segunda-feira, 30 de abril de 2012

O árbitro? Esqueci...

E quem está ligando para a arbitragem??
Neymar deu espetáculo (mais um), marcou três, pediu música, homenageou o Juary, trocou uma ideia com a Marília...
O árbitro? Que árbitro? 
O Santos venceu, quem liga para o árbitro?
Não se fala do árbitro quando o time vence por 3 a 1, mesmo que esse 1 tenha saído em um impedimento de seu autor.
Difícil de ser marcado, sujeito a erros pela velocidade do lance, mas um impedimento.
E quando a placar de 2 a 0 passou a ser 2 a 1.
As redes sociais bombaram. O árbitro e sua família foram devidamente homenageados.
Mas veio o terceiro gol. Acabou, esquece o árbitro.
O time do 1 não vai esquecer.
Considerou absurdo o pênalti do primeiro gol do time do 3.
Lance discutível, dá dupla interpretação. Dá para achar que o zagueiro foi na bola e dá para achar que foi na perna do atacante.
De onde o árbitro estava, a visão foi de falta. Eu, se estivesse onde ele estava, daria.
Parando a imagem, voltando, é uma coisa. Na hora, em velocidade e sem replay é outra.
O 3 poderia virar 4, mas dizem que o árbitro deu um impedimento absurdo. 
Mas quem está ligando para o árbitro se o time venceu?
Esquece o árbitro.
Não seria esquecido se a vitória não viesse.
Não será esquecido pelos responsáveis pelas escalações dos árbitros.
Porque não foi a primeira do árbitro, não será a última.
As duas torcidas reclamam. Roubando, definitivamente ele não estava. Aí está a prova.
Mas continuará a ser escalado.
Porque sim.
Há 12 anos (12, eu disse 12) Márcio Santos pegou a bola com as mãos porque o árbitro tinha marcado falta. 
O árbitro deu pênalti contra o time de Márcio Santos, porque alegou ter mandado o jogo seguir.
Ele tinha apitado falta, ficou claro, nítido.
Trapalhada. E riem de Márcio Santos até hoje.
Acha que acabou? Que nada, continua, continuará.
Mas o time venceu.
Quem liga para o árbitro?

domingo, 29 de abril de 2012

Na Indy, de novo, outra vez

Fim de semana dedicado àquela desaparecida física e presença virtual básicas.
Estamos no Anhembi, para a SP Indy 300.
Tal e qual na Fórmula 1, você abandona questões secundárias como casa, família, vida social, para virar dias inteiros entre pista, boxes, pit lane, garagem, sala de Imprensa, café.
E achando tudo isso o máximo.
Porque na verdade é o máximo.
Cansativo, aborrecedor e extremamente gratificante.
Um pouco mais na Indy.
Porque na Indy não tem frescura, não tem proibição, não tem "não pode".
Sem abusos, nem interferências, tudo pode.
Pode chegar perto dos pilotos, pode ver os mecânicos trabalhando nos carros, pode circular por um paddock aberto, a poucos metros dos boxes.
A equipe não dá 5 minutos para o brazuca conceder entrevista em português. A organização reúne os brasileiros em uma coletiva e por vezes você fala com um deles na saída. E são todos solícitos. Sabem da importância de você estar ali. Atendem a todos da mesma maneira. Não privilegiam ninguém.
E evidente que o Grupo Brandeirantes goza de alguns privilégios. Nada mais justo, o evento é deles. Não fosse por eles e nada aconteceria. Estão no direito deles, nada a questionar.
Tem quem não valorize, seja a categoria ou o evento em si. É da vida, não dá para agradar a todo mundo.
Estou feliz. Quase pegando no sono, por incrível que pareça, mas feliz...