sábado, 22 de maio de 2010

Ah, moleques!

Vi, ouvi e li muita coisa a respeito da baladinha dos Meninos da Vila que resultou em um ligeiro afastamento.
No site do jornal A Tribuna e no blog do meu amigo jornalista Alex Frutuoso, tem torcedor indignado com parte da decisão tomada. Na visão desses torcedores, tirar os baladeiros da partida contra o Atlético-GO é dar um tiro no pé, é prejudicar o Santos. Eles concordam com a multa, mas não com o afastamento.
Para alguns, o maior prejudicado será o Santos, que não terá seus principais jogadores. Para outros, os baladeiros foram "punidos" com uma folga.
Entendo e respeito essa visão, mas vamos aos fatos:
1- Os baladeiros não ganharam folga. Treinarão no fim de semana, mas sem ir para o jogo. Ficarão com as noites livres, é verdade, mas alguma obrigação houve.
2- Se o Santos sentir a falta dos baladeiros e for derrotado em Goiânia, a culpa sobre eles dobra. Dorival Júnior poderá olhar para eles e dizer: "Estão vendo o que vocês conseguiram?"
3- Essa multa será aplicada no dia em que o Fluminense for campeão gaúcho. Essa história de multa só serve para calar a boca da Imprensa e dizer que há comando no clube. A diretoria diz que multou, o jogador diz estar arrependido, assunto encerrado e bola pra frente. Você já viu o contra-cheque de algum jogador com a multa ali aplicada? Nem eu...
Agora, aqui entre nós, quem viu a entrevista concedida à TV Tribuna (afiliada da Globo na Baixada Santista) viu o tamanho do arrependimento dos meninos. Negaram a chegada tardia na concentração (meia-noite, no máximo, segundo eles) e brincaram com a situação. Brin-ca-ram...
Que bom para eles que, por causa deles, o Santos vai disputar mais um título. São moleques, vão fazer molecagem e isso é normal quando falta experiência. Mas para tudo há um limite. E é bom que eles se cuidem...

Ferrari 60

E a Ferrari completou 60 anos de Fórmula 1 neste 21 de maio.
Toda e qualquer equipes que passa ou tenha passado pela categoria pode ter uma história grande, formado campeões, mas Ferrari é uma só.
Já foi a maior de todas, já se apequenou, já voltou a ser, mas a verdade é uma só: sempre será.
Afinal, qual outra equipe tem torcida própria em qualquer parte do planeta?
Parabéns, Ferrari!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Quem é o rei?

Neymar, Paulo Henrique Ganso, André e Madson.
Quatro dos principais jogadores do Santos sensação de 2010.
Dois são craques; dois são bons jogadores.
Nenhum deles é mais realista que o rei.
A lei vale para todos.
E o Santos FC está certo.

Uma forçada acertada

O título da Copa do Brasil será decidido em Salvador.
Isso quer dizer que a primeira partida terá o mando do Santos.
Luís Álvaro Ribeiro, presidente do Santos, nem esperou essa frase ser concluída: decidiu que a partida será na Vila Belmiro.
Os dois argumentos oficiais: o caldeirão de Urbano Caldeira e as lições aprendidas na decisão Santo André/Pacaembu.
Os argumentos verdadeiros e, por isso, não divulgados: a diretoria do Santos não quis se indispor com ninguém, leia-se jogadores e treinador.
Paulo Henrique Ganso e Dorival Júnior foram claros nas finais do Campeonato Paulista ao dizerem que queriam decidir na Vila.
Dorival teria até levado uma enquadrada da diretoria por isso.
Evidentemente, o Santos queria a renda do Pacaembu, mas não vai dar murro em ponta de faca desta vez.
Se for vista pelo lado do torcedor, a decisão é acertada. O Santos tem que dificultar ao máximo as coisas para o Vitória, para jogar em Salvador com um gordura a ser queimada.
E o Santos adora jogar no limite.

Valeu!

Deu Inter e por pouco, pouco mesmo, não deu Flamengo.
Dois desfechos improváveis.
Havia uma desconfiança em torno do Colorado por causa do resultado do jogo de ida. Vencer um time argentino (a considerar ser o atual campeão da Libertadores) só por 1 a 0 para decidir na casa deles fez muita gente torcer o nariz.
Mas o Inter soube usar o regulamento a seu favor.
E o Desábato, hein ? É por elementos como este que o futebol argentino é mal visto por muita gente. Tem argentino que não sabe vencer e, principalmente, não sabe perder.
Sorte dele que o Galvão Bueno não narrou o jogo.
E, pelo jeito, o delegado Nico não estava na frente da TV, mesmo com o grande número de holofotes no estádio do Estudiantes.
Ainda creio que o São Paulo passa para as finais, mas não terá vida fácil.
E preparem-se para as 800 matérias sobre Fernandão enfrentando o ex-clube.
O Flamengo foi além do que muita gente imaginava.
E eu me incluo.
Faltou um gol ou Bruno não poderia estar adiantado?
O problema foi o apagão no Maracanã. O "se" não entra em campo, mas foram aqueles minutos que decidiram a vida flamenguista na Libertadores.
Inter e Flamengo estão de parabéns.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A História Reescrita

É possível haver uma nova chance? Uma segunda oportunidade? Existe uma maneira de fazer com que o tempo volte, para que tudo possa ser feito de uma outra forma?
"Não", dirão os céticos. "Jamais", responderão os racionais. "A vida é como um rio, que passa e não volta", concluirão os filósofos.
Será mesmo? Evidente que voltar no tempo não dá, mas talvez reviver certos dias, certos momentos e mudar o curso da história seja, sim possível.
É possível reviver uma noite de quarta-feira, 154 quartas-feiras depois daquela, 1.078 dias após um momento em que a satisfação e a decepção se misturaram. Voltar ao mesmo local, no mesmo horário, mudar alguns papeis secundários, mas sem alterar os personagens principais. Reviver a história e dobrar o nível de satisfação, já que esse primeiro sentimento tomou o lugar da decepção.
Viver pela segunda vez aquele 6 de junho de 2007. Mudar o nome da competição, de Copa Libertadores para Copa do Brasil, mas repetindo a mesma fase: semifinal. Manter o desafio de vencer o Grêmio depois de uma derrota no Sul, não tão complicada quanto os 2 a 0 de 2007, mas por um 4 a 3 não menos doído pela forma como se construiu. Pegar um Grêmio valente, aguerrido, como tradicionalmente entra em mata-matas. E com a mesma Vila Belmiro empurrando, acreditando e fazendo acreditar, dizendo "vai, porque estamos com vocês".
Imaginar que a história terá o mesmo fim, com festa gaúcha no quintal. O Grêmio joga para marcar um gol. Passa perto uma, duas, três vezes. Um Santos que cresce, vai sendo empurrado, acredita.
Uma nova noite de quarta, o mesmo adversário, o mesmo desafio. Muda o nome da competição e o roteiro.
O Grêmio não acha um gol. Não tem mais Diego Souza. Não joga recuado, covarde. Não é mais armado por Mano Menezes. Tem Silas, que manda atacar. E se expõe.
O Santos não tem Zé Roberto, mas tem Paulo Henrique Ganso. Marcado e apagado no primeiro tempo. Craque. Pega uma só bola na segunda etapa, olha para o gol e chuta. Forte, preciso, convicto. Em 2007, um só gol não resolvia. Em 2010, resolve, pois obriga o Grêmio a atacar e a se expor ainda mais. Ao ponto de levar a cobertura de Robinho, aquele mesmo que chutou o Santos cinco anos atrás e que pode chutar novamente, mas que só se identifica com esse time.
Mas o Grêmio tinha que achar um gol. Não que pudesse matar a situação, como há três anos, mas coloca medo. Um empate e é nova festa em três harmoniosas cores dentro da Vila Belmiro. Medo? Wesley não tem medo nem da saída do excelente Victor. E o estádio vem abaixo. Como veio no terceiro gol de 2007, que na época separava por apenas um gol a vaga na final. Desta vez, não era preciso balançar as redes novamente. Daria até para levar mais um gol. Mas era melhor não viver fortes emoções.
A noite de quarta-feira se repetiu. O placar mostrou 3 a 1 novamente. Aplausos? Tanto naquele dia quanto neste. Satisfação? Sim. Decepção? Não, obrigado. Mas e naquela época? Ih, já esqueceram aquela época, depois de uma vitória épica...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Difícil não é

Victor, Joílson, Ozeia, Rafael Marques e Edílson; Adilson, Willian Magrão, Hugo e Douglas; Jonas e Borges.
Tenho uma imensa admiração pelo Grêmio. Gosto mesmo. Falo sem medo.
O uniforme, o estádio, o hino, a história, a forma como joga certas competições, tudo.
Mas se o Santos não conseguir se classificar diante de uma escalação como a que está acima, é porque realmente não merece o título da Copa do Brasil.
E o campeão sairá dessa partida.
O Santos hoje tem muito, mas muito mais time que o Grêmio.
É só jogar à vontade, sem responsabilidade, sem medo de ser feliz.
Como fazia na primeira fase do Campeonato Paulista.
Se jogar assim, passa com certa facilidade.
E no Morumbi, se der Cruzeiro, o São Paulo que feche para balanço e só volte em 2011.

Acorda, Palmeiras, ainda dá

O Palmeiras adotou a coerência para dar um bico em Antônio Carlos e outro em Robert. Brigou? Expôs o clube? Está fora.
Foi o mesmo com Obina e Maurício, em novembro do ano passado.
Uma coisa ficou clara: o clube não tem comando. Cada um faz o que bem entende por lá.
Até diretor pede segredo sobre noites mais longas de alguns jogadores.
Agora os cartolas falam em Luiz Felipe Scolari.
Das duas uma: ou a conversa é séria e o clube quer botar ordem na casa, ou foi criado um factoide para a Imprensa e a torcida acreditarem que o Palmeiras é um clube sério.
E os atuais dirigentes estão transformando o Palmeiras em qualquer coisa, menos em um clube sério.
Uma segunda corrente fala em Cuca.
Aí, realmente, não dá.
O Palmeiras é muito grande e tem uma bela história. Não pode passar por isso.
Fato: ou o Palmeiras se organiza, ou volta para a Série B.
E não será por falta de aviso.

Onde você vai, Pereira?

Kléber Pereira está seguindo para o Goiás.
Deixou o Internacional, depois de praticamente não ter jogado pelo Colorado.
Está envolvido em uma troca com Ernando.
O Internacional é um dos maiores clubes do Brasil, um campeão de Libertadores e detentor de um título mundial.
O Goiás está há anos na elite do futebol brasileiro.
Kléber Pereira não vai para nenhum clube pequeno.
Mas essa vida pós-Santos do atacante é estranha.
Principalmente para alguém que, quando estava na Vila Belmiro, vivia recebendo propostas da Europa e do mundo árabe.
Kléber Pereira nunca atendeu a essas propostas.
Principalmente porque costumava receber vultosos aumentos em seu já polpudo salário quando dizia ter ofertas do exterior.
Curiosa essa escassez de propostas depois de sua saída do Santos.
Esse pessoal do exterior esquece das coisas muito depressa...

terça-feira, 18 de maio de 2010

É falta! Mesmo?

"Não dou trela, vou jogar meu futebol. Se caio é porque é falta, se não encostarem em mim não caio. A partir do momento que eu for desequilibrado eu vou cair".
Neymar rejeitou o rótulo de jogador cai-cai.
Mas a verdade é que cai muito durante os jogos.
Corre o risco de reeditar a história de Pedro e o Lobo.
Nunca entendi o caso do ovo e da galinha. Muitos menos tentei saber se Tostines vende mais porque é fresquinho, mas Neymar tem 18 anos e joga como se tivesse ampla experiência. Natualmente passa a ser cobrado como tal. Mas, às vezes, a cobrança deixa de lado os 18 anos do jogador e a consequente inexperiência.
Então vamos tentar resumir: entrou em campo, é craque e decide uma partida, será cobrado como tal. Fim de papo. E está caindo demais.
Com a palavra os árbitros e o torcedor.

Façam o que eu digo

"Havia um horário para os jogadores retornarem ao hotel. O Robert e mais alguns chegaram depois desse horário. Eu não aceito atos de indisciplina. O caso está com a diretoria".
Palavras de Antônio Carlos Zago ao programa Bem, Amigos, do Sportv.
O Palmeiras ficou no Rio de Janeiro depois do jogo diante do Vasco e alguns jogadores esticaram a noite de domingo na Cidade Maravilhosa. Antônio Carlos chamou a atenção e Robert não gostou.
Há quem diga que quase chegaram às vias de fato.
Zago nega veementemente, mas não desmete a discussão áspera com o atacante.
Uma reunião acontece logo no Palmeiras. Se houve agressão, os dois podem esvaziar os armários. Se houver critério no clube, seria a mesma decisão do caso Obina/Maurício.
Claro que, na condição de treinador, Antônio Carlos tem mais que cobrar e não ser conivente com a indisciplina.
Mas Zago parece ter memória curta.
No final de fevereiro do ano passado, quando era diretor-técnico do Corinthians, foi conferir a noite de Presidente Prudente na companhia de Ronaldo.
Voltaram bem depois do prazo estipulado.
Dizem que Ronaldo foi multado.
E Antônio Carlos está hoje no Palmeiras porque não ficou no Corinthians.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Depois de Mônaco

Michael Schumacher não conquistou nenhum resultado expressivo em 2010. Vinha sendo questionado. Mas é um heptacampeão, tem histórico. Pronto: hoje, tem mais espaço do que Mark Webber ou a Red Bull.
Pouco importa quem foi o vencedor em Mônaco. O banho de piscina de Webber rendeu algumas fotos. O domínio da Red Bull pode até acender a luz amarela na Ferrari e na McLaren. Mas o assunto do pós-Mônaco é a luz verde sobre Schumacher.
Sim, havia uma luz verde bem no ponto onde Fernando Alonso espalhou e Schumacher fez a ultrapassagem sob safety car, na última curva. Pode ter confundido o alemão? Sim, mas toda confusão envolvendo Schumacher deixa uma desconfiança.
Pelo regulamento nu e cru (odeio chavões), Schumacher errou. O artigo 40.13 é claro sobre a questão do safety car na última volta.
Ele alegou ter consultado a equipe, que disse que a ultrapassagem era permitida. "Ouvi a mensagem 'pista liberada'. Isso significa que o safety car foi embora, a zona do acidente estava limpa, então achei que podia ir". Pode ser? Pode, mas nos faz crer que ele já vinha planejando o ato, que não teria sido um "acidente".
Fato é que, durante duas horas, ninguém tinha certeza de nada, nem mesmo a FIA. Nas transmissões (e eu não ouço a transmissão da Globo) houve quem dissesse no ato que Schumacher não havia burlado a lei. A punição só foi sair duas horas após a prova, ou seja, nem a FIA tinha certeza sobre nada, o que abre a possibilidade da Mercedes recorrer.
A verdade é uma só: o problema todo não foi o erro de Alonso, nem a manobra de quem vinha atrás. O problema é que quem vinha atrás era Schumacher, que tem no currículo tantos atos de genialidade quanto de Dick Vigarista. Três anos atrás, na mesma Mônaco, na mesma curva Rascasse, ele "estacionou" o carro depois de dar a volta lançada no treino. Atrapalhou Alonso. Cinco anos atrás, na mesma Mônaco, ultrapassou Rubens Barrichello na saída do túnel, quando a própria Ferrari disse que não haveria inversão de posições.
O currículo é extenso. Começou em 1994, em Adelaide, quando ele jogou a Benneton em cima da Williams de Damon Hill após bater sozinho e ver o título mundial indo para o beleléu. Tirou o inglês da prova e levantou a taça.
O mesmo Damon Hill que o julgou em Mônaco.
Em tempo: houve, sim, na história, pilotos brasileiros fazendo qualquer coisa para vencer e ser campeão. Um dia falaremos sobre isso.

"Vem aqui"

"Vem aqui jogar no meu lugar".
Resposta do atacante Neymar a um torcedor que estava no alambrado da Vila Belmiro, após a partida entre Santos e Ceará. O torcedor cobrava mais atitude e menos firula do santista.
Neymar se irritou. Estava irritado desde o fim da partida. Revoltado com o árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro, que deu falta dele em um adversário no momento em que ele ia para o ataque.
Neymar só pode estar de brincadeira.
Se revoltar contra um árbitro que inventa um pênalti para o Santos, marca outro no mínimo duvidoso e anula um gol legítimo do Ceará é a prova maior de que o garoto anda mimado demais. É craque e vai longe. O problema é que todo mundo começou a falar isso ao mesmo tempo (eu também entrei nessa) e ele ficou mal acostumado. Agora não aceita críticas. Agora quer que os árbitros o favoreçam em todo e qualquer lance. Ou é do jeito dele ou ele não brinca mais.
A primeira verdade é que o Santos só não foi derrotado na Vila Belmiro por obra do sr Ricardo Marques Ribeiro. O impedimento alegado para invalidar o gol do Ceará foi uma piada.
A segunda verdade é que o pênalti marcado sobre Neymar no primeiro tempo foi uma vergonha. O zagueiro do time cearense toca na bola, nem precisava de replay para constatar. Foi na frente do árbitro, a poucos metros de distância. E a outra penalidade é, digamos, discutível, embora eu não tenha convicção da falta.
Torcedor santista, verdades precisam ser expostas. O Santos foi derrotado por obra de arbitragem mais de uma vez, mas agora foi ajudado.
A terceira e mais grave das verdades é que o Santos caiu de produção. Uma vitória em cinco jogos. Quase 15 gols sofridos. Falhas grotescas, como a da zaga no gol do Ceará. Dorival Júnior culpa o calendário, mas vem aí a paralisação para a Copa do Mundo. Foi só o calendário mesmo ou o Santos viciou em uma forma de jogar? Os adversários aprenderam a marcar o Santos, que não sabe jogar de outra forma?
"Vem aqui jogar no meu lugar".
Não, Neymar, vá você acordar cedo, trabalhar muito, ganhar pouco, pagar ingresso e ver que seu time não vem jogando nada. Volte para casa de ônibus, enquanto seu ídolo volta em um carro importado.
Quer trocar de lugar com o torcedor? Então faça a troca da forma correta.

domingo, 16 de maio de 2010

Volta tudo como estava

Michael Schumacher foi punido pela tal ultrapassagem em Fernando Alonso. Vinte segundos acrescidos ao tempo dele no GP de Mônaco. Com isso, sai da zona de pontuação e Alonso volta a ser o sexto lugar.
Nico Rosberg virou o sétimo, Adrian Sutil o oitavo e Vitantonio Liuzzi o nono. Sebastien Buemi ficou em décimo.
O colega Fábio Seixas publicou em seu blog o artigo 40.13: "Se a corrida terminar enquanto o safety car estiver acionado, ele entrará no pit lane no fim da última volta e os carros receberão a bandeirada normalmente, sem ultrapassagens".
Isso quer dizer que a bandeirada acontece sob regime de safety car.
Pelo regulamento, Michael Schumacher infringiu.
Mas ele foi julgado por Damon Hill.
Acham que houve alguma vingancinha nisso?
E não muda as qualificações dos pilotos. Alonso foi, sim, de gênio a idiota, ao deixar o carro espalhar na última curva, em baixa velocidade.
Mas continua a ser gênio.

Mônaco, genial e patética

Mark Webber venceu o Grande Prêmio de Mônaco de ponta a ponta. Pronto. Tivemos uma corrida chata, com fila indiana nas 78 voltas e uma torcida para que tudo acabasse logo.
Pode ter sido assim nas últimas 35 voltas. Mas até aí, muita coisa movimentou as ruas do Principado.
Talvez pelas entradas do safety car, pelos mais diversos motivos. Talvez por Fernando Alonso ter roubado a cena, indo de gênio a idiota em menos de duas horas. Mas o fato é que valeu a pena acompanhar a prova.
Até a largada, tudo bem. Até a entrada do túnel, tudo maravilhoso. Na saída dele, ainda na primeira volta, a corrida ganhou graça. Nico Hulkenberg bateu sozinho no guard rail. Pronto: safety car na pista. Logo depois, estoura o motor da McLaren de Jenson Button. Sim, na segunda volta. Dizem que uma tampa do radiador foi "esquecida".
Fernando Alonso, que bateu no treino livre de sábado e largou em último, simplesmente pulou para os boxes. Fez o pit stop e ia torcer para os pneus aguentarem a prova toda. Olha a estratégia: na hora em que os outros fossem para o pit, ele herdaria as posições. Gênio. Gênio? No final da prova ele se tornaria um perfeito idiota. Já conto.
E Alonso foi passando um a um. Levou Lucas di Grassi, Jarno Trulli, Timo Glock e Heikki Kovalainen. Na volta 17, era o 16º lugar. A estratégia deu certo, mas nem tanto. O pessoal da frente trabalhou rápido nos pits. As Red Bull, Robert Kubica, Felipe Massa e Lewis Hamilton não foram ultrapassados. Alonso estava em sexto, mas havia largado em último. Gênio. Gênio?
Veio a volta 32 e Rubens Barrichello bate. Sozinho. Estranhamente. Disse que o carro já vinha meio fora dos padrões mesmo. Provocou mais um safety car, por uma volta. O mesmo safety car que voltaria na volta 44, porque, acreditem, uma tampa de bueiro estava solta no meio da rua.
E se fosse no Brasil?
Problemas com bueiros resolvidos, vem a parte chata da prova. Fila indiana, voltas que duram uma eternidade, nada acontece até a volta 74. Para acabar com a fila indiana, nada como um indiano. Karun Chandhok iria ser ultrapassado por Trulli. Os carros se enroscaram na entrada da reta dos boxes e a Lotus subiu na Hispania do pobre indiano. Apenas quatro voltas para o fim e o safety car volta. Só preparar o pódio para Webber.
Na última volta, vem o aviso: o safety car iria sair. Grande coisa. Ninguém pode ultrapassar mesmo...ah é? A regra mudou. Não mudou lá na frente, pois Webber cruzou em primeiro lugar, com Sebastian Vettel em segundo, Robert Kubica em terceiro e Felipe Massa em quarto. Mudou para o gênio Fernando Alonso, que não deve ter lido o trecho que falava da nova regra, espalhou na última curva e abriu espaço para o sétimo colocado, um tal de Michael Schumacher, que tem no currículo tantos atos de Dick Vigarista quanto de genialidade. Embaixo de uma luz verde, alguém acha que Schumacher não passaria? Passou e cruzou em sexto, com o gênio espanhol em sétimo. E dentro da regra.
Lucas di Grassi e Bruno Senna abandonaram.
Mark Webber assumiu a liderança do campeonato, com 78 pontos. Sebastian Vettel vem em segundo, com os mesmos pontos, mas uma vitória a menos. Alonso está em terceiro, com 73 (seriam 75, se não fosse idiota) e Button em quarto, com 70. Massa tem 61 e Lewis Hamilton e Robert Kubica têm 59.
Ah, em 2008 e 2009, o campeão do mundo venceu em Mônaco.