sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Obediente

"Nunca levantei placa de igreja; somente a de Deus".
"O presidente acha que eu saí por isso. Acho que não foi. Foi pelo que aconteceu no jogo com o Flamengo. Como aquele homem que disse que, se eu saísse, o Santos iria para a Libertadores. Eu saí e o Santos não se classificou".
"A Bíblia manda obedecer as autoridades e eu vou acatar. Se não puder falar aqui, falo na rua, na igreja ou em casa".
"Religião não salva ninguém; o que salva é o relacionamento com Deus e isso eu tenho".
Esse é Roberto Brum, falando ao competente jornalista Luciano Ribeiro sobre aquele tópico da cartilha do Santos.
Sim, ele voltou...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Amor?

Ronaldo passou a vida inteira dizendo que adoraria jogar no Flamengo, por ser seu clube de coração. Ficou meses no Rio de Janeiro, foi contratado pelo Corinthians e hoje é odiado por boa parte da torcida Rubro-Negra. Chega a São Paulo dizendo querer encerrar a carreira no Parque São Jorge. No Réveillon, aparece em uma foto vestindo a camisa do Flamengo (pode ser montagem, nada foi comprovado) e parte da torcida corintiana torce o nariz.
Roberto Carlos passa a vida inteira declarando-se torcedor do Santos e diz que quer encerrar a carreira na Vila Belmiro. Contratado pelo Corinthians, usa o Santos para desviar o foco da imprensa e anuncia que vai encerrar a carreira no Parque São Jorge. Tem santista xingando até agora.
Viola era do Corinthians, marcou um gol contra o Palmeiras e imitou um porco. Três anos depois, como jogador do Palmeiras, marcou um gol no Corinthians e imitou um gavião.
Romário, jogando pelo Flamengo, fez um gol no Vasco e mandou a torcida cruzmaltina ficar calada. Foi marcar o milésimo gol pelo Vasco.
Edmundo, jogando pelo Flamengo, apontou a genitália para a torcida do Vasco. No ano seguinte, era ídolo em São Januário.
O amor de Ronaldo pelo Flamengo é tão grande que ele não tentou jogar na Gávea quando era mais jovem e tinha os joelhos inteiros. A paixão de Roberto Carlos pelo Santos não o levou à Vila Belmiro aos 25, 26 anos. Careca amava tanto o Santos que jogou três meses por lá, só para encerrar a carreira.
Oxalá o torcedor entenda um dia: jogador é profissional. Joga onde pagam melhor. Essa história de amor à camisa é ótima para enganar inocentes. Amor à camisa é o cara entrar em campo e corresponder ao clube que paga seu (por vezes polpudo) salário. E acabou. Qualquer outra discussão representa perda de tempo, de papel e de paciência...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

É ter fé


Os jogadores do Santos têm agora um Manual de Boas Maneiras. É verdade. O clube vai distribuir uma cartilha para reger o comportamento dos atletas dentro e fora dos gramados. Alguns tópicos são importantes. Outros...
A partir de agora, nada de levantar a camisa na hora de comemorar um gol. Faz sentido. Na hora em que todas as câmeras de TV e dos jornais vão em cima do jogador, ele esconde o nome do patrocinador. Claro que o que vale é a festa e o mais importante na camisa é o escudo do clube, mas o futebol não sobrevive mais sem esse povo que paga (e às vezes paga muito) para estampar a marca naquele espaço. Portanto, eles têm que aparecer na hora em que a audiência aumenta.
Outra coisa: está em viagem com o clube, está na concentração, todo mundo com uniforme. Boa medida; organização é importante.
Uma regra melhor ainda: todos, mas todos mesmo, vão atender a Imprensa. Chega de se esconder do torcedor. O jogador recebe os tubos com direito de imagem e depois desaparece, porque "não gosta de dar entrevistas". Kléber Pereira é assim. Adora receber pelo direito de imagem, mas detesta dar a cara para bater.
Aí vem o tópico que proíbe manifestações religiosas. Quer dizer, nada de ficar citando a Bíblia em entrevistas, nada de camisetas com dizeres bíblicos, nada disso. O argumento é o respeito à fé alheia. A maior parte dessas manifestações vêm dos jogadores evangélicos e os que seguem outros tipos de fé não teriam essa liberdade.
Na verdade, todos têm liberdade para professar a fé, basta agir. Roberto Brum é evangélico fervoroso, fala mesmo de Deus e não está nem aí se vão dar risada dele. Se tiver jogador católico, espírita, umbandista, ateu, que professe. Nunca foram proibidos. Ou melhor, agora são, tanto eles, quanto os evangélicos.
Do que se sabe até agora sobre a cartilha, esse é o único tópico que representa uma bobagem. O jogador acredita em determinado segmento. E daí? Há quem argumente: "ah, mas os outros têm direito de dizer no que acreditam". E quem disse que não tinham o direito antes? Não disseram porque não quiseram. Se os evangélicos não tiveram vergonha de mostrar no que acreditam, que bom para eles.
Agora, é saber se tudo será cumprido. Sinceramente, aguardo com mais expectativa o cumprimento do tópico sobre exposição na mídia...

Se merecem

“Ele será bem-vindo se voltar. Ele é um grande personagem da Fórmula 1, mas não tenho certeza se quer isso agora”.
Frase de Bernie Ecclestone, ao saber que Flavio Briatore conseguiu na Justiça francesa o direito de retornar à Fórmula 1.
Em abril do ano passado, o mestre Claudio Carsughi disse ao blogueiro, por telefone: "Se você tiver 500 milhões de dólares, Bernie Ecclestone organiza uma corrida no Parque do Ibirapuera".
Se merecem...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

É grana


Então o Corinthians fechou com um patrocinador por R$ 41 milhões. Parabéns. Esse valor era inimaginável no Brasil.
Ontem, debaixo dos 60 graus que fazia em São Paulo, Luis Paulo Rosemberg mantinha um discurso humilde. "Pode ser, quem sabe, não é tudo isso, vamos resolver o quanto antes". Fez o certo. Nada de alarde, nada de pompa, tudo divulgado só quando pudesse.
Seria muito bom se o Corinthians agisse dessa forma em tudo, principalmente na hora de mostrar interesse em algum jogador. Evitaria a supervalorização ou a decepção.
Por falar em interesse, Rosemberg disse que jamais foi à Argentina para tentar trazer Riquelme. Negou e disse que isso é coisa de "interessados". Andrés Sanchez só confirmou o interesse no zagueiro Henrique, mas está difícil.
Mário Gobbi não falou. Que bom. Ele não fala com a mídia impressa. Diz que esse pessoal inventa coisas e escreve o contrário daquilo que ele diz. Talvez seja melhor escrever o contrário do que publicar o que ele quer dizer...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Roberto Carlos chegou

Roberto Carlos chegou ao Corinthians. Debaixo de um sol de todos os graus possíveis, saudou a torcida, vestiu a camisa, fez juras de amor ao clube e disse que quer ganhar a Libertadores. Nothing else matters.
Disse também que quer encerrar a carreira no clube. Depois, volta ao Real Madrid para ser embaixador, consultor ou qualquer coisa parecida. Jogador profissional de futebol, são dois anos ou um pouco mais no Corinthians. E só.
A torcida acreditou, os dirigentes também. Resta saber se ele poderá cumprir a promessa. Talento ele tem e está esbanjando confiança. Sabe que, se não jogar direito, não fica, mesmo com toda a história que tem no futebol. Se cumprir o que prometeu, vira ídolo no Parque São Jorge.
Foi muito mais fácil do que a apresentação do Ronaldo. Menos gente e só a imprensa séria. nada de jornalismo engraçadinho. O calor estava demais. E o blogueiro, para não vir com uma camisa verde, escoheu estrategicamente uma preta. Ainda bem que nada sala de Imprensa tinha ar condicionado...e que o protetor solar não havia acabado...