sábado, 17 de julho de 2010

Você não pode perder!!

Depois da promoção das fotos no World Trade Center, o Departamento de Marketing do Santos FC orgulhosamente apresenta...
O lançamento dos bonecos!!!
Uma mega promoção!!!
Você vai ao Shopping Aricanduva e fica espremido na multidão por mais de duas horas, porque os jogadores-tema dos bonequinhos vão se atrasar bastante!
E quando eles chegarem, você vai continuar bem longe, porque a loja é pequena demais para comportar tanta gente e os seguranças não vão permitir a sua entrada!
Com a cara amassada no vidro da loja (isso se você chegar até o vidro), o máximo que você vai conseguir é fazer uma foto do topete do Neymar!
E se você conseguiu entrar na loja, aproveite para conhecer tudo lá dentro, porque os seguranças não vão deixar você sair!
Para você que é jornalista, a loja lhe reserva tratamento VIP! É só dizer ao gerente que é um absurdo a saída ser bloqueada que ele lhe dirá prontamente: "Eu não pedi para vocês virem"!
Mas se você for da Globo ou do CQC, uma salinha estará reservada para você falar com os craques com toda a calma do mundo!
Isso antes que eles saiam pela porta dos fundos, ignorando o Zé Mané que ficou espremido do lado de fora!
Lançamento dos bonecos, mais uma mega ideia que só poderia vir de pessoas providas de bastante inteligência!
E se você divulgar tudo isso, será considerado persona non grata na Vila Belmiro, por estar trabalhando contra o Santos!
Lançamento dos bonecos; só poderia ser mais uma mega jogada do...
Santos FC!

É normal

"Não houve nenhuma conversa. Está tudo tranquilo. Nenhum jogador gosta de sair e o dia que gostar é que vai ter coisa errada. Quanto a jogar mal, é normal. Não é todo dia que o jogador vai estar bem".
"Se não estávamos pensando no jogo, estávamos pensando no que? No doce? É que era o primeiro jogo (após a parada para o Copa do Mundo), o cansaço pegou e isso é normal".
Na primeira frase, Neymar justifica o "não entendi a minha saída" após o clássico com o Palmeiras. Na segunda, falou sobre o jogo.
Quanto ao jogo, disse e repito: não foi nenhuma tragédia e o Santos não jogou mal.
Com relação ao protesto, parece que no Santos é tudo normal mesmo: jogador faz o que quer, fala o que quer e fica no campo quando bem entende. É normal, tudo normal.
Dorival Júnior é profissional e sério demais para ter que aguentar isso.
E ele que não ache que vai encontrar apoio acima dele.
Muda a gestão do Santos, troca o presidente, altera o diretor, mas a filosofia é a mesma: jogador é intocável.
Foi assim na administração anterior. E está sendo assim nesta.
E o clube? Ah, não vamos discutir detalhes...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Depois reclamam

"As decisões são do treinador. Eu não entendi, mas faz parte".
Neymar, sobre o fato de ter sido substituído no clássico contra o Palmeiras.
Depois vem assessor de Imprensa, defensor de presidente, diretor da porta do banheiro, torcedor chato e mais uns 300 mil pra dizer que não é assim, que isso não pode ser falado.
Mas há comando no Santos?
A cada dia que passa, vemos que não.

Passando mal

É mentira dizer que o Santos não jogou nada diante do Palmeiras.
É verdade dizer que o Santos cometeu erros primários diante do Palmeiras.
Erros de passe, principalmente, algo mais do que básico no futebol
O Santos criou mais que o Palmeiras. O Palmeiras concluiu melhor que o Santos, além de marcar melhor. E por isso venceu.
Venceu também pelo chute de longa distância de Ewerthon. Indiscutivelmente, um golaço.
O Santos não mudou o estilo de jogo. E nem precisava. Era entrar tocando que chegava.
Isso se não errasse tantos passes.
E como o time santista errou passes!
Estava com a defesa naturalmente aberta, dada a necessidade de buscar o empate, errou um passe, o que acontece? Contra-ataque, lógico. E 2 a 0 Palmeiras, que conclui melhor.
Marcel fez um golaço e diminuiu. Mas o Santos continuou a errar passes. Muitos passes, muito mais do que deveria.
O Santos errou muito sozinho, parecia nervoso no final. E não conseguiu o empate.
Nenhuma vergonha, nenhuma tragédia, mas muito o que melhorar.
O time que encantou no início de 2010 pode terminar o ano como freguês do Palmeiras.
Há mais um jogo ainda, no segundo turno.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Curto e grosso

Robinho pediu e não vai enfrentar o Palmeiras.
Estranho isso.
Do nada, sem motivo aparente. Mas foi prontamente atendido.
Ok, ele não convocou uma coletiva em um hotel de São Paulo para dizer: "Não jogo contra o Palmeiras". Ele pediu a Dorival Júnior. Houve uma hierarquia.
Mas pediu para não jogar.
Ninguém fala oficialmente o porquê. A notícia é essa. Robinho não joga contra o Palmeiras. E pronto. Seco.
Fora de forma ele não pode estar. Não dá, não tem como. Acabou de chegar de uma Copa do Mundo.
Pode ser o cansaço. Sim, pode ser sim. Vamos recordar que Robinho não teve férias. Veio da Inglaterra em fevereiro, a temporada acabou por lá e ele foi para a Copa. Pelo calendário europeu, deveria estar em férias. Deveria mas não está, porque não está na Europa e não segue o calendário europeu. Está no Brasil e segue o calendário brasileiro, diferente do europeu.
Acabou emendando uma temporada na outra.
Mas não joga contra o Palmeiras. Pediu para não jogar.
No clube, só a informação oficial. Razões não são escritas em nota oficial.
Robinho pediu para não jogar.
Só achei estranho.

Uma boa desculpa

O São Paulo foi derrotado pelo Avaí, dentro do Morumbi, na volta do Campeonato Brasileiro.
Vamos pensar em uma boa desculpa para isso.
Porque, você sabe, o São Paulo não perde nenhuma partida sem circunstâncias externas.
Essa filosofia é amplamente divulgada pela Imprensa isenta e imparcial.
Então vamos lá...o cansaço não pode ser, porque o São Paulo não jogava há mais de um mês.
A chuva, então? Mas chovia do lado do Avaí também...
O pênalti em Dagoberto? Esse pode ser, sim. Foi pênalti. A falta foi cometida dentro da área e o bandeirinha não marcou porque...porque...tem que perguntar pra ele, mas que a falta foi dentro da área, ah, foi.
A Libertadores...você não pode abandonar de vez o Brasileiro, sobretudo pelo discurso de usar o nacional como preparação.
A ausência do torcedor? Ok, fazia frio, mas o jogo era às 19h30.
A que conclusão chegamos? Houve um erro grave da arbitragem, mas o Avaí soube aproveitar melhor as oportunidades e venceu.
Simples assim.
A não ser que alguns colegar da crônica queiram complicar.
Sempre em nome da imparcialidade...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Acabou, nada!

“Eu aprendi a mostrar respeito pelo próximo. Certas coisas não pertencem ao público e deveriam ser resolvidas internamente com a equipe”.
Palavras de Sebastian Vettel, sobre seu companheiro de Red Bull, Mark Webber.
David Coulthard, ex-cobaia e atual consultor da equipe, manifestou apoio ao alemão, dizendo que Webber adotou uma estratégia arriscada.
Christian Horner esquentou mais alguns panos. Disse que os pilotos já fizeram as pazes.
Webber preferiu silenciar desde domingo.
E esse é o clima na Red Bull.
Se com isso vai conseguir o título de construtores e, principalmente, de pilotos, não se sabe. Há exemplos para se pensar em tudo.
A Willians do final dos anos 80 (Mansell e Piquet) e McLaren da mesma época (Senna e Prost) são os exemplos positivos. Poucos.
O mesmo Prost brigou com René Arnoux nas temporadas de 1981/82 pelo posto de primeiro piloto da Renault. Chegou a dizer ao time: "ou ele ou eu". Prost ficou.
Niki Lauda jamais aceitou a presença de Gilles Villeneuve na Ferrari de 1977. Largou tudo em pleno GP do Canadá, casa do "inimigo".
E em 2007,vimos o caso Hamilton/Alonso na McLaren.
Ou seja: ou a Red Bull chama os dois e diz: "Vamos ganhar esta p... de campeonato e depois vocês se matem", ou quem vai morrer é a Red Bull.
E tudo porque Red Bull te dá asas.
Ou melhor: só dá asas para um.
E fez o copo transbordar...

terça-feira, 13 de julho de 2010

A volta do que não foi

O mundo não parou. Deu apenas uma pausa.
A retomada do Campeonato Brasileiro após a Copa do Mundo é a maior prova dessa teoria.
Em São Paulo, dois dos quatro clubes considerados grandes mostraram que estavam só adormecidos. E embora um vulcão nunca tenha hora certa para voltar à ativa, eles sabem escolher perfeitamente o momento.
No Corinthians, Mano Menezes chamou para a coletiva, ficou em lugar de destaque, câmeras e microfones à sua volta (e como ele gosta disso) para anunciar de modo oficial que...Ronaldo não joga contra o Ceará!!!
Ué, mas alguém achou que jogaria?
E a palavra Fenômeno poucas vezes pôde ser tão bem aplicada. O Campeonato Brasileiro parou há mais de um mês e o jogador não entrou em forma. Isso mesmo. Não está na forma física ideal.
Seria o calendário? O excesso de jogos? esse absurdo de jogar quarta e domingo? Mas ninguém está jogando nem quarta nem domingo. E ele não entrou em forma.
E a Imprensa não vai questionar. Não, jamais. Afinal, em nome da imparcialidade, não se questiona, pois aqui é Corinthians!
Tanto que Dunga foi xingado porque não o levou para a África do Sul.
No São Paulo o papinho é o mesmo. Miranda diz que tem umas 247.645 propostas de 907 países e Hernanes afirma categoricamente ter 64.863.964.478.954.847.790,67 propostas de 47.573.956.370.867,99 países.
E continuam por aqui.
Três possibilidade nessa história: ou o pessoal de fora acha que pode levar jogador daqui por 15 centavos, ou o São Paulo está com muita má vontade em negociar ou...todo dia seria 1º de abril.
Seja qual for a resposta, já encheu a paciência essa história de "Miranda tem propostas" e "Hernanes tem propostas". Ou tem ou não tem. É fácil. É simples. Se tiver, avalia e diz "sim" ou "não". Se não tiver, esquece o assunto.
Se bem que é difícil esquecer diante de empresários que colocam a semente e de colegas sem muitos escrúpulos que regam a planta.
E assim funciona uma plantação de notícias
E assim ficamos com a sensação de que nada aconteceu nesses mais de 30 dias.
E assim, vamos até dezembro.
Ou até onde nossa paciência nos levar...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Depois de Silverstone

Christian Horner, chefão da Red Bull, deu aquela declaração Ross Brawniana, com direito a um recado a Mark Webber.
"Damos tratamento igual aos dois e ele sabe muito bem disso".
Ao cruzar a linha de chegada em Silverstone, Webber soltou a voz pelo rádio. "Nada mal para um segundo piloto".
O australiano estava engasgado porque parece que essa história de que "Red Bull te dá asas" só funciona no marketing. Dentro do time, dão asas só a Sebastian Vettel.
E não é brincadeira.
Vettel precisava de uma troca das asas no carro. A equipe trabalhou de imadiato. Webber achou que também precisava. Você trocou as asas do carro dele? Nem a Red Bull...
Se nós, mortais, que estamos do lado de fora, sabemos que o pessoal das asinhas dá preferência ao alemão por questões de talento e idade, quanto mais o preterido nessa história. Webber tem 33 anos, está na quarta temporada só no time austríaco e jamais foi a aposta.
Mas já tinha tomado a liderança de Vettel antes do pneu furado no carro do alemão. E foi o prejudicado pelo companheiro na Turquia.
Não é condenável a atitude da Red Bull em priorizar. Quase todo mundo faz isso. É o medo de apostar em dois e não ganhar nada, a gente entende. E, vamos e convenhamos, Vettel é mais piloto.
A questão é que ainda há um trauma em toda a Fórmula 1 pela Era Schumacher/Ferrari. Ninguém quer ver novamente uma inversão de posições nos últimos metros.
Horner afirma que isso não acontecerá. E é o que a gente espera.
Porque Vettel é alemão. E é bom piloto.
Mas Webber já mostrou que não é Barrichello.
Nem na pista, nem fora dela...

O epílogo da letra F

Felipe sente a pressão pela presença de Fernando. Fernando chegou com fama e faturamento. Fernando, sem firula, é o favorito.
Felipe e Fernando vão à forra várias vezes. Fernando sempre leva a melhor.
Fernando passa na frente de Felipe na entrada dos boxes de Xangai. "Feio", disseram os filósofos. Tem fight na equipe? "Fofoca", disseram os dois, que se consideram...friends.
Felipe faz uma temporada fraca. Fernando ainda tinha fé depois da estreia, mas anda fervendo os ânimos dele e de muita gente. Fala dos outros para os fiscais, depois fura as regras e acha que a coisa não vai feder com ele. Precisa ter freio na língua e mais força no acelerador. Talento jamais lhe faltou.
Para Felipe, restou uma temporada fraca. Parece sem fôlego, diante de um favoritismo e um favorecimento dentro de casa.
Mas falemos a verdade: ele tem feito pouco.
E assim, Felipe e Fernando dão as mãos para fazer feio em 2010. Veem as flechas de prata jogarem fumaça nas viseiras. Isso se não for o carro com asas, com o alemão, cujo nome pronuncia-se "Fettel".
Foi-se a temporada. Só por uma fatalidade haverá a recuperação. E, francamente, é difícil acreditar em fantasmas.
Essa é a Ferrari...

domingo, 11 de julho de 2010

Silverstone - Profecia Pela Metade

Acabo de tirar nota 5 em matéria de profecia. Acertei maravilhosamente uma delas pela metade.
Eu coloquei alguns fatores que poderiam tirar a vitória da Red Bull no GP da Inglaterra. Entre eles, um pneu furado, por exemplo.
Pois o pneu furou antes da primeira volta. Só não tirou a vitória do pessoal das asinhas. Acabou com a prova de Sebastian Vettel e garantiu a festa de Mark Webber, vencedor no novo Silverstone. Lewis Hamilton foi o segundo e Nico Rsberg o terceiro (olha só!).
A McLaren, que eu disse que teria de trabalhar, trabalhou. Além da colocação de Hamilton, Jenson Button saiu do 14º para o 4º lugar. E Rubens Barrichello leva a menção honrosa. Saiu em oitavo e terminou em 5º com a fraquíssima Williams. Fez muita coisa com pouco carro.
O destino da prova se desenhou na largada. Sebastian Vettel saiu estranhamente da pista várias vezes, depois de ter perdido a posição para Webber. Caiu lá para trás e acusou o tal pneu furado. Não vi, em nenhuma imagem, o carro dele ser tocado, mas como o alemão se meteu no meio de um monte de carros, isso pode ter acontecido. Se alguém viu um toque, uma imagem que acuse, por favor, indique.
Toque mesmo foi visto entre Felipe Massa e Fernando Alonso. O enredo foi o mesmo de sempre: disputa de posições, carros se tocam e o espanhol leva a melhor. O pneu traseiro direito de Massa foi pelos ares, junto com a prova. Entrada forçada nos boxes e perda de posições.
Com Vettel se perdendo e Alonso caindo um pouco, Lewis Hamilton, que largou muito bem, pegou o segundo lugar e disparou junto com Webber. Esse seria o desenho até o fim da prova.
Alonso, claro, iria aparecer novamente. Numa disputa de posição com Robert Kubica, cortou por fora da pista e deixou a Renault para trás. "Ele me jogou pra fora, foi ok", disse o espanhol pelo rádio. Estranho, pois quando Hamilton passou o safety car em Valencia, Alonso foi o primeiro a gritar...ah...só vale com os outros...não...drive-through pra ele.
E foi fatal para Alonso. O carro de Pedro de la Rosa estava soltando toneladas de detritos na pista. O safety car entrou e, na saída, Alonso foi pagar a penalidade...já era. Foi terminar a corrida em 14º, com Massa em 15º e um detalhe: as duas Ferrari voltando aos boxes perto do fim da prova.
O safety car acabou sendo bom para Vettel, que ainda conseguiu se aproximar, ultrapassar Michael Schumacher com facilidade (pois é) e Adrian Sutil e terminar em 7º.
Para Webber, vitória dupla. A primeira, o mundo viu. a segunda, a Red Bull ouviu pelo rádio.
"Nada mal para um segundo piloto".
Pra bom entendedor...