São Paulo e Santos jogaram na noite de quinta-feira com adversários diferentes, em locais diferentes, por competições diferentes, mas foram praticamente iguais: não deram espetáculo e nem precisaram dar. Os excelentes resultados vieram naturalmente e não era esperado outro desfecho.
O São Paulo só venceu o tal de Nacional do Paraguai por 3 a 0 porque não jogou bem. Se tivesse um pouquinho mais de gana, teria feito cinco, seis ou mais. O adversário era muito fraco. Serviu para Ricardo Gomes ver que Cléber Santana talvez seja mais útil que Marcelinho Paraíba. Manda o meia fazer a ligação com o ataque e deixa que Dagoberto e Washington resolvam lá na frente. Não haveria a necessidade de um terceiro atacante, até porque o São Paulo tem pelo menos quatro jogadores que chegam lá na frente: o próprio Cléber Santana, Richarlyson, Jorge Wagner e Léo Lima, que marcou o segundo gol sobre o horroroso time paraguaio.
Agora, nos quesitos inteligência, ponderação e, principalmente, educação, Ricardo Gomes está ao menos um patamar acima. Quem ouviu a coletiva não diria que ele havia acabado de sair do campo, depois de 90 minutos de bola rolando. Falando com toda a serenidade do mundo, Ricardo disse que o importante é garantir a vaga nas oitavas. Depois e só depois ele vai ver quem é o adversário e de que forma dá para armar o time. Vamos lembrar: são duas competições em uma. Fase classificatória é uma coisa e mata-mata é outra.
O Santos também não deu show em Belém e não precisava dar. O time jogou solto, como sempre e fez o resultado que evitou o jogo de volta com o Remo. Jogou da mesma forma diante do Palmeiras e perdeu. Mas o Palmeiras é melhor que o Remo e ficou mordido com as dancinhas. Jogador mordido faz até o que não sabe. O Remo não tem a mesma qualidade do Palmeiras e não ficou mordido com nada.
Jogando de forma solta e diante de um adversário sem muita qualidade, os gols foram saindo naturalmente. Só houve um susto no pênalti que foi mandado no travessão. Mais nada. Valeu para construir um resultado que dará moral, valeu pela classificação que dá o direito a um período de descanso quando os demais clubes grandes estiverem decidindo a sorte na segunda partida e valeu pelo gol 11.500 da história, marcado por quem merecia marcar pelo que jogou: Neymar.
Das próximas 48 horas, o técnico Dorival Júnior passará 16 dentro de aviões. Vai a Nova Iorque e já volta, é ali, rapidinho. Tem amistoso com o Red Bull de lá no sábado e jogo oficial contra o Ituano domingo, no Pacaembu. Cansativo? Muito, mas, atualmente, qual o clube brasileiro pode ser dar ao luxo de recusar US$ 500 mil??
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