sábado, 16 de outubro de 2010

Sinfonia

Torcedores do Corinthians vão ao CT para cobrar os jogadores pelos maus resultados.
São prontamente autorizados a entrar.
Vão direto no capitão William, que, além de bom zagueiro, tem caráter e é articulado.
Com faixas, pedem as cabeças de Souza, Alessandro, Danilo e Moacir.
Ninguém cobra Ronaldo pelo desleixo que sempre atrasa sua volta aos gramados.
Ninguém cobra a diretoria, que permite a Ronaldo fazer o que bem entende.
A mesma diretoria que não vê a hora de se livrar de Souza.
A mesma diretoria que tem um bom rela$ionamento com a torcida.
A mesma torcida que pediu a cabeça de Souza, aquele de quem a diretoria quer se livrar.
Conseguiram montar o quebra-cabeças?
Quem conhece um pouquinho dos bastidores do futebol, sim...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Oportunismo

Ronaldo, enfim, concedeu entrevista coletiva.
Por uma dessas coincidências, depois do 6º jogo sem vitória do Corinthians.
O foco foi todo direcionado ao Fenômeno.
E saiu do momento que vive o time em campo.
Até porque o momento que o time vive em campo é o reflexo do que anda sendo feito fora do campo.
E antes que isso apareça, bota o Fenômeno lá.
A parcela da Imprensa que interessa cai nessa conversa.
E tudo cai no esquecimento...

Vamos para a Rússia

Enfim, a Fórmula 1 chega à Rússia em 2014.
Serão cinco anos com provas por lá, a US$ 40 milhões cada uma.
Total da brincadeira: US$ 200 milhões.
Quem paga? Megafon (empresa de telefonia), Lukoil (fabricante de lubrificantes) e Rusal (alumínio).
Até lá, ouviremos os maravilhosos discursos sobre a expansão de uma Fórmula 1 que não pode ficar restrita aos mesmos países.
Como se Mr. Ecclestone estivesse preocupado com isso.
Ainda mais ele, que trabalha na base do "pagou, levou".
Torço para que não venha mais um circuito travado, de baixa velocidade e sem pontos de ultrapassagem.
Essa filosofia já cansou...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uma rápida reflexão

Itália e Sérvia não conseguiram jogar pelas Eliminatórias da Eurocopa porque a torcida sérvia não deixou.
Havia uma fúria em torno do goleiro Vladimir Stojkovic que recentemente trocou o Estrela Vermelha pelo Partizan.
E os clubes são inimigos.
Em São Paulo, o zagueiro Miranda foi embora do Shopping Bourbon depois de ser hostilizado por torcedores do Corinthians.
Ele achou que tinha o direito de passear com a esposa.
Estou começando a entender porque sinto muito prazer quando este blog se torna mais "Auto" do que "Bola".
Carros não envolvem paixão.
Futebol por vezes envolve estupidez...

Ih, Corinthians!

Lá se vão seis partidas sem que o Corinthians saiba o que é vencer.
São três semanas sem um triunfo.
Várias contusões ao mesmo tempo, ok, isso é verdade.
Mas há muito esse time não joga um futebol encantador.
O que aconteceu foi uma inflamação a cada vitória.
E o Corinthians teve uma boa sequência no início do Brasileiro.
Leia-se: quando Mano Menezes era o técnico.
De lá para cá, declínio no futebol, algo não descoberto pela eterna esperança da presença de Ronaldo na próxima partida e pelo início de clube espetacular de Bruno César.
Mas o Corinthians tinha problemas.
E a má sequência tratou de mostrar o que as vitórias vinham encobrindo.
A saída de Adílson Batista foi muito mal explicada.
Deu espaço para os boatos.
Que têm cada vez mais fundamento.
Um deles dá conta de que a boa relação da torcida com o time vai além da paixão.
E todos nós sabemos que, em outros tempos, o Pacaembu era invadido por muito menos.
Abra os olhos, torcedor do Corinthians!
Ainda dá tempo...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sim, vai ter corrida

Faltam 11 dias para o GP da Coreia.
E só agora o GP foi confirmado.
Charlie Whiting, diretor de provas da FIA, disse que está tudo ok.
Como deve estar tudo ok com o bolso de Bernie Ecclestone.
Caso contrário, esquece.
Vamos lá para os 5.621 metros de uma pista nova para todo mundo.
Serão 55 voltas em sentido anti-horário e com poucas retas.
Parece Interlagos.
Mas é na Coreia.
E aí ninguém reclama...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Depois de Suzuka

A três etapas do fim da temporada da Fórmula 1, dois pilotos aparecem como candidatos em potencial ao título:
Mark Webber e Fernando Alonso.
Sebastian Vettel corre por fora. Não tão fora quanto eu apostava antes, mas não tão dentro quanto os dois.
As McLaren não devem ser descartadas jamais, mas as circunstâncias não andam nada favoráveis para eles. Lewis Hamilton ainda tem alguma possibilidade, mas sempre pode ser Hamilton, para o bem ou para o mal.
Se for Hamilton para o bem, tem chances. Se for para o mal, esquece.
Jenson Button...não, não dá, apesar da bela corrida que fez em Suzuka.
Em suma: dois candidatos, um que corre por fora e outro que pode surgir como zebra.
E assim vamos para a Coreia do Sul.
Mas que a decisão será na última hora, será.
E não dá para cravar um campeão.

domingo, 10 de outubro de 2010

Suzuka - boca fechada até novembro

Sim!!
Sebastian Vettel calou a minha boca. Parcialmente, é verdade, mas calou.
Eu disse que ele estava fora da disputa pelo título mundial. Não está.
Eu disse que ele não venceria em Suzuka. Venceu.
De ponta a ponta, com autoridade e sem sustos.
Mark Webber chegou em segundo lugar, Fernando Alonso em terceiro, Jenson Button em quarto e Lewis Hamilton em quinto.
Entenderam? Os cinco candidatos ao título nas cinco primeiras posições, ou seja, campeonato mais embolado ainda.
Webber chegou aos 220 pontos. Vettel e Alonso estão empatados com 206, mas o espanhol tem uma vitória a mais. Lewis Hamilton tem 192 e Jensun Button 189.
Sinceramente, começo a descartar Button dessa briga. Hamilton ainda não. Ele sempre pode ser Hamilton. Para o bem ou para o mal.
Para falar da corrida, é bom relatar o que aconteceu antes dela.
O dilúvio que impediu a formação do grid no sábado ficou para a manhã de domingo. Sebastian Vettel mostrou que a sexta-feira não foi casual. Cravou a pole, seguido por Webber e Hamilton. Como a McLaren tinha trocado o câmbio do carro do campeão de 2008, ele perdeu cinco posições. Robert Kubica e Fernando Alonso agradeceram.
E Felipe Massa só conseguiu o 12º lugar.
Na volta de instalação, ou seja, quando os carros dão uma volta para alinhar no grid, mais um acontecimento estranho. Lucas di Grassi perdeu o controle da Virgin e foi no muro. Pancada forte. Nada com o piloto e tudo com o carro, destruído. Nem largou.
Com as luzes apagadas, veio uma das maiores bizarrices da temporada. Ainda na reta dos boxes, a Williams de Nico Hulkenberg soltou óleo na pista e Vitaly Petrov tentou ultrapassar. Não conseguiu, bateu no carro do alemão, perdeu o controle na Renault e encontrou o muro.
Na primeira curva, Felipe Massa tentava consertar a besteira que tinha feito no treino, foi afoito demais, não segurou a Ferrari e encontrou a Force India de Vitantonio Liuzzi. Os dois pra fora da pista. Safety Car.
Cinco voltas longas e lentas. Chatas, monótonas. E Kubica, que tinha tomado o segundo lugar de Webber na largada, perdeu o pneu traseiro direito. E foi embora da prova.
Na retomada, enfim, um pouco de normalidade. Vettel, Webber, Alonso, Hamilton e Button. Como o sol havia voltado a Suzuka e teve entrada de safety car, os pit stops começaram logo depois da 20ª volta, mas sem alterações nas primeiras posições. Nem mesmo nas voltas em que Button andou na frente. Demorou para entrar nos boxes.
Enquanto Vettel passeava lá na frente, Button, que tinha voltado em 5º, chegou em Hamilton, que pilotava sem a 3ª marcha. E passou com facilidade.
No pelotão intermediário, menção honrosa para o japonês Kamui Kobayashi, que ultrapassou 'apenas' quatro pilotos: Jaime Alguersuari, Sebastien Buemi, Rubens Barrichello e Nick Heidfeld (os dois últimos com brilhantismo). Chegou em sétimo.
Na frente, Vettel preparou a festa com Webber em segundo e Alonso em terceiro.
E uma repetição total de 2009. Vettel fez a pole e venceu. Webber cravou a volta mais rápida. Neste ano, 1min33s474.
E o campeonato incendiou de uma vez por todas.
São só mais três etapas.
E nenhuma afirmação a ser feita.
Seria arriscado demais...