É fato conhecido há décadas: são poucos os jogadores de futebol providos de massa encefálica. Grande quantidade de dinheiro em pouco tempo e a aproximação de aproveitadores que os permitam realizar aquilo que acham mais conveniente, seja o que for, para que esses mesmos aproveitadores batam no peito e contem para os amigos que estão próximos do ídolo, fazem com que seja desnecessário ao atleta desenvolver qualquer linha do que se pode chamar de raciocínio. Isso expica o uso do termo "diferenciado" na hora de colher declarações de jogadores como o goleiro Marcos, por exemplo.
É essa mesma massa encefálica sem o devido desenvolvimento que explica os motivos para determinadas atitudes de alguns jogadores. Em tempos de campanhas de ocasião pelo fim da violência nos estádios, campanhas essas promovidas por futuros candidatos a cargos eletivos, em tempos de promotores engravatados que jamais sujaram as calças dos ternos nas arquibancadas, mas que neste momento procuram as câmeras para dizer o que querem (e não vão) fazer, quem incita o ódio e a rivalidade são os próprios jogadores.
O Palmeiras é o time mais oscilante do Campeonato Paulista de 2010. Levou duas goleadas dos times do ABC em casa, suou para vencer o lanterna Sertãozinho e tem jogadores que já entram em campo sob desconfiança. Ainda assim, foi à Vila Belmiro e venceu o Santos com todos os méritos. O mesmo Santos embalado, que gosta de dar show e que havia feito 10 gols em uma partida só.
Bastou esse motivo para alguns jogadores do Alviverde entenderem que viraram craques, gênios incontestáveis da bola, condição que lhes permite provocar o adversário dentro da casa dele. A ridícula dancinha dos atletas palmeirenses mostrou claramente até que ponto chega a burrice futebolística. Sob a alegação de que a não menos ridícula dancinha inventada pelos jogadores do Santos era provocativa, os palmeirenses entenderam (como se entendessem alguma coisa sobre qualquer coisa) que era preciso dar o troco na mesma moeda.
Comemorar gols de forma criativa não é errado. Errado é provocar o adversário, simbolizar o mascote dele, fazer sinais para a torcida. O Santos não faz isso. Os jogadores comemoram daquela forma horrorosa porque querem fazer uma graça entre eles, não para provocar ninguém. No clássico, apenas Madson, autor do terceiro gol, tentou comemorar burramente imitando um porco. Isso também não pode.
Mas a tal dancinha palmeirense mostrou que, definitivamente, jogador de futebol vive exclusivamente o hoje. Falando especificamente de Robert, Diego Souza e Armero. Robert fez três gols e é um craque de bola. Tão craque que o Palmeiras foi buscar o Ewerthon. Armero tem todo o direito de provocar adversários. Até outro dia, ele era o palmeirense que mais colaborava com os demais times, ao entregar bolas gratuitas para eles. Depois, ia chorar na televisão e dizer que vivia uma fase ruim. E Diego Souza? Tão gênio da bola que não conquista nem a própria torcida. Sim, jogadores esquecem o ontem.
Esquecer o amanhã, então, é de praxe. Deixar de lado a possibilidade de um encontro futuro ainda no Paulistão ou numa Copa do Brasil é digno dos que se acham acima do bem e do mal. Não imaginar que um novo encontro pode provocar brigas entre torcidas é digno de quem só olha para o próprio umbigo. Não pensar que num encontro futuro o troco pode ser dado com juros e correção, pois cada jogo é um jogo, esclarece que alguns jogadores não podem sair da má fase tão cedo. Só lá eles aprendem uma palavra fácil de dizer, mas talvez difícil de escrever para alguns deles, por causa do "H": Humildade.
É essa mesma massa encefálica sem o devido desenvolvimento que explica os motivos para determinadas atitudes de alguns jogadores. Em tempos de campanhas de ocasião pelo fim da violência nos estádios, campanhas essas promovidas por futuros candidatos a cargos eletivos, em tempos de promotores engravatados que jamais sujaram as calças dos ternos nas arquibancadas, mas que neste momento procuram as câmeras para dizer o que querem (e não vão) fazer, quem incita o ódio e a rivalidade são os próprios jogadores.
O Palmeiras é o time mais oscilante do Campeonato Paulista de 2010. Levou duas goleadas dos times do ABC em casa, suou para vencer o lanterna Sertãozinho e tem jogadores que já entram em campo sob desconfiança. Ainda assim, foi à Vila Belmiro e venceu o Santos com todos os méritos. O mesmo Santos embalado, que gosta de dar show e que havia feito 10 gols em uma partida só.
Bastou esse motivo para alguns jogadores do Alviverde entenderem que viraram craques, gênios incontestáveis da bola, condição que lhes permite provocar o adversário dentro da casa dele. A ridícula dancinha dos atletas palmeirenses mostrou claramente até que ponto chega a burrice futebolística. Sob a alegação de que a não menos ridícula dancinha inventada pelos jogadores do Santos era provocativa, os palmeirenses entenderam (como se entendessem alguma coisa sobre qualquer coisa) que era preciso dar o troco na mesma moeda.
Comemorar gols de forma criativa não é errado. Errado é provocar o adversário, simbolizar o mascote dele, fazer sinais para a torcida. O Santos não faz isso. Os jogadores comemoram daquela forma horrorosa porque querem fazer uma graça entre eles, não para provocar ninguém. No clássico, apenas Madson, autor do terceiro gol, tentou comemorar burramente imitando um porco. Isso também não pode.
Mas a tal dancinha palmeirense mostrou que, definitivamente, jogador de futebol vive exclusivamente o hoje. Falando especificamente de Robert, Diego Souza e Armero. Robert fez três gols e é um craque de bola. Tão craque que o Palmeiras foi buscar o Ewerthon. Armero tem todo o direito de provocar adversários. Até outro dia, ele era o palmeirense que mais colaborava com os demais times, ao entregar bolas gratuitas para eles. Depois, ia chorar na televisão e dizer que vivia uma fase ruim. E Diego Souza? Tão gênio da bola que não conquista nem a própria torcida. Sim, jogadores esquecem o ontem.
Esquecer o amanhã, então, é de praxe. Deixar de lado a possibilidade de um encontro futuro ainda no Paulistão ou numa Copa do Brasil é digno dos que se acham acima do bem e do mal. Não imaginar que um novo encontro pode provocar brigas entre torcidas é digno de quem só olha para o próprio umbigo. Não pensar que num encontro futuro o troco pode ser dado com juros e correção, pois cada jogo é um jogo, esclarece que alguns jogadores não podem sair da má fase tão cedo. Só lá eles aprendem uma palavra fácil de dizer, mas talvez difícil de escrever para alguns deles, por causa do "H": Humildade.
Comemorar provocando a torcida adversária não pode? Mas e dar chapeu em adversário com a bola parada, pode?
ResponderExcluiracho que a dancinha é válida de ambos os lados e vice-versa. só acho que o porco tem de aproveitar esta semana, porque o time é ruim de doer e vai continuar penando no campeonato. Deu uma sorte danada ou o santos deu um azar danado.
ResponderExcluirBom, vamos lá.
ResponderExcluirPrimeiro ponto: no segundo gol do Palmeiras, Robert, Ewerthon e Armero dançaram o Rebolation. Quem acompanha o time do Palestra Itália, sabe que o Robert (e aqueles que acompanham ele na comemoração) SEMPRE dançam o Rebolation após o gol. É uma comemoração símbolo do jogador, seja qual for a partida.
Segundo ponto: Comemorar com danças não é exclusividade do Santos. Na semi do Paulista de 2009, o time da Vila comemorou dançando no Palestra Itália, numa época que as dancinhas dos meninos da vila não eram costume. Dançaram em pleno Palestra, como se a casa fosse deles.
Na época, ninguém achou desrespeito. E não o é. A provocação faz parte do futebol, o que não faz é o desrespeito.
E aí sim, o Madson entra na história. Isso arruma confusão, isso causa briga no estádio, isso acerta o peito do jogador.
E pra finalizar: TODOS os jogadores do Palmeiras fizeram questão de deixar bem claro que esta tem de ser a atitude até o final do campeonato. Ninguém se achou a última bolacha do pacote. Todos estão cientes das limitações do time, só fizeram questão de demonstrar que estas limitações não são tão enormes quantos muitos achavam.
Já passou da hora de todos tentarem arranjar desculpas para a derrota. A verdade é que foi um jogo histórico, onde ambas as equipes jogaram para a frente e ambas poderiam ter saído com a vitória. O Palmeiras ganhou a partida que deveria para dar a moral que precisava, enquanto o Santos perder a partida que poderia perder, para dar a acordada que tanto precisava.