O Corinthians se achou e não se achou no Maracanã.
Se achou quando saiu de São Paulo lendo, vendo e ouvindo que venceria o jogo no Rio de Janeiro. Não se achou em meio ao aguaceiro que caiu sobre a antiga capital do Brasil. Os jogadores mal podiam se ver em meio a tanta água. Prejudicou os dois times.
Mas a água não era tanta no segundo tempo. E o Corinthians continuou sem se encontrar. Não elaborou nenhuma jogada. Não chegou na cara de Bruno em reais condições de mexer no placar do Maracanã. O Flamengo, ao contrário, esperava o momento certo para dar o bote. Saiu em contra-ataques.
E nunca é demais lembrar que o gramado estava ruim para os dois times.
Dois times que foram infantis. A falta estúpida de Michael em Dentinho quase pôs tudo a perder para o pessoal da Gávea. Expulsão no primeiro tempo, depois de uma falta no meio de campo. Dentinho nem ia em direção ao gol. Rogério Lourenço (aquele mesmo, ex-zagueiro) achou melhor nem olhar para o jogador.
Sorte do Flamengo que a infantilidade carioca quase pôs tudo a perder. Porque a infantilidade paulista pôs tudo a perder. Por que raios Moacir foi fazer aquele pênalti no Juan? Para consagrar Adriano e dificultar as coisas para o Corinthians.
Dá para reverter no Pacaembu? Sem dúvida. Vitória por dois gols de diferença não é nenhum absurdo. Mas o Corinthians tem que tomar o cuidado de não sofrer gols, porque, se vencer por um gol de diferença, o máximo que consegue é levar a decisão para os pênaltis. 1 a 0 leva. 2 a 1 leva...leva o Corinthians para o abismo. Seria o fim do projeto Centenário.
Mano Menezes disse que Ronaldo joga no Pacaembu. Resta saber se o Fenômeno encontra o caminho de casa até a semana que vem...
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