12 de maio. O Autódromo de Interlagos completa 70 anos.
Não há como falar em automobilismo sem citá-lo.
Muita gente boa correu os primeiros metros da carreira na pista ou no kartódromo.
A pista original foi reduzida quase pela metade. O sentido anti-horário é um desafio.
Não dá para esquecer aquela gelada manhã de domingo. Era um mero campeonato de marcas e pilotos. Para quem entrava pela primeira vez no autódromo, uma emoção inigualável. Sem cobrança de ingressos, a reta dos boxes foi o local escolhido. Largadas diante dos meus olhos, pit stops a poucos metros de distância. Toda a movimentação até então reduzida às 20 polegadas de um aparelho de TV estava ali, ao vivo, bastava olhar.
Voltaria a Interlagos pouco tempo depois, para rachar a cuca debaixo do sol no Setor G, em frente à reta oposta, para ver Kimi Raikkönen ser campeão do mundo. No sábado, as lágrimas vieram quando o primeiro carro rasgou a reta nos treinos livres. Sim, era verdade...
Um ano depois, a torcida gritava no meu ouvido, pois Felipe Massa era campeão. Lewis Hamilton estava em 6º e eu vi quando ele ultrapassou com facilidade um retardatário. Retardatário? Não, Timo Glock. O monitor mostrou. Hamilton cruzou em quinto e foi campeão. O autódromo murchou e a chuva, que até então rondava o circuito, resolveu desabar.
Interlagos é isso; uma emoção que começa no momento em que você fica sabendo que vai para lá.
Talvez por momentos como este. Eu tinha 16 anos e a situação financeira não permitia a presença no autódromo. Mas vai ser difícil um momento como este se repetir. Fica para a história.
Feliz aniversário, Interlagos!!
http://www.youtube.com/watch?v=WKVReS5ll2k
E, até hoje, o mais próximo que cheguei desse lugar mágico foi em uma das ruas do bairro onde era possível avistar parte da pista...
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