sábado, 26 de junho de 2010

Valencia - o grid

"Bem-vindo de volta ao mundo dos poles".
Bonito discurso da Red Bull pelo rádio. Falta só ganhar uma corrida efetivamente.
O que importa é o que aconteceu até aqui. Sebastian Vettel sai na frente no GP da Europa. Cravou 1min37s587 no Q3 e não foi mais superado. O pessoal das asinhas fez a dobradinha, com Mark Webber em segundo. Lewis Hamilton sai em terceiro.
Fernando Alonso poderia ter ido além do quarto lugar, mas parece que a Ferrari não queria isso. O carro não colaborou. Massa sai em quinto.
A se destacar a presença das Williams entre os 10 primeiros. Nico Hulkemberg sai em 8º e Rubens Barrichello em 9º. Bom resultado para a equipe, mas bate uma frustração em Barrichello. Foi em Valencia a primeira vitória dele em 2009.
E a Renault quis ameaçar a festa austríaca. Robert Kubica (que sai em 6º, com Vitaly Petrov em 10º) foi o mais rápido no Q1, com 1min38s132. Mas o sábado foi de Vettel, que já tinha sido o melhor pela manhã e no Q2 mandou 1min38s015.
Só falta ganhar a corrida. E entre ser pole e vencer há um oceano. Primeiro porque Vettel não vence há seis etapas. Segundo porque ele é Vettel, com seus altíssimos índices de talento, arrojo e...precipitação. Lembra o estilo Hamilton. Pode perder para si mesmo.
Ficou claro que vencerá a prova quem souber trabalhar melhor com os pneus. Desde sexta, anda mais rápido quem coloca os compostos duros. A minha estratégia estava montada: se coloca no grid com pneus duros, troca por macios para a prova, dá duas ou três voltas e bota os duros pra ir até o fim da prova.
Espertinho...isso não pode.
É obrigatório largar com os pneus da última volta de classificação. Portanto, quem se pôs no grid com compostos duros vai sofrer na corrida.
E o que isso indica? Que fica mais difícil apostar em um vencedor.
O grid
1- Sebastian Vettel (Red Bull)
2- Mark Webber (Red Bull)
3- Lewis Hamilton (McLaren)
4- Fernando Alonso (Ferrari)
5- Felipe Massa (Ferrari)
6- Robert Kubica (Renault)
7- Jenson Button (McLaren)
8- Nico Hulkemberg (Williams)
9- Rubens Barrichello (Williams)
10- Vitaly Petrov (Renault)
11- Sebastien Buemi (Toro Rosso)
12- Nico Rosberg (Mercedes)
13- Adrian Sutil (Force India)
14- Vitantonio Liuzzi (Force India)
15- Michael Schumacher (Mercedes)
16- Pedro de la Rosa (Sauber)
17- Jaime Alguersuari (Toro Rosso)
18- Kamui Kobayashi (Sauber)
19- Jarno Trulli (Lotus)
20- Heikki Kovalainen (Lotus)
21- Lucas di Grassi (Virgin)
22- Timo Glock (Virgin)
23- Karum Chandhok (Hispania)
24- Bruno Senna (Hispania)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Nem Eu Tolero

Portugal e Brasil faziam um péssimo jogo em Durban. Poucos ataques, baixa criatividade, Brasil classificado. Sim, o interesse era mínimo.
Mas é jogo de Copa do mundo, algo que só acontece durante um mês a cada quatro anos. Cada momento pode entrar para a história.
Primeiro tempo perto do fim e a imagem da TV trava...sim, quem tem TV a cabo sabe: o sinal vai cair. Não foi uma queda rápida. Não foi pelo excesso de aparelhos ligados. O sinal caiu porque...caiu.
Pelo rádio, vamos até o fim do primeiro tempo. No intervalo, decidi contrariar meus princípios. Depois que a NET desligou o telefone na minha cara em outra oportunidade, resolvi ligar para lá apenas uma vez: no dia em que fosse cancelar minha assinatura.
Não iria cancelar assinatura na hora do jogo de uma Copa do Mundo. O ano tem mais 11 meses e faltam 47 para a próxima Copa (da qual espero participar in loco). Mas naquele instante, havia apenas uma intenção: parabenizar a NET. Sim, parabenizar. Porque só uma empresa muito capacitada pode ter uma queda de sinal no exato instante em que a seleção do país o qual a empresa diz representar está em campo, mesmo que o jogo nada mais valha.
Não consegui. A gravação não permitiu. Disse a voz do outro lado da linha que havia um problema técnico e que a empresa (?) estava "fazendo de tudo para resolver". O serviço seria normalizado a partir das 16h30. E nada de opção de falar com atendentes.
Bom, pelo horário brasileiro, o jogo acaba por volta de 12h45. Se a TV voltar às 16h30, no máximo dá para acompanhar o segundo tempo do jogo da Espanha. E imagino o "tudo" que estava sendo feito para resolver. Pipocas, amendoins, bebidas e técnicos da empresa (?) com os rostos pintados de verde e amarelo. Sim, porque o sinal deles não cai.
Como dizem que para tudo há uma saída, fui buscar a minha: menu da TV, muda a antena de cabo para normal e acha uma emissora de TV aberta. Achei. Imagem chuviscada, péssima narração e comentários nefastos. Ao menos estou de volta ao planeta.
Como vocês sabem, as prestadoras de serviços podem ter problemas técnicos. Talvez eu tenha um problema financeiro na hora de pagar a próxima fatura...ah, eles não aceitam esse argumento. É um sistema democrático: você paga a fatura integralmente e recebe 60% do serviço. E cala a boca!
Gostaria de saber se o pessoal da Sibéria passa pelo mesmo problema. Aliás, se jogassem Brasil x Sibéria, teríamos esse problema? Sei lá...Skavurska!!

Valencia - sexta-feira

Chato, chato, chato. Que treininho monótono. Com os minutos passando para o início de Portugal x Brasil, só gostando muito dessa tal de Fórmula 1 para falar dela em dia de jogo. Dizem que treino de sexta não vale nada. E um jogo em que o Brasil já entrou classificado valia alguma coisa??
Tinha que gostar muito para acompanhar o treino também. Muito, muito monótono...
GP da Europa, em Valencia. Sim, neste fim de semana.
Pelo menos houve festa doméstica. Deu Fernando Alonso, com 1min39s283, com Sebastian Vettel em segundo e Mark Webber em terceiro.
E o leão de sexta? Nico Rosberg foi o quarto, mas para não deixar o script de lado, mandou nos primeiros treinos livres. Ficou em primeiro, com 1min41s175.
A atividade da tarde até que começou bem, com uma briguinha entre Alonso, Webber e Lewis Hamilton pela volta mais rápida. O espanhol cravou logo o tempo que não seria mais batido e os testes passaram a ser concentrados nos pneus. E o pessoal percebeu que o negócio é sair com os compostos duros. Pneus moles em pista quente significam voltas mais lentas.
Foi só. To dizendo que foi chato. E ficou tudo para sábado.
Ah, Felipe Massa foi o sétimo e Rubens Barrichello o décimo. Di Grassi e Senna? Deixa pra lá...
Pelo menos Alonso disse: "Estou aqui; na minha casa mando eu".
Vamos ver se é verdade...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mano? Pode ser

O Corinthianismo que toma conta de boa parte da Imprensa esportiva coloca Mano Menezes no lugar de Dunga, logo após a Copa do Mundo.
Pelo menos é isso que mostram alguns textos em que a especulação foi abordada.
Está claro que os autores escreveram, com outras palavras: "Mano Menezes é o melhor técnico do Brasil porque é do Corinthians. Mano vai substituir Dunga, por ser do Corinthians".
Não duvido da possibilidade de Mano pegar a Seleção Brasileira. Só estou falando da "imparcialidade".
E o que levaria Mano a pegar a bucha chamada Seleção?
Há razões bem racionais para isso.
Andrés Sanches, presidente do Corinthians, é o chefe da delegação brasileira na África do Sul. Há um mês, dá "bom dia" e "boa noite" a Ricardo Teixeira todos os dias. E descobriu há tempos que precisa ter boa realção com o mandatário da CBF. O Piritubão, que desestimulou qualquer esforço para fazer do Morumbi o estádio paulista para a Copa de 2014, será entregue ao Corinthians depois. Podem escrever.
Outra coisa: depois da Copa, Ricardo Teixeira se dedica só à organização para 2014. E precisa de alguém que toque o bonde na Seleção. Mano é bom nessa parte.
E Dunga está fora. Campeão ou não. Mais do que uma picuinha com a Globo, está arrumando problemas com os patrocinadores da Seleção. Tem gente meio desgostosa por investir em um time que trabalha escondido, ou seja, sem o nome do patrocinador aparecer para o mundo, e que tem um treinador destemperado. Imagine o nome de sua empresa exposto no momento em que Dunga troca a ferradura e dá mais uma de suas tradicionais patadas.
Acredito, sim que Mano possa ir. Por politicagem, por interesses, jamais pelo coração de quem o quer por lá.

Valencia chegando; F-1 mudando

Ao contrário do blogueiro, a Copa do Mundo está a plenos pulmões...
E a Fórmula 1 não dá a mínima para isso.
Tivemos o GP do Canadá com um encaixe na programação, teremos o GP da Europa neste final de semana e no dia da final (11 de julho) haverá o GP da Inglaterra.
E seria bom acompanhar o que vai acontecer em Valencia. A previsão do tempo é de sol na cidade espanhola. Pista seca, portanto. E, se fizer calor, haja pneus.
Por falar em pneus, o Maurício, grande colaborador deste blog, deu o alerta e me levou a correr atrás das informações. Muita coisa muda na Fórmula 1 em 2011. Vamos a algumas:
1- O Kers está de volta. Sim, teremos a energia das freadas reaproveitada na aceleração, para facilitar as ultrapassagens. Kimi Raikkönen usava direto esse recurso em 2009.
Opinião do blogueiro: bom, muito bom.
2- Asas traseiras comandadas pelos pilotos. Isso mexe na aerodinâmica e facilita ultrapassagens. Há regras nisso: só pode a partir da segunda volta e se o carro estiver a uma distância máxima de 1s do carro da frente.
Opinião do blogueiro: é válido.
3- Voltaram os 107%. Isso quer dizer o seguinte: pega-se o tempo de volta do pole position no treino oficial, ou seja, depois do Q1, com o grid definido. Se algum outro piloto tiver um tempo de volta a partir de 107% a mais que o do pole, está fora da corrida.
Opinião do blogueiro: excelente, os times menores terão que se coçar.
4- Estuda-se estabelecer um tempo máximo para as voltas lentas nos treinos. Normalmente, são aquelas voltas que o piloto dá logo após marcar tempo na volta rápida. A maioria faz isso. Se o tempo for bom, o retorno aos boxes é lento. Isso atrapalha quem está dando volta rápida, porque pega tráfego e tal. O tempo seria estabelecido de acordo com o circuito.
Opinião do blogueiro: maravilhoso.
5- A Pirelli será a fornecedora de pneus a partir de 2011.
Opinião do blogueiro: legal, dá uma cara retrô à Fórmula 1. E só.
Agora, dê a sua opinião.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Falta pouco

"Ele não vai mudar. Será assim até o final. O problema é pessoal".
Frases de um dirigente da CBF sobre a relação Dunga/Imprensa.
Não só sobre a relação Dunga/Rede Globo.
Esse final pode ou não estar próximo. Depende de Dunga. Depende do que acontecer na Copa. Depende de até onde for a Seleção.
É simples: se o Brasil for campeão, Dunga fica até quando quiser...ou até a primeira derrota pós-Copa. Se for vice-campeão ou coisa pior, o treinador pode ler os classificados dos jornais no voo de volta ao Brasil.
A Imprensa e, principalmente, a Globo, só não abriram a campanha porque o hexa é possível. E ninguém vai exigir a cabeça do treinador enquanto houver a possibilidade de título.
Pior do que perder a Copa seria enfrentar uma acusação de ser o responsável pelo fracasso.
Isso ninguém quer.
Mas deixa o treinador pisar em solo brasileiro.
Com a taça ou não...

O desafio

Foi Luciano Ribeiro, repórter dos jornais A Tribuna e Expresso Popular, quem entrou em contato com Wesley. E ouviu claramente do jogador do Santos FC: "Quero desafios na minha carreira".
Os desafios vão além de jogar em um time que vence por 8 ou 9. Vão muito mais além de um título da Copa do Brasil.
Wesley está próximo da porta de saída da Vila Belmiro.
E parece que há propostas por ele.
Wesley venceu duas vezes neste primeiro semestre. Voltou de um empréstimo ao Atlético-PR totalmente desacreditado. Estava com a fama de ser o jogador que foi sem nunca ter sido. Parecia que tinha voltado para ser emprestado novamente e ficaria nessa a vida toda..
Acabou jogando muito mais do que em 2008.
E se tornou peça fundamental no esquema de Dorival Júnior.
Se as atenções estão com Neymar, Ganso, Robinho e André, foi dos pés de Wesley que saíram muitas das jogadas que consagraram o quarteto. Isso sem contar os desarmes, quando o jogador atua como volante. Isso sem falar do apoio quando ele atua na lateral direita. Isso sem lembrar da coragem que ele tem em arriscar chutes a gol.
Sim, Wesley é essencial no Santos de hoje. O time vai sentir a falta dele.
O Corinthians só venceu o Santos porque neutralizou Wesley.
André já foi. Wesley está indo.
Desmanche?
Só se o clube permitir...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Escapou, por enquanto

Dunga escapou de qualquer punição que pudesse ser imposta pela Fifa. A entidade máxima alegou falta de provas.
Escapou da punição, mas não de um julgamento constante.
Dunga comprou uma briga com as pessoas erradas. Foi se meter com a Rede Globo, mais precisamente com o jornalista Alex Escobar, um dos melhores profissionais do Brasil na atualidade.
O treinador passou boa parte da entrevista coletiva OFICIAL, promovida pela Fifa após cada partida da Copa, xingando Escobar porque o jornalista balançou a cabeça negativamente após Dunga dizer que a Imprensa estava cobrando os gols de Luís Fabiano. Usou um adjetivo para ofender o jornalista que poderia ser aplicado ao próprio treinador. Se Dunga tivesse tanta coragem, diria a palavra em alto e bom som.
O tal editorial lido pelo Tadeu Schimidt no Fantástico foi algo divino, espetacular, maravilhoso, mas, como diria o sábio, "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Ao tomar decisões radicais para evitar os abusos da Imprensa, Dunga não poupou nem a Rede Globo. Não temos nesta Copa a presença da Fátima Bernardes no ônibus da Seleção, nem a participação de jogadores em todos os programas da casa, como acontecia até 2006. Com Dunga, se a Globo quiser contato, que o faça da mesma forma que todos os outros veículos.
E aí a emissora ficou mordida.
E quando o treinador foi se meter com um jornalista da casa, acabou.
Não há santo nessa história. Dunga é um complexado, um ser que pensa pequeno e tem certeza de que todos estão contra ele. Odeia a Imprensa e mesmo sabendo da importância que tem o time que ele dirige, não quer que ninguém fale nada sobre o trabalho dele. Ou melhor, que fale só o que ele quer ouvir. E a Globo não entrou na briga pela ofensa sofrida por um profissional da casa. O problema vem desde 2007, com o fim dos privilégios. A oportunidade veio só agora.
*Em tempo: ocorreu um milagre em relação aos problemas técnicos que vinham prejudicando o andamento deste blog. Caminharemos conforme as circunstâncias permitirem. Muito obrigado pela compreensão.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Stand by

Hora de dar uma pausa no Autobola.
São dois motivos principais.
Um é técnico. O Plano TIM Ganei resolveu mostrar por que tem esse nome. Faremos as alterações necessárias nos próximos dias.
O segundo é pessoal. Está na hora de resolver algumas coisas, até na área da saúde, que anda se manifestando.
Não tinha momento melhor para isso do que em meio a uma Copa do Mundo. Por aí vocês podem medir o tamanho da necessidade de uma atitude tão radical.
Estaremos de volta em breve para debater aqueles assuntos que sempre rendem polêmica, principalmente por termos na Seleção Brasileira um comandante que odeia a Imprensa.
Imaginem se todo mundo resolvesse ignorar os jogos do Brasil...
Acompanhem-nos pelo twitter. Será por ali o anúncio da volta às atividades.
E espero que seja em breve.
Até mais. Não muito mais...