sábado, 12 de maio de 2012

Hoje sim

Manhã de 12 de maio de 2002.
Com apenas 10 dias de jornal, parti para a cobertura dos 10KM Tribuna FM.
Uma pauta tranquila: procurar as figuras que participam da prova fantasiadas, conseguir fotos exóticas. Mostrar a prova por um lado mais leve.
Foi fácil também porque esse tipo de matéria se faz na concentração, antes da largada.
Ou seja, depois da largada, eu só tinha que voltar para a redação e escrever a matéria.
E a largada era na porta do jornal.
Ou seja, a vida estava fácil.
Ao subir, encontrei a redação praticamente vazia.
Na verdade, só estava lá o Duda, contínuo, gente boníssima.
Estava concentrado em uma das televisões.
Porque Rubens Barrichello liderava o GP da Áustria.
Minutos depois, começamos a rir.
Um riso que não vinha propriamente do bom humor, mas da raiva, indignação.
Não por ser um brazuca, mas pelo fato em si.
Foi há exatos 10 anos.
O Duda lembra bem desse dia.
O mundo jamais o esqueceu...


terça-feira, 8 de maio de 2012

Gilles Villeneuve, 30 anos

Lá se vão 30 anos sem Gilles Villeneuve, lembrou o brilhante Reginaldo Leme.
Reginaldo divulgou uma foto no Twitter em que entrevistava o piloto e lembrou da loucura que foi aquele fim de semana in loco para ele.
Pra nós da banda de cá, ficam as imagens (fortes, por sinal).
Os 30 anos em 15 segundos, nada mais...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Parabéns, Guarani!

Faltavam dois dias para o primeiro confronto entre Santos e Guarani pelas finais do Campeonato Paulista. O apelo jornalístico da decisão levou-me a Campinas, mais precisamente ao reduto bugrino, para contar a história pelo lado verde da decisão, o aque particularmente sempre considerei muito interessante.
Eis que se não quando, enquanto o Guarani se preparava para treinar em seu belíssimo estádio, surge um tal de Amoroso, já ouviu falar?? É um cara que jogou um pouquinho só, quase nada. Digamos que é mais um injustiçado por não ter ido a uma Copa do Mundo, por exemplo. Amoroso era o Neymar de 1994, quando só se falava nele. Deu azar de sofrer uma contusão no joelho. Teve tempo para brilhar aqui e na Europa.
Em suma, era craque. Jogava muito.
Além de tudo é gente boa. Bem-humorado, de boa conversa. Perguntei sobre marcação em Neymar, se é que isso é possível e a resposta dele foi.
"Tem que tentar parar na bola, nada de violência. Se não der pra parar na bola, deixa o menino jogar que o Brasil agradece".
No mesmo dia, Oswaldo Alvarez, técnico do Guarani, prometeu que o time dele faria quase tudo para evitar que Neymar brilhasse. Só não iria bater.
Pois chegou o domingo, o Guarani não bateu e Neymar marcou dois gols, fora algumas jogadas e arrancadas características dele.
Neymar fez o que sabe. E Vadão cumpriu a promessa. O Guarani não bateu. Chegou junto, chegou duro, o que é normal, faz parte desse planeta chamado Bola. Bater, jamais. E teve volume de jogo, sobretudo no primeiro tempo. Não deu sufoco, não criou a chamada "real chance de gol". Mas foi bem, muito bem. Marcou, não deixou o Santos jogar no primeiro tempo. O primeiro gol santista só saiu porque PH Ganso acertou um chute de fora da área. Entrar na área não dava. O Bugre tentou manter o mesmo sistema no segundo tempo, mas o primeiro gol de Neymar quebrou qualquer esquema.
E mesmo perdendo por 3 a 0, sem fôlego nem forças para tentar diminuir o prejuízo, o Guarani não bateu, não apelou.
Uma atitude que começou em um treinador de extremo caráter como Vadão e passou por um time formado por jogadores dispostos a mostrar que têm talento, que podem ir longe, que sabem jogar.
O Guarani perdeu com dignidade, sem apelar, sem ser humilhado. Está de parabéns por reerguer o nome de um clube que tantos jogadores espetaculares já revelou, que sempre deu trabalho aos chamados gigantes. Um bom perdedor, composto por jogadores que logo se mostrarão excelentes vencedores...