Chegou a credencial para a cobertura do GP do Brasil de Fórmula 1.
Chegou, não, tem que ir buscar, mas está lá.
E aí surge a pergunta: que motivação existe em cobrir a última etapa de um campeonato definido?
A resposta é fácil.
Viver esse mundo, participar de tudo, ver de perto, ter acesso, perguntar, esclarecer, receber esclarecimentos, contar, dizer, mostrar, informar.
Porque o GP do Brasil é uma atração, algo que vai além, muito além das 71 voltas em uma pista de pouco mais de 4 mil metros que não permitem a sesta dominical pós-almoço. O GP do Brasil é um encontro de pessoas que por sua condição esportiva, política ou econômica ocupam um lugar de certa relevância na sociedade. É um evento que mexe com uma boa parte de uma cidade com o tamanho e a importância de São Paulo, movimenta hotéis, bares, restaurantes, shoppings, gera centenas de empregos indiretos.
Pergunte a quem irá a Interlagos pela primeira vez se faz diferença o campeonato estar definido. É a primeira vez que o cidadão está lá, vendo de perto o que só a TV lhe deu acesso durante anos. Ele verá a olho nu um bólido rasgando a reta. Pros quintos com o campeonato! Eu estou aqui, isso que importa!
A etapa definirá o vice-campeão, ou o primeiro dos perdedores que incluirá tal condição no currículo. Fechará também o campeonato de construtores, definindo quantos milhões de euros cada equipe rreceberá em 2012. Ganhou uma posição, ganha mais.
E tem o imbróglio Williams/Barrichello/Kimi, a questão Lotus/Senna, o futuro da Toro Rosso, o futuro da Force India.
Isso porque o campeonato está decidido.
E quem disse que o GP do Brasil é apenas uma corrida com 71 voltas?