sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Que o time não (Pi) erre



Outro dia perguntaram até que ponto Pierre vai fazer falta ao Palmeiras. A resposta é fácil: ele vai fazer toda a falta possível.
O jogador sofreu uma luxação de tendões fibulares no tornozelo esquerdo e desfalca o time até o final do ano.
Em seis jogos (apenas os números aos quais tivemos acesso), foram 34 roubadas de bola, 24 faltas e uma expulsão.Ok, há quem possa considerá-lo violento, algo que sinceramente não acho. Mas é preciso ver que o Palmeiras deve a ele boa parte da segurança que tem no setor defensivo. Quando ele joga ao lado de Edmilson (que às vezes está adiantado) o setor de marcação fica bem mais reforçado, o que aumenta a confiança de Cleiton Xavier e Diego Souza na hora de criar.
Se ainda assim a dúvida persistir, vejamos os números. Em 22 jogos, o Palmeiras levou 19 gols. Nenhum outro time sofreu menos que 20 gols. Aliás, a maioria já passou dos 30. Apenas Internacional (27), São Paulo (22), Avaí (26) e Grêmio (27) não chegaram lá.
Não estou dizendo que, a partir de agora, a porteira palmeirense estará aberta, mas que o time vai sentir falta de Pierre, ah, isso vai.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Avanti, Fisichella!



Giancarlo Fisichella fez a pole e ficou em segundo lugar no GP da Bélgica com um carro horroroso como é a Force India. Luca Badoer participou de duas etapas com uma Ferrari, largou em último nas duas, rodou sozinho em pistas secas e agradeceu aos céus por completar as provas.
Entre um italiano de casa e experiente (38 anos) e um italiano de fora e experiente (36 anos), o pessoal de Maranello preferiu ligar para Vijay Mallya, que aprovou a ideia e liberou o funcionário: Fisichella pilotará a Ferrari até o final do ano. E Vitantonio Liuzzi, outro italiano, assume a vaga na Force India.
Sábia decisão. A Ferrari não aguentava mais pagar o mico chamado Badoer e Fisichella precisava de motivação. É um dos caras mais experientes do atual circo, foi companheiro de Fernando Alonso na Renault, ganhou algumas provas e vinha lutando para, no máximo, passar do Q1. Se é italiano, experiente, pega um carro ruim e faz o que fez na Bélgica, por que não tentar? Válido, boa sorte a todos.
Ficou bonita a imagem dele no pódio de Spa-Francorchamps soltando a voz na hora da execução do hino italiano, tocado por causa da vitória de Kimi Raikkonen, agora companheiro dele.
Palco melhor que Monza não poderia ter. Dia 13, a "estreia". Quem sabe o "Fratelli di Italia..." não toque uma única vez...

A bola pune




Não era difícil adivinhar o que ia acontecer. Mano Menezes sabe armar times e Vanderlei Luxemburgo entrou para não perder. Deu tudo certo apenas para um deles...
Ainda bem que o futebol tem dois tempos de 45 minutos. Pelo que Corinthians e Santos fizeram no primeiro tempo, o melhor que poderia acontecer era mandar todo mundo para o vestiário, voltar depois de 15 minutos e tentar fazer melhor. O primeiro tempo foi sofrível. O Santos “ameaçou” por duas vezes e o Corinthians, nem isso.
Quando o Santos achou o gol (contra, por sinal), pensou que tinha resolvido todos os problemas. Para quem entrou em campo para empatar, estava maravilhoso. Só que Vanderlei Luxemburgo cometeu dois erros: o primeiro foi permitir que os zagueiros marcassem à distância. O segundo foi deixar a zaga distante do meio de campo. Fabão e Eli Sabiá ficaram sem proteção. E o Santos caiu na armadilha das jogadas ensaiadas do Corinthians.
Há que se enaltecer atuação do goleiro Felipe (o do Santos). Pelo que ele jogou, o Santos não poderia ter perdido.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Porque clássico é clássico





Corinthians ainda desfalcado e Santos quase completo. Corinthians que aprendeu a jogar sem suas principais peças e Santos que tenta dar consistência a um time.
Olhando as escalações, o Santos leva uma vantagem teórica no clássico. O time é basicamente o mesmo que venceu o Fluminense, apenas com a entrada de Germano no lugar do suspenso Rodrigo Souto. O Corinthians, sim, joga sem boa parte dos titulares, mas isso não está tão escancarado em campo quanto estava há cerca de um mês. Jucilei é um bom jogador, Elias está jogando o fino da bola e Henrique vem formando muito bem no ataque. Isso sem falar que Mano Menezes se mostra um grande armador de times. Com tempo, consegue juntar 11 jogadores e dar uma "cara" à equipe.
Do lado do Santos, o clássico será de muita marcação. Com três volantes (Emerson, Rodrigo Mancha e Germano), o time de Vanderlei Luxemburgo entrará para, no mínimo, não perder. Luxa está contando muito com os próximos dois jogos, que serão na Vila Belmiro. O treinador só esquece que os adversários serão Santo André e Botafogo, que hoje brigam para não cair, ou seja, não serão jogos fáceis. O clássico poderia marcar uma arrancada.
Na raça do Corinthians ou na possível consistência do Santos. De qualquer forma, clássico é clássico...e como diria o mestre, "e vice-versa".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

E a culpa é de quem?




É muito fácil colocar a culpa no treinador. Os resultados não vieram, faltou domínio sobre o elenco, era preciso mudar...todo tipo de discurso é utilizado para justificar o injustificável.
O que o Fluminense fez nesta terça-feira mostrou em que mãos está o clube. Tirar Renato Gaúcho e contratar Cuca foi a prova de que as pessoas que comandam o clube não têm a menor ideia do que estão fazendo.
Renato teve direito a 12 partidas. Venceu uma, empatou cinco e perdeu seis. Péssima campanha, é verdade, mas por um acaso ele pegou o time lá no alto da tabela, brigando pelo título? Ou teria ele pegado um elenco sem conjunto, que nem Parreira, nem René Simões deram jeito?
Outro detalhe: a contratação de Cuca foi anunciada no mesmo instante da comunicação da saída de Renato, ou seja, já havia um processo de fritura. PC Gusmão e Ney Franco foram sondados, o que só comprova que o óleo estava mesmo quente.
A diretoria do Flu está seguindo a cartilha de todos os clubes que um dia visitaram a Série B: mandar o elenco embora fica caro demais; admitir que é incompetente e deixar o cargo por amor ao clube é impossível. Fica mais fácil e menos oneroso trocar de treinador. Vai que o outro dá certo, pronto! O antecessor era burro demais, a culpa era dele e estamos conversados.
É, torcida tricolor, está cada vez mais difícil...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sob suspeita



Eis que um porta-voz da FIA comunica: uma empresa independente foi contratada e está investigando os incidentes ocorridos no GP de Cingapura, no ano passado.
A saber: Fernando Alonso entrou nos boxes na 13ª volta. Três voltas depois, Nelsinho Piquet bateu sozinho e provocou a entrada do safety car. Isso teria favorecido Alonso, que venceu a prova.
A suspeita: Flavio Briatore teria dado uma ordem a Nelsinho para que desse um jeito de interromper a corrida, já sabendo que Alonso seria favorecido com um possível safety car.
Até agora, Nelsinho não se pronunciou. No site oficial, a notícia mais recente é a da demissão. No twitter, nada.
Não sei se essa ordem foi mesmo dada. Se isso aconteceu, como Briatore mandaria Nelsinho embora, sabendo que o brasileiro poderia botar a boca no mundo? Porém, se a suspeita for comprovada, é algo digno de banir a equipe da categoria e cassar a super-licença de Nelsinho. Não gostaria que isso acontecesse. Vamos aguardar...
Mudando um pouco: e a Fórmula Indy, hein? Que belo GP de Chicago. Três bandeiras amarelas em 200 voltas e Ryan Briscoe vencendo por menos de meio carro, sem contar o primeiro pódio de Mário Moraes. Muito bom.

domingo, 30 de agosto de 2009

Quando ele Kers, consegue

Surpresas, emoções e o reencontro com a vitória. O GP da Bélgica foi uma daquelas provas feitas para quem gosta de Fórmula 1. Deixando de lado o azar de Rubens Barrichello, dois fatos merecem destaque: a vitória de Kimi Raikkonen, que há muito tempo não sabia o que era triunfar e, principalmente, a segunda colocação de Giancarlo Fisichella com a sempre modesta Force India. Sebastian Vettel colocou a Red Bull na terceira colocação. Barrichello não foi além do 7º lugar.
No Mundial de Pilotos não houve grandes alterações. Raikkonen foi para 34 pontos e a diferença entre Jenson Button e Barrichello, que era de 18 pontos, caiu para apenas 16.
Assim que as luzes vermelhas se apagaram, Barrichello, que estava em quarto lugar e vinha empolgado pela vitória em Valencia, na semana passada, teve problemas com a embreagem e o carro não saiu do lugar. Quando conseguiu fazer a Brawn GP andar, estava em último. Lá na frente, Kimi Raikkonen assumiu a segunda colocação e foi ao ataque do pole Giancarlo Fisichella.
Só que, no final da Eau Rouge, um acidente envolveu Lewis Hamilton, Jaime Alguersuari, Jenson Button e Romain Grosjean e o safety car entrou na pista. Com os boxes abertos, Barrichello aproveitou para trocar pneus e, principalmente, encher o tanque. Uma estratégia para ganhar posições quando os demais fizessem as paradas nas voltas previstas.
O safety car saiu na quarta volta e Kimi Raikkonen usou o kers para ultrapassar Fisichella ainda na Eau Rouge e se mandar na frente. Lá atrás, Barrichello ultrapassou Luca Badoer na quinta volta e Kazuki Nakajima na sexta. Na 13ª volta, Timo Glock entrou nos boxes e a Toyota não se acertou com a mangueira de combustível. Com a demora, Barrichello assumiu a posição.
Na frente, a briga continuou entre Raikkonen e Fisichella, com vantagem de carro e de kers para o finlandês. Os dois pararam na mesma volta (14ª) e Raikkonen voltou antes para a pista. Enquanto isso, Barrichello fez uma bela ultrapassagem sobre Mark Webber por fora e continuou a ganhar posições.
Fernando Alonso, longe de conseguir alguma coisa na prova, foi para os boxes e teve problemas com a roda dianteira esquerda, fruto de um toque que havia sofrido na primeira curva da corrida. Depois de perder 52 segundos nos boxes, voltou à pista, deu uma volta, retornou aos boxes e já recolheu o carro.
Barrichello fez a segunda parada faltando 17 voltas. Raikkonen e Fisichella pararam a 14 voltas do fim, mais uma vez sem troca de posições.
Restava uma última forte emoção a partir de Barrichello. E ela veio quando o motor da Brawn começou a soltar fumaça no momento em que o brasileiro tentava tomar o sexto lugar de Heikki Kovalainen, a três voltas do fim da prova. Seria indício de uma explosão de motor? Não, apenas um vazamento de óleo. Suficiente para fazer o brasileiro tirar o pé do acelerador, deixar Kovalainen ir embora e tentar dar duas voltas sem comprometer o carro e sem ser ultrapassado. Conseguiu.
No pódio, a festa maior foi de Fisichella. Levar a Force India à segunda colocação numa prova depois de fazer a pole foi motivo para muita comemoração. Resta saber se ele vestirá o macacão vermelho ainda este ano...é o que dizem...