a multa lá em cima, além de plenos poderes.
Usou os poderes para eliminar o setor de preparação física. A culpa por Ronaldo não entrar em forma nunca era deles.
Deles menos de Lulinha, filho do presidente Lula, o único mantido no emprego.
Agora, sempre que pode, Mano pega o alfinete.
Tirou Ronaldo e Danilo do jogo contra o Grêmio. Ronaldo sente dores, mas Danilo saiu para aprimorar a forma física.
Mano falou sobre isso, sobre um trabalho que não foi feito.
A gente já sabia de sua covardia ao não assumir a bronca pela eliminação, pois como chefe da comissão técnica deveria ter coordenado todos os setores.
Mas acabar com o emprego das pessoas e ainda ficar pisando depois, é o cúmulo da hipocrisia.
Já tem corintiano acordando...

Um dia depois

A Fórmula 1 completou 60 anos no dia 13 de maio.
O 13 de maio já passou.
E a anta do blogueiro não deu uma linha sequer.
Mea culpa, mea máxima culpa.
E logo no fim de semana de Mônaco.
Parabéns, F1. E obrigado por existir

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mônaco, quinta-feira

Felipe Massa estava comemorando, pois em Mônaco tem de volta os pneus macios que lhe deram um bom desempenho no Bahrein. Mas quem dominou as ruas de Monte Carlo na quinta-feira foi Fernando Alonso, que com a mesma Ferrari não teve problemas com pneus em nenhuma etapa da atual temporada. O espanhol foi o melhor nas duas sessões de treinos livres.
Na primeira, ainda com sol em Mônaco, marcou 1min15s927. Na segunda, com um pouquinho de chuva da metade para o fim, baixou o tempo pata 1min14s904. Vejam, pouco mais de 1 segundo de diferença.
O que mudou foi quem veio logo atrás do espanhol. Na primeira sessão, ele teve as companhias de Sebastian Vettel, Robert Kubica e Mark Webber, com Felipe Massa em quinto. Na segunda, vieram na sequência o leão de treinos Nico Rosberg, depois Vettel e Massa, agora em quarto.
Como eu disse, a chuva veio. Fraca, é verdade, mas veio. E em Mônaco ela é determinante. Tem tanto poder de decisão quanto o treino de sábado. A empresa contratada pela FIA para apresentar a previsão do tempo na Fórmula 1 diz que é grande a possibilidade de chuva no fim de semana.
Não se sabe se por tanques vazios ou por dutos revolucionários, mas muita gente andou saindo de traseira, principalmente na entrada da reta dos boxes. Nem Jenson Button e Michael Schumacher escaparam.
Outro detalhe: como cada treino tem 90 minutos e ninguém tem a obrigação de sair dos boxes. não houve problemas com o tráfego. Só que no sábado são 60 minutos para formar o grid. O Q1 tem tudo para ser problemático.
Sabemos que o treino de sexta (que em Mônaco acontece na quinta) raramente diz alguma coisa, mas se Alonso mantiver o desempenho, comemora. No sábado, quem fizer a pole só perde a corrida para uma tragédia.

Vai limpar essa Mancha

Se houve alguém que errou na noite de quarta-feira, em Porto Alegre, foi Dorival Júnior. Talvez fosse mesmo a hora de sacar Marquinhos do time, se considerarmos que ele tinha um cartão amarelo e havia levado uma pancada no tornozelo. Jamais seria a hora de colocar Rodrigo Mancha em campo.
Além de fraco tecnicamente, Mancha não tem as mesmas características de Marquinhos. É volante de contenção, não faz a ligação entre o meio e o ataque, não conduz, não segura a bola.
Dorival buscou trancar o time no momento em que poderia sair mais para o ataque. Se faz mais um ou dois gols, o Santos praticamente eliminaria o jogo de volta.
Até os 25 minutos do primeiro tempo, o Grêmio estava irreconhecível. O Santos vencia por 2 a 0, dominava a partida e o pênalti defendido por Felipe murchou o Olímpico de vez. O Santos perdeu a chance de golear ainda no primeiro tempo. Porém, o Grêmio não murchou e cresceu ainda no primeiro tempo. Pelo twitter, eu disse que o Santos estava esperando demais o adversário. A medida era inteligente, mas arriscada. E no segundo tempo, o Grêmio voltou a ser Grêmio. Jogou com volume, ofensivamente, fazendo valer o fator casa (detesto esses chavões).
O que Dorival fez? Ao invés de manter a proposta que deu certo no primeiro tempo, resolveu trancar. Melhor segurar o 2 a 0 do que arriscar marcar o terceiro. E manchou uma vitória certa ao colocar em campo um jogador que não tem condições de vestir a camisa do Santos. Em nove minutos, enxergou a besteira que fez. Só que o placar já marcava 2 a 2, com um Grêmio cheio de moral. A virada sria questão de tempo.
Sacar Mancha só mostrou o reconhecimento de uma decisão estúpida tomada nove minutos antes. Os socos que o jogador deu no banco de reservas do Grêmio revelaram o equilíbrio emocional que certos atletas têm.
Mas ninguém pode pôr a culpa no Mancha. Ele não tem culpa se um clube o contrata depois de ter sido rebaixado no ano anterior. E menos culpa ainda se o treinador, sabedor de sua nenhuma qualidade, o coloca em campo em um jogo decisivo.
Todo mundo tem mais 90 minutos para tentar consertar essa besteira. Resta saber se não vão tentar arrumar com outra besteira...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Onde está o respeito?

Fábio Costa recuperado de contusão, com a forma física em dia e sem ficar nem no banco de reservas do Santos.
Cedo ou tarde a verdade iria aparecer.
O Santos está louco para se livrar de Fábio Costa.
O goleiro tem um dos salários mais altos do elenco e não tem o perfil do que se costuma chamar de um jogador de grupo.
Não se vê Fábio Costa brincando na concentração. Tampouco puxando as rodinhas de pagode. Ele tem outro perfil. Fica na dele, é mais retraído. E, dentro de campo, cobra. Briga com a zaga, chama a atenção do meio de campo e pede eficiência ao ataque. Quando falha, é o primeiro a sentir. Pierre chutou de longe no Palestra Itália, nas semifinais do Campeonato Paulista de 2009. Fábio Costa engoliu um frangaço e imediatamente levantou o braço para se desculpar. Não botou a culpa em quem deixou o palmeirense chutar.
Um verdadeiro capitão.
O que dificulta é o contrato ter validade até o final de 2013.
O que facilita é o goleiro ter ampla ligação com a administração anterior do clube.
Entenderam agora?
Falta de respeito é pouco. O jogador está no clube há 10 anos (exceção aos dois anos em que passou pelo Corinthians), ganhou quatro títulos, é ídolo, símbolo da garra. Merecia um tratamento digno.
Se tem jogador que não gosta dele, que resolva essa besteira. É evidente que o momento é do Felipe, mas permitam a Fábio Costa disputar a posição.
Fábio Costa é um dos maiores ídolos dos últimos 20 anos. Está na mesma condição de Giovanni, Diego, Robinho, Elano, Alex, Zé Roberto...vão mandá-lo embora por picuinha política?
Parece brincadeira. E espero que seja...
Se tem alguém no Santos que ainda não conhece Fábio Costa, aqui vai algo para refrescas a memória...


http://www.youtube.com/watch?v=JQ7oKb_GCeI&feature=related

70 anos


12 de maio. O Autódromo de Interlagos completa 70 anos.
Não há como falar em automobilismo sem citá-lo.
Muita gente boa correu os primeiros metros da carreira na pista ou no kartódromo.
A pista original foi reduzida quase pela metade. O sentido anti-horário é um desafio.
Não dá para esquecer aquela gelada manhã de domingo. Era um mero campeonato de marcas e pilotos. Para quem entrava pela primeira vez no autódromo, uma emoção inigualável. Sem cobrança de ingressos, a reta dos boxes foi o local escolhido. Largadas diante dos meus olhos, pit stops a poucos metros de distância. Toda a movimentação até então reduzida às 20 polegadas de um aparelho de TV estava ali, ao vivo, bastava olhar.
Voltaria a Interlagos pouco tempo depois, para rachar a cuca debaixo do sol no Setor G, em frente à reta oposta, para ver Kimi Raikkönen ser campeão do mundo. No sábado, as lágrimas vieram quando o primeiro carro rasgou a reta nos treinos livres. Sim, era verdade...
Um ano depois, a torcida gritava no meu ouvido, pois Felipe Massa era campeão. Lewis Hamilton estava em 6º e eu vi quando ele ultrapassou com facilidade um retardatário. Retardatário? Não, Timo Glock. O monitor mostrou. Hamilton cruzou em quinto e foi campeão. O autódromo murchou e a chuva, que até então rondava o circuito, resolveu desabar.
Interlagos é isso; uma emoção que começa no momento em que você fica sabendo que vai para lá.
Talvez por momentos como este. Eu tinha 16 anos e a situação financeira não permitia a presença no autódromo. Mas vai ser difícil um momento como este se repetir. Fica para a história.
Feliz aniversário, Interlagos!!



http://www.youtube.com/watch?v=WKVReS5ll2k

Treino de quinta

Em Mônaco, o calendário dá uma alterada básica.
A sexta-feira é dedicada às papagaiadas consequentes da presença da Fórmula 1. É o dia dos eventos entre pilotos e patrocinadores. Em suma: o cara que paga leva a mulher, o cunhado, o primo e os filhos para tirarem fotos com o piloto. Depois, ele vai mostrar aos amigos que é íntimo deste ou daquele. Para os fotógrafos, é a data reservada para clicar as garotas nos iates. Isso se a chuva permitir.
Assim, o treino de sexta vira treino de quinta. E os carros vão para a pista já na quinta, às 5h e às 9h, com transmissão do Sportv.
Se você não puder acompanhar, tem o resumo aqui. Isso se a Nefasta Enganando Trouxas permitir...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Gostou? Eu não

Goleiros
Júlio César (Internazionale)
Gomes (Tothenham)
Doni (Roma)
Laterais
Maicon (Internazionale)
Daniel Alves (Barcelona)
Gilberto (Cruzeiro)
Michel Bastos (Lyon)
Zagueiros
Juan (Roma)
Lúcio (Internazionale)
Luisão (Benfica)
Thiago Silva (Milan)
Meio-campistas
Gilberto Silva (Panathinaikos)
Felipe Mello (Juventus)
Josué (Wolfsbug)
Kleberson (Flamengo)
Elano (Galatasaray)
Ramires (Benfica)
Kaká (Real Madrid)
Júlio Baptista (Roma)
Atacantes
Luís Fabiano (Sevilla)
Nilmar (Villareal)
Robinho (Santos)
Grafitte (Wolfsburg)
E aí? Gostou? Eu não...
No meu time tem lugar para Ronaldinho Gaúcho. No meu time tem lugar para Paulo Henrique Ganso. Não sei se teria para Neymar, Alexandre Pato e Adriano, mas no de muita gente eles seriam até titulares. E, com todo respeito ao Doni, mas Victor é melhor.
Mas essa é a Seleção da Copa. Campeã, consagra o convicto Dunga. Derrotada, crucifica o teimoso Dunga.
O que você achou? Opine.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Uma pergunta

"Dunga, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho e Alexandre Pato estão fora da lista. Por quê?"
Escreva a resposta que você acha que o treinador dará. Imagine que ele será extremamente fino e ponderado para usar bem as palavras corretas.
Só não vale palavrão...

Sem volta

Em pouco tempo, Dunga estará diante de câmeras e microfones para anunciar a Seleção Brasileira que buscará o sexto título mundial na África do Sul. E como será essa Seleção? Teremos um time pragmático, com nomes que não fazem muita diferença, mas que estão no grupo desde 2007, ou o treinador atenderá ao lobby e levará Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Ganso...?
Conhecendo o sr. Carlos Caetano Verri, a esperança de uma renovação parcial do time na última hora é quase nula. Dunga vem da escola de Carlos Alberto Parreira e é tão teimoso quanto. Não convoca jogadores por apelos populares, ao contrário do que faria Zagallo, por exemplo. Por um lado, não está errado. Tem um grupo se formando há três anos e existe um certo entrosamento. E o fato de levar Neymar, Ganso e outros não lhe garante o título mundial, até porque eles não seriam titulares.
A Copa do Mundo é um risco sempre e Dunga vai se arriscar de qualquer forma. Digamos que atenda aos apelos e ganhe a Copa. Vira gênio. Porém, se perder, será criticado. Não teve personalidade para manter o time que tinha em mente, sabe que não se convoca seleção por lobby e queimou os garotos, que agora ficarão marcados pela derrota.
Agora, vamos inverter. Dunga não leva ninguém. Ganha a Copa e vira gênio. Teve personalidade e posições firmes. Perde e vai ter que morar em outro país.
Em tudo isso está a questão cultural. A Seleção de 1994 foi maravilhosa e a de 1982 um fracasso. Brasileiro vê o resultado final. Hoje, Zico é um gênio que poderia errar, pois acontece com qualquer um. Em 1986, era um amarelão que não sabia nem bater pênalti. Dunga sabe que enfrentará a fúria tupiniquim se não ver com o título, embora seja difícil levantar a taça. Não pelo time brasileiro, mas porque a Copa é difícil por natureza.
E insisto: será surpresa se anunciar algum nome implorado pela população. É mais provável que encha a boca para dizer "Josué, Felipe Melo..." e depois justifique suas escolhas daquela forma doce e ponderada como só o treinador sabe falar. Afinal, na opinião de um phd em Jornalismo como ele, a Imprensa são sabe nada. Ele sim...

Depois de Barcelona

Está mais do que claro o paradoxo criado pela entrada de novas equipes na Fórmula 1 em 2010. Ao mesmo tempo em que a categoria mostrou-se prestigiada e venceu a monotonia dos 20 carros no grid, um monstro foi ganhando forças e agora resolveu mostrar sua verdadeira face: a disparidade entre os times.
É possível dividir a Fórmula 1 de hoje em quatro escalões:
1- A elite: Ferrari, McLaren e Red Bull são os times que brigam pelo título. O Mundial de 2010 será conquistado por um entre seis pilotos e, fatalmente, um desses três times levará o campeonato de construtores.
2- A quase elite: Mercedes e Force India são equipes que iriam mais longe se não houvesse as equipes da elite. E aí temos um paradoxo dentro de outro. Enquanto a Mercedes vem com a fama da antiga Brawn GP, campeã de 2009 e candidata ao título até o início desta temporada, a Force India surge como um time que jamais conseguiria nada e hoje até que dá um trabalho. E aí aparece o empate entre as equipes.
3- Os figurantes: Williams, Toro Rosso, Renault e Sauber não estão nem lá, nem cá. Ficam ali, brigando pelo décimo qualquer coisa lugar e, quando vão ao Q3 nos treinos, comemoram.. Lamentável termos duas equipes campeãs do mundo neste grupo.
4- Os trapalhões: Lotus, Virgin e Hispania poderiam vir a público e dizer o que estão fazendo na Fórmula 1. Enquanto os projetistas elaboram carros com tanques menores, caso da Virgin, os pilotos passam vergonha nas pistas. Bruno Senna começa, injustamente, a cair em descrédito diante da inevitável e cruel comparação com o tio.
O grande problema neste momento é que a Fórmula 1 segue nesta semana para Monte Carlo. O GP de Mônaco, o mais antigo, bonito e tradicional da categoria, é um dos piores em termos de corrida. Se em Barcelona tivemos pilotos quase parando os carros na hora de tomar uma volta e os que tentavam ultrapassá-los tendo enormes dificuldades para vencê-los, o que vai acontecer nas ruas do principado, onde não há pontos de ultrapassagem? Vai ser em Mônaco que a Fórmula 1 enxergará na prática a disparidade entre as equipes e o quanto os candidatos à vitória vão sofrer nas mãos dos que buscam espaço.
Aliás, espaço é o que vai faltar para quem quiser vencer...

domingo, 9 de maio de 2010

A monotonia de Barcelona

"O ano vai começar agora". "Em Barcelona o campeonato inicia de verdade". "As equipes trabalharam para a fase europeia". "Os autódromos da Europa são muito melhores".
Muita coisa foi dita nas últimas três semanas. E o GP da Espanha foi uma das corridas mais chatas da temporada. Deu Mark Webber, de ponta a ponta. E praticamente uma fila indiana na pista. Não fosse o estouro do pneu dianteiro esquerdo do carro de Lewis Hamilton na penúltima volta e a prova seria ainda mais monótona. Fernando Alonso foi o segundo e Sebastian Vettel o terceiro.
Uma emoçãozinha básica só foi vista na primeira curva, quando Sebastian Vettel tentou tomar a primeira posição do companheiro e Alonso achou que dava para ir na carona. Webber não permitiu, fechou os espaços e foi embora para a vitória.
Os pit stops decidiram a sorte apenas de Vettel. Na saída da primeira parada, ele foi ultrapassado por Hamilton. Como o pit stop do alemão não foi bem sucedido, ele precisou entrar novamente. Fernando Alonso, que não tinha esse problema, ganhou a posição.
A fila, então, era: Webber, Hamilton, Alonso e Vettel. As contas já estavam feitas para definir a nova classificação quando o pneu da McLaren traiu o campeão mundial de 2008, que não teve outra opção senão bater no muro. Alonso e Vettel herdaram as posições.
Em tempo: Michael Schumacher foi o quarto colocado, Jenson Button o quinto e Felipe Massa o sexto. Rubens Barrichello e Lucas di Grassi ficaram lá atrás. Bruno Senna saiu na primeira volta. Massa ainda deu uma batidinha de leve na Hispania de Karun Chandhok e teve parte da asa dianteira danificada. Mas não se comprometeu na pista.
Button continua na liderança do campeonato, com 70 pontos. Alonso, que fez a festa espanhola em Barcelona, tem 67 e é o vice líder. Vettel tem 60 e Mark Webber, 53. Massa está lá embaixo, com 47.
Domingo que vem tem Mônaco. Bonita, charmosa e uma péssima corrida.