quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

É ter fé


Os jogadores do Santos têm agora um Manual de Boas Maneiras. É verdade. O clube vai distribuir uma cartilha para reger o comportamento dos atletas dentro e fora dos gramados. Alguns tópicos são importantes. Outros...
A partir de agora, nada de levantar a camisa na hora de comemorar um gol. Faz sentido. Na hora em que todas as câmeras de TV e dos jornais vão em cima do jogador, ele esconde o nome do patrocinador. Claro que o que vale é a festa e o mais importante na camisa é o escudo do clube, mas o futebol não sobrevive mais sem esse povo que paga (e às vezes paga muito) para estampar a marca naquele espaço. Portanto, eles têm que aparecer na hora em que a audiência aumenta.
Outra coisa: está em viagem com o clube, está na concentração, todo mundo com uniforme. Boa medida; organização é importante.
Uma regra melhor ainda: todos, mas todos mesmo, vão atender a Imprensa. Chega de se esconder do torcedor. O jogador recebe os tubos com direito de imagem e depois desaparece, porque "não gosta de dar entrevistas". Kléber Pereira é assim. Adora receber pelo direito de imagem, mas detesta dar a cara para bater.
Aí vem o tópico que proíbe manifestações religiosas. Quer dizer, nada de ficar citando a Bíblia em entrevistas, nada de camisetas com dizeres bíblicos, nada disso. O argumento é o respeito à fé alheia. A maior parte dessas manifestações vêm dos jogadores evangélicos e os que seguem outros tipos de fé não teriam essa liberdade.
Na verdade, todos têm liberdade para professar a fé, basta agir. Roberto Brum é evangélico fervoroso, fala mesmo de Deus e não está nem aí se vão dar risada dele. Se tiver jogador católico, espírita, umbandista, ateu, que professe. Nunca foram proibidos. Ou melhor, agora são, tanto eles, quanto os evangélicos.
Do que se sabe até agora sobre a cartilha, esse é o único tópico que representa uma bobagem. O jogador acredita em determinado segmento. E daí? Há quem argumente: "ah, mas os outros têm direito de dizer no que acreditam". E quem disse que não tinham o direito antes? Não disseram porque não quiseram. Se os evangélicos não tiveram vergonha de mostrar no que acreditam, que bom para eles.
Agora, é saber se tudo será cumprido. Sinceramente, aguardo com mais expectativa o cumprimento do tópico sobre exposição na mídia...

Um comentário :

  1. Concordo com a cartilha,acho que ten que usar o uniforme e tratar bem a imprensa,istoé bom e promove o clube, agora em relação à religião, é besteira mesmo.

    As manifestações religiosas sempre existiram por parte dos católicos no futebol, e atualmente os evangélicos estão dandomais o ar da Graça.

    Sinceramente é melhor ter como exemplo de atletas para nossos jovens caras como o Kaká na Seleção e o Brum no Santos do que beberrões inveterados com os quais o futebol sempre teve que conviver.

    Nada contra ninguém, Garrincha era assim, mas jogava uma bola que tá louco, mas é de uma época que se amava jogarbola e a camisa mais que tudo.

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